É isso mesmo que você leu, anja. Anitta e Nego do Borel são vaiados e a cantora tenta contornar a situação para que o público pare de rejeitar Nego. Mas, parece que não deu muito certo. E, qual é o motivo de tanta vaia? A gente explica.
Nesse domingo, (20), rolou o ensaio do Bloco das Poderosas, no Rio de Janeiro. Durante a apresentação, Anitta resolveu chamar Nego do Borel ao palco e o cantor já foi recebido com muitas vaias, principalmente do público LGBTQ, que era maioria no evento. Veja o vídeo que mostra o momento em que Anitta e Nego do Borel são vaiados:
“Eu o amo independentemente disso e estou aqui para ensinar a ele as coisas”, disse Anitta em meio as vaias. O cantor fica desconcertado e começa a andar de um lado para o outro do palco enquanto a dona do hit “Veneno” segue tentando acalmar o público: “Todo mundo aprende com os erros, tenho certeza que ele está aprendendo agora”. Eita!
Anitta e Nego do Borel são vaiados. Por quê?
Anitta e Nego do Borel são vaiados pois o cantor tem perdido muita credibilidade com o público LGBTQ nos últimos tempos. Alguns episódios que marcaram essa rejeição sobre ele foram: a personagem cheia de estereótipos debochados que ele interpretou no clipe “Me Solta”; o apoio ao cantor Biel no caso em que ele assediou uma jornalista; simpatia com o presidente Jair Bolsonaro e, mais recentemente, deboche e preconceito no Instagram com Luísa Marilac, uma trans conhecida pelo meme “se isso é estar numa pior…”.
Parece que a coisa para o cantor não está boa. Esperamos que Anitta realmente o ajude a aprender a respeitar as pessoas, independentemente de sua sexualidade ou gênero. Anitta e Nego do Borel são vaiados pois o cantor têm desrespeitado essas pessoas com algumas atitudes.
Confira alguns filmes e séries que podem ajudar a deixar de lado os preconceitos:
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A Mentira (2010) – No filme, Olive é uma adolescente que tem sua reputação arruinada por boatos sobre ter ficado com alguns garotos. Mas, em vez de se importar com a “fama ruim”, ela não desmente o boato e desconstrói um pouco a ideia de que uma garota não pode transar com quem quiser, vestir o que quiser e tem que seguir esses padrões e machismos. Foto: Reprodução
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Minhas Mães e Meu Pai (2010) – O enredo conta a história de Joni e Laser que são filhos de um casal lésbico. Como os dois foram concebidos por inseminação artificial de um doador anônimo, eles decidem descobrir quem é o pai biológico, que, aos poucos, passa a participar do cotidiano da família. Embora ainda seja um tabu, a filme aborda um dos diferentes tipos de família. Foto: Reprodução
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Histórias Cruzadas (2011) – O filme retrata a realidade de mulheres negras na década de 60. Se passando em Mississipi, a história mostra a vida de Eugenia Phelan, jovem que quer se tornar escritora e escrever sobre a vida de mulheres negras que deixam seus próprios filhos para trabalhar cuidando dos filhos dos outros e trabalhando na casa da elite branca. Com isso, ela busca diferentes histórias e vivências, assim como inúmeros exemplos do racismo existente. Além disso, o filme também quebra alguns padrões, já que Eugenia, diferente da sociedade em que está inserida, não tem a mínima vontade de se casar. Foto: Reprodução
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The New Normal (2012) – A série conta a história de um casal homossexual que está em busca de uma barriga de aluguel. Por acaso, eles encontram Goldie, que está buscando condições melhores para o futuro de sua filha e topa ser barriga de aluguel. Assim, as duas famílias vão se aproximando cada vez mais. Além retratar a vida e as dificuldades de um casal gay, a série também aborda temas como a inseminação artificial, a vida de uma mãe solteira, entre outros preconceitos. Foto: Reprodução
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Orange Is The New Black (2013) –
Retratando o cotidiano de mulheres presidiárias, a série vai contando a história de cada uma delas mostrando os motivos pelos quais elas foram presas. Com isso, a série que já está na sua quinta temporada, quebra alguns preconceitos sobre a população carcerária e sobre a própria mulher, já que há uma grande diversidade de mulheres no elenco. Foto: Reprodução
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Hoje Eu Quero Voltar Sozinho (2014) – O enredo conta a história de Leonardo, um estudante do ensino médio que é cego e vai, ao longo do filme, superando suas dificuldades. Com a chegada de um aluno novo no colégio, Gabriel, Leo passa a sentir o mundo de uma outra forma e viver novas experiências. Além de tratar sobre o preconceito que Leo sofre pela ausência da visão, a produção também aborda sua descoberta como homossexual. Foto: Reprodução
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The Get Down (2016) –
A série mostra como aconteceu o surgimento do Hip Hop em Nova York na década de 70. Mostrando a rotina de um grupo de adolescentes, a produção apresenta a dificuldade da população negra de se inserir na sociedade, procurando, assim, um refúgio no estilo musical. Os episódios mostram, aos poucos, como as rimas viraram uma fora de protesto diante da realidade deles. Foto: Reprodução
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Cara Gente Branca (2017) – A série retrata a realidade de alunos negros que entram em uma universidade de elite, que é ocupada, principalmente, por pessoas brancas. Diante disso, há a abordagem de inúmeros assuntos e situações que escancaram a existência do racismo que ainda é presente. Dessa forma, a série apresenta a necessidade de discussões sobre esse preconceito. Foto: Reprodução