Quem acompanha premiações do mundo do entretenimento, com certeza, consegue reconhecer Billy Porter. O ator vencedor do Emmy, sempre marca os tapetes vermelhos com looks mega trabalhados que representam a moda não binária.
Assumidamente gay, Billy é super engajado em mostrar que peças intituladas femininas ou masculinas podem se misturar, independentemente do gênero. “Isso é política para mim. Isto é minha vida. Tive que lutar minha vida inteira para chegar ao lugar onde pudesse usar um vestido para o Oscar e não ser morto”, declara.
Acreditando ser o primeiro a levantar essa bandeira, durante uma entrevista para o Sunday Times Style, ele aponta uma crítica a ninguém menos que… Harry Styles!
“Sinto que a indústria da moda me aceitou porque foi obrigada. Não estou necessariamente convencido e aqui está o porquê. Eu criei a conversa [sobre moda não binária] e ainda assim a Vogue ainda colocou Harry Styles, um homem branco heterossexual, em um vestido em sua capa pela primeira vez”, explica.
A capa da Vogue, publicada em novembro de 2020, estrelada por Harry usando vestidos, foi um assunto mega comentado nas redes sociais. Sobre o ocorrido, Billy enxerga algumas injustiças.
O ator comentou que não recebe os créditos pelo movimento que representa há tantos anos. “Eu, pessoalmente, mudei todo o jogo. E isso não é ego, é apenas um fato. Fui o primeiro a fazer isso e agora todo mundo está fazendo”, disse.
Apesar de a situação envolver o nome de Harry, Billy deixa claro que não tem nada pessoal contra o cantor, mas acha injusto que um homem branco e heterossexual esteja sendo enaltecido por algo que já era feito.
“Não estou falando mal do Harry Styles, mas é ele que você vai tentar usar para representar esta nova conversa? Ele não se importa, ele só está fazendo isso porque é a coisa certa a fazer”, aponta.