No último domingo (24), a modelo e influenciadora de apenas 26 anos, Liliane Amorim, morreu em decorrência de complicações de uma cirurgia de lipoaspiração. Ela estava internada na UTI do hospital Unimed de Juazeiro do Norte (CE), desde o dia 17 de janeiro e acabou não resistindo, deixando um filho de apenas 6 anos.
Nesta quarta-feira (3), foi divulgado o laudo pericial, que reforça a tese de que Liliane morreu por erro médico, em decorrência de uma infecção causada por uma perfuração no intestino. O doutor Benjamim Alencar, responsável pelo procedimento estético, disse, por meio de suas assessorias, que ainda não vai se manifestar. Diante do resultado do laudo, a defesa de Liliane informou que vai acompanhar todo trâmite do inquérito para, em seguida, encaminhar o processo para o Ministério Público (MP). O médico deverá ser ouvido ainda esta semana.
A família de Liliane afirmou que irá processar o médico criminalmente pela morte da influenciadora. De acordo com a advogada da família, Débora Helen Santos Araújo, o cirurgião teria perfurado o intestino dela durante a operação, resultando em uma infecção generalizada que acabou causando sua morte. A expectativa é que ele responda por homicídio culposo (quando não há intenção de matar).
Em conversa com o UOL, José Bernardino de Souza Neto, marido de Liliane, definiu o erro como “inadmissível”. A advogada afirma que a queixa relata “negligência” e “imperícia” do médico. De acordo com a defesa e com amigos de Liliane, ela passou seis dias depois da cirurgia se queixando de “muita dor”. Ela chegou a ligar para o médico, mas ele teria menosprezado o relato de seus sintomas. “Se ele tivesse tratado como deveria, internado no pronto-socorro, ela talvez não tivesse morrido. Ele passou apenas remédios paliativos e analgésicos. Tudo isso está na queixa“, disse a advogada.
