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Após relatar estupro, Juliana Lohmann lança projeto para mulheres receberem apoio e compartilharem seus depoimentos

Após relatar estupro, Juliana Lohmann lança projeto para vítimas receberem apoio judicial e psicológico
Após relatar estupro, Juliana Lohmann lança projeto para vítimas receberem apoio judicial e psicológico

Aviso de gatilho: o texto abaixo aborda assuntos sensíveis. Se você não estiver em um bom momento, deixe a matéria para depois. <3

A atriz Juliana Lohmann publicou, em julho deste ano, uma carta aberta na revista Cláudia relatando ter sido estuprada por um diretor quando tinha apenas 18 anos. Desde então, a atriz tem dado cada vez mais visibilidade para o assunto e agora vai lançar o projeto Mulher Manifesta, que reunirá em um site relatos de mulheres que passaram por situações semelhantes.

+ Campanha #OndeDoi traz relatos de abuso sexual nos consultórios médicos

Nesta sexta-feira (16), em entrevista à colunista Patrícia Kogut, do jornal O Globo, Juliana falou um pouco mais sobre a iniciativa. “Entendi que seria muito importante que as mulheres tivessem vozes próprias, e não que uma tivesse voz por várias. Todo o processo que passei para escrever foi longo, durou um mês. Foi importante para que entrasse em contato com tudo o que vivi. Tive sonhos que me fizeram lembrar de coisas. É uma fase importante e desafiadora. E dolorida também”, falou.

“Ao mesmo tempo, senti que, através dessa escrita afetiva, coloquei para o mundo tudo aquilo. As mulheres, quando me procuraram, tinham essa intenção: em alguma medida, levar para alguém o que elas passaram, tirar das profundezas. Não só delas, mas da sociedade. Porque a violência doméstica está nas profundezas da sociedade. Ninguém fala sobre isso.”, disse.

O site será lançado em breve e contará com o auxílio de Marina Ruzi, advogada especializada em direito das mulheres, além de uma análise feita por um psicólogo. “Meu objetivo é que não só a mulher que escreve possa entrar em contato com a dor e conseguir uma voz libertadora, mas que outras sejam atingidas, se identifiquem e pensem em dar um primeiro passo para buscar ajuda. Além disso, é importante trazer para a esfera pública uma discussão do que acontece no âmbito particular. Para que as pessoas não achem que são casos isolados e percebam um sintoma claro da nossa sociedade machista.”, afirmou Juliana.

A artista ainda comentou sobre os diversos julgamentos que recebeu. “Já imaginava que muitas pessoas iam buscar argumentos para fragilizar meu relato, para fazer com que ele não tivesse valor. Mesmo quando a mulher levanta a voz, as tentativas de silenciamento não cessam. Iam falar que eu estava querendo aparecer. Ou: ‘Ela é atriz’. Claro que, quando acontece e você lê, causa uma tristeza, não só por mim, mas pela sociedade. Mas me surpreendi porque a maioria dos comentários foi de apoio. Eu estava super preparada para ser esmagada.”, disse.

Crimes como esse acontecem todos os dias. Segundo um levantamento feito pelo site G1, o Brasil teve um aumento de 7,3% nos casos de feminicídios em 2019. É necessário que, cada vez mais, falemos sobre o assunto para que possamos nos unir.

Se você passar por alguma situação de violência ou testemunhe uma, saiba que o canal 180 é a Central De Atendimento à Mulher. Confira também a lista que a todateen preparou com diversas formas gratuitas de encontrar apoio psicológico aqui.

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