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Adolescentes lutam pelo direito de poder usar shorts na escola

Estudantes vão contra a ideia machista de que menina não pode usar shorts curto

Foto: Julia Townsend/Arquivo pessoal
Foto: Julia Townsend/Arquivo pessoal

Depois do caso de alguns amigos que se uniram pelo direito de poder usar bermuda no trabalho, algumas adolescentes decidiram entrar na luta contra o calor e o machismo e reivindicar o direito de poder usar shorts curto em suas escolas.

A ideia parece bem simples, mas vai de encontro a uma sociedade historicamente machista, que ainda condena e caracteriza as mulheres pelas roupas que elas usam. 

Foto: Julia Townsend/Arquivo pessoal

Foto: Julia Townsend/Arquivo pessoal

As estudantes do Colégio Anchieta, em Porto Alegre, são as precursoras do movimento. As meninas, que têm de 13 a 17 anos , criaram um abaixo-assinado intitulado “Vai ter shortinho, sim” para tentar derrubar a regra que impede o uso de shorts nas dependências da escola. 

Em entrevista ao G1, a estudante de 14 anos, Marina Stein, contou casos que já aconteceram em seu colégio.“Eles falam que não é lugar de usar shortinho. Mas essa é a nossa roupa. A gente tem o direito de usar a roupa que a gente quiser. Tem vários casos de meninas que já foram retiradas da sala de aula, e pediram que elas vestissem uma calça de moletom ou que fossem para casa, porque com aquela roupa não dava para ficar.

manifestação

Foto: Julia Townsend/Arquivo pessoal

As meninas criaram um abaixo-assinado online para quem quisesse apoiá-las. Giulia Morschbacher, de 15 anos, é autora do texto da petição, que liga o caso a ideias machistas e objetificação da mulher. “Já ouvi de alguns coordenadores de que é desconfortável que a gente use shorts porque os meninos ficam olhando. Mas isso é um pensamento machista. Não sei se é da própria escola ou não, mas é uma opinião machista”, disse ao G1.

Outro caso similar aconteceu em São Paulo, no Colégio Etapa. Em outubro do ano passado, adolescentes também criaram um abaixo-assinado online que contou com 4.327 apoiadores, garantindo o direito das meninas a usar o shortinho em menos de um mês de campanha. A página acabou sendo um lugar para denunciar abusos sofridos por algumas meninas também. 

A porto-alegrense Laura Barros decidiu comparar comentários de um portal de notícias sobre o caso da bermuda no trabalho e do uso de shorts na escola. Os comentários nos ajudam a entender um pouco a visão de algumas pessoas sobre os casos.

 

Fui catar a notícia de 2014 quando houve aquela campanha pelo uso de bermuda no trabalho por homens. Peguei os comentá…

Publicado por Laura Barros em Quinta, 25 de fevereiro de 2016

Em Bauru, no interior de São Paulo, estudantes do Colégio Criativo também criaram um abaixo-assinado chamado de “Não preciso me dar ao respeito porque ele é meu por direito”, que reuniu mais de mil assinaturas.

As meninas dizem que só querem ter os seus direitos iguais aos dos colegas homens e, de quebra, ajudar a construir uma sociedade mais igualitária.

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