Nesta quarta-feira (15), aconteceram diversas manifestações dos estudantes contra o corte de verbas destinada ao ensino, anunciada pela atual gestão de Jair Bolsonaro. Professores e alunos de instituições públicas e privadas se encontraram para fazer uma greve e chamar atenção sobre esse descaso com a educação que o Brasil está enfrentando no momento.
Os manifestantes foram as ruas para falar de assuntos importantes. O MEC (Ministério da Educação) anunciou contingenciamento, ou seja, um bloqueio no total de 1,7 bilhão para o incentivo à educação em escolas e instituições do Brasil inteiro. Isso afetará o investimento destinado a todas as universidades públicas e programas de pesquisa. E, claro que ninguém se calaria diante disso.
Ministro da Educação
Além de tudo, o Ministro da Educação Abraham Weintraub deu uma declaração polêmica sobre as manifestações e greves dos alunos e professores. Ele fez uma comparação do ato a uma “balbúrdia”. Ou seja, ele anunciou que tudo não passa de uma “confusão”.
Mas vale lembrar que todos os protestos foram pacíficos e diversos manifestantes criaram cartazes com frases que podem trazer impacto e tentar ajudar as pessoas a entenderem sobre o que está acontecendo no atual cenário político brasileiro.
Bolsonaro se posicionou sobre as manifestações dos estudantes
“É natural, é natural (que haja protesto), mas a maioria ali é militante. Se você perguntar a fórmula da água, não sabe, não sabe nada. São uns idiotas úteis que estão sendo usados como massa de manobra de uma minoria espertalhona que compõe o núcleo das universidades federais no Brasil”, disse o presidente Jair Bolsonaro.
O discurso dos professores sobre a manifestação
“As manifestações a favor da educação e da pesquisa no Brasil foram um sinal claro de que estamos insatisfeitos. Muitas pessoas desconhecem o impacto que esses cortes vão gerar, o que vai desde o atendimento ao público em hospitais universitários, até a estudos de anos nas áreas da saúde, meio ambiente e outras sendo interrompidos. Quando o governo diz que vai reduzir investimentos nas ciências humanas e sociais, há ainda uma falsa ideia de que existe dinheiro em excesso pra essas pesquisas, sendo quê elas são as mais prejudicadas na divisão de verbas. Na minha opinião, a falta de informação sobre como realmente funcionam as universidades no país faz com que muita gente aceite com naturalidade essas retaliações. Como jornalista e pesquisadora, sinto que é minha obrigação tentar conscientizar ao máximo sobre os danos – presentes e futuros – que a população pode enfrentar quando se considera que educação é despesa. Educação é pensamento crítico, é oportunidade.”, disse Carolina Firmino, jornalista e doutoranda em comunicação pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP).
Enquanto rolavam as manifestações no Brasil, o Ministro da Educação prestou esclarecimentos para os deputados federais no plenário da Câmara dos Deputados.