Na última terça-feira (8), Kathlen Romeu, de 24 anos, foi mais uma vítima da violência policial na Zona Norte do Rio de Janeiro. A mulher, que estava grávida de 4 meses, foi atingida por uma bala perdida durante um confronto entre policiais da UPP (Unidade da Polícia Pacificadora) e membros de uma facção conhecida como “Beco da 14”.
A indignação pelas redes sociais foi tamanha já que todos os dias vemos alguma “vítima de bala perdida” nos bairros mais pobres do país. Nesta quarta-feira (9), Any Gabrielly, quem representa o Brasil no Now United, foi ao seu Twitter mostrar sua revolta.
“Esse tipo de coisa está tão normalizada que nem é grande coisa pra mídia. Nem é tão comentado assim. É só mais um. O tanto de gente que não sabe do que estou falando nos comentários… A sensação é de impotência no momento. Que angústia, sério”, escreveu após ter publicado o nome da vítima pouco antes.
Veja:
polêmica com a Farm
A marca de roupas “Farm” anunciou sua ideia para ajudar no caso e acabou causando ainda mais indignação.
Em suas redes, a marca se posicionou dizendo: “A partir de hoje, toda a venda feita no código de Kathlen – E957 – terá sua comissão revertida em apoio para sua família. Reforçando que nós também vamos apoiá-la de forma independente e paralela. Sabemos que nada que fizermos poderá trazer Kath de volta mas nos comprometemos a acelerar ainda mais nossos processos de inclusão e equidade racial para transformar as cruéis estatísticas que levam vidas jovens negras como a de Kath a cada 23 minutos no nosso país.“
As críticas vieram pelo fato de que a Farm é uma marca extremamente bem conceituada no mercado, com peças caríssimas e, logo, não precisaria se promover em cima da morte de uma mulher para conseguir lucrar ou ajudar sua família.