É supercomum perder a paciência com aquele grupo na escola que não faz nada e deixa todo o trabalho nas suas costas, aguentar a pressão do vestibular, brigar com o namorado que sempre atrasa para um encontro, ou com os pais, que muitas vezes parecem não entender o que você quer dizer.
Mas se você costuma perder a boa com muita facilidade, talvez seja o momento de procurar ajuda especializada. A situação pode ficar séria quando isso se torna parte do “perfil” da pessoa. Além de ser um mau hábito, a raiva faz mal à saúde.
Confira alguns sinais que indicam que sua raiva pode estar fora dos limites: • Você vive irritada, seja com ou sem motivo • Os dias são difíceis de suportar • Você costuma ver o lado negativo das coisas o tempo todo • Você é exigente demais consigo mesma • Você tem dificuldade em se relacionar em casa, na escola e com os amigos

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Pode ser doença…
É importante ficar atenta a esse tipo de comportamento, pois ele pode ser reflexo de uma patologia, ou seja, uma doença. Algumas pessoas têm certa dificuldade em se relacionar – e isso é supernormal – mas se não for “dosado”, algumas situações de isolamento social são capazes de afetar a vida de outras pessoas também. Para isso, é indicado tratamento psiquiátrico ou terapia.
Todo esse medo, nervosismo e agitação podem resultar em um sofrimento psicológico e orgânico muito grande, portanto, é bom ficar atenta!
A psiquiatra Dirce Perissinotti, integrante do Prove (Programa de Atendimento às Vítimas de Violência e Estresse) da Unifesp, explica que há diferença entre ficar de mau humor por um motivo pontual, que desagrada e leva à frustração, e uma forma crônica de negativismo e raiva.

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Tem tratamento!
Segundo a Dr. Dirce, é preciso combinar medicamentos e terapias. A pessoa deve reaprender a lidar com as situações que alimentam sua raiva, ou seja, pensar em novas formas de agir em situações que a deixavam sem paciência. “A situação depressiva pode se agravar levando ao comprometimento da qualidade de vida geral e, em algumas circunstâncias, pode levar à incapacidade social”, explica a psiquiatra.
Técnicas chamadas de “alternativas” – como relaxamento, meditação, dança e esportes – também podem contribuir para a melhora. “Porém, não são efetivas enquanto tratamento isolado”, destaca Dirce. A família também pode ser um grande apoio: ajudando, orientando, informando e procurando ajuda especializada. Por tanto: keep calm!
Texto: Alessandra Morgado/Colaboradora e Melissa Marques Consultoria: Dirce Perissinotti, psiquiatra integrante do Prove (Programa de Atendimento às Vítimas de Violência e Estresse) da Unifesp

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