Precisamos falar sobre o machismo estrutural nos discursos de Tiago Leifert
Sem muitas surpresas, Hadson foi o terceiro eliminado do BBB 20 – com 79,7% dos votos, o brother deu tchau ao reality na noite desta terça-feira (11), deixando a Prior a chance de permanecer mais algumas semaninhas no jogo. Como de costume, o resultado foi antecedido por um discurso de Tiago Leifert. E, também como de costume, o apresentador não escondeu o machismo estrutural que permeia as suas falas.
“O BBB mexe com amor, com ódio, com rejeição, mas não com linchamento. Então, é muito legal o que o Hadson falou: que na hora que bate a porta lá [fora] é fim de jogo, vida que segue, certo?”
Errado, fofo. Nunca é fim de jogo para as mulheres que, há séculos, são reprimidas pelo machismo. A vida não segue tão fácil assim. Em seguida, anyway, Leifert pediu ajuda à Gizelly para definir o amplo direito de defesa. “Dar ao réu o direito de se defender”, resumiu o apresentador.
“Prior e o Hadson falaram várias vezes: ‘Cara, do que é que a gente tá sendo acusado? O que exatamente eu fiz? Eles perguntaram várias vezes”
Tiago, querido, desculpas esfarrapadas sem um esforço para entender profundamente as atitudes problemáticas não é, e nunca será, o suficiente.
“Mas o problema é que o BBB não é justo, vocês não tem obrigação nenhuma de falar nada para ninguém, porque a gente que a gente olha do ponto de vista do game, antes ele do que eu. Bota ele no paredão e segue o jogo. Cabe ao acusado jogar. Eles tentaram descobrir o que acontecer. O recado é pra quem fica, porque o BBB tá vivo. E talvez tenha outras histórias surgindo, o jogo anda”
É isso, manas. Para Tiago Leifert, a solução para o machismo é a isenção.