Com a correria do final do ano e desse cenário que envolve a pandemia do Coronavírus, colocar em prática o hábito da leitura pode ser um grande desafio, nós sabemos. Mas, se você não abre mão de devorar uma boa história, a gente te ajuda com isso.
Abaixo, trouxemos 5 indicações de obras para ler rapidinho mesmo. Talvez três dias? Dois, um, ou, se bobear, até menos do que isso. Vamos lá!
Chimamanda Ngozi Adichie ainda se lembra exatamente do dia em que a chamaram de feminista pela primeira vez. Foi durante uma discussão com seu amigo de infância Okoloma. “Não era um elogio. ‘Percebi pelo tom da voz dele; era como se dissesse: Você apoia o terrorismo!’.” Apesar do tom de desaprovação de Okoloma, Adichie abraçou o termo e – em resposta àqueles que lhe diziam que feministas são infelizes porque nunca se casaram, que são “antiafricanas” e que odeiam homens e maquiagem – começou a se intitular uma “feminista feliz e africana que não odeia homens, e que gosta de usar batom e salto alto para si mesma, e não para os homens”. Neste ensaio preciso e revelador, Adichie parte de sua experiência pessoal de mulher e nigeriana para mostrar que muito ainda precisa ser feito até que alcancemos a igualdade de gênero. Segundo ela, tal igualdade diz respeito a todos, homens e mulheres, pois será libertadora para todos: meninas poderão assumir sua identidade, ignorando a expectativa alheia, mas também os meninos poderão crescer livres, sem ter que se enquadrar em estereótipos de masculinidade. Sejamos todos feministas é uma adaptação do discurso feito pela autora no TEDx Euston, e foi musicado por Beyoncé.
A História de Malala Yousafzai
Malala Yousafzai era apenas uma criança quando se tornou uma ativista corajosa. Antes de lutar bravamente pelo direito das meninas de poder estudar, ela era uma garota doce e atenciosa, que gostava de ir à escola, de brincar com os vizinhos e os irmãos e, como toda criança, de sonhar acordada. Aos dez anos, Malala, uma das melhores alunas de sua turma, foi impedida de estudar – ela e todas as meninas da região onde morava. Mas ela não deixou que isso a impedisse. Com a força de sua voz, provou que até mesmo uma criança pode ajudar a mudar o mundo. Descubra como Malala defendeu a igualdade de direitos e se tornou a pessoa mais jovem a receber o Prêmio Nobel da Paz.
Todas as dores de que me libertei. E Sobrevivi.
Algumas dores parecem eternas, mas não são. Assim como alguns amores, se é que podemos chamá-los assim. Amadurecer também está em aprender a deixar para trás o que acreditamos amar, mas que, no fundo, nos machuca. E, muitas vezes, esse processo dói. Dói, mas ele traz a cura e, com ela, vem a liberdade. Emergir dessa névoa intoxicante é transformador. E, melhor do que descobrir que ninguém morre de amor, é ter a certeza de que a vida depois das lágrimas é ainda mais colorida, cheia de recomeços e, claro, novas paixões.
Traz o autor em sua melhor forma (tenho certeza de que ele não aprovaria esse tipo de lugar-comum), fazendo considerações sobre outras doenças que surgiram ― ou pelo menos se intensificaram ― com a pandemia. Em um compilado de crônicas e outros textos curtos, o autor fala sobre sintomas que vão muito além dos já conhecidos falta de ar, febre, tosse… Este livro tem como foco as bizarrices agora muito bem escondidas sob o guarda-chuva do “novo normal”.
Cartas para Anna – Ou crônicas de um amor que não deu certo
E se alguém escrevesse um livro com todas as cartas, bilhetes e textos escritos sobre ou para você? E se, em vez de contar a história de um amor perfeito de novela, estes relatos desenhassem uma relação real, de duas pessoas tentando fazer dar certo? “Cartas para Anna” é exatamente isso. Leia, julgue, se emocione, torça e se identifique com este raio-x brutalmente honesto desta época maravilhosa da vida destes dois personagens bem reais.