Com o tempo, a moda brasileira vem se reinventando e trazendo mais representatividade. Seja nos corpos, conceitos e estilos diferentes nas diversas peças. Além disso, o compromisso responsável já é visto em algumas coleções que priorizam o consumo mais consciente, de qualidade e transparência junto ao público.
Entre as principais iniciativas está o Movimento Sou de Algodão, da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) que, além de unir a cadeira produtiva em torno desses propósitos, também conta com estilistas, que inclusive já marcaram presença em edições do SPFW e da Casa de Criadores, e se destacam pela inspiração e trabalho focado em raízes étnicas africanas.
Abaixo, separamos oito nomes de referências para você ficar de olho. Vem ver!
Nascida em Cabo Verde, mulher negra e apaixonada por moda, soube abrir a própria empresa priorizando a diversidade e inclusão, além de uma gestão horizontal. Angela costuma trabalhar suas raízes, criando um diálogo entre tradição e vanguarda por meio da roupa.
Fundada em 2015, a marca tem no seu cerne sempre promover um impacto socioambiental positivo por meio da moda. AZ Marias é uma marca de mulheres para mulheres, onde é celebrado o corpo brasileiro real, com estampas autorais e alegres, sempre carregadas com um mix de streetstyle e afro ancestralidade histórica.
A engenheira eletricista Mônica Sampaio, traz o DNA do continente africano, raízes no recôncavo baiano e ancestralidade da mulher negra em diáspora, desde 2015, que se tornaram peças referência da estética afro-brasileira.
Esse é o nome de uma árvore que dá o fruto do coco, de onde é extraído o óleo do dendê, tradição do culto afro-brasileiro. A marca ganhou esse nome como forma de afirmar as origens do povo nordestino. O que era ofertado, antigamente, na moda, não condizia com o que os estilistas Hisan Silva e Pedro Batalha, pretos e da comunidade LGBTQIA+, acreditavam. Atualmente, eles priorizam a moda como um movimento histórico, situação social e cultural.
Marca que leva o mesmo nome de seu fundador, já atua no mercado há cinco anos, sempre com o viés ativista, que desafia o preconceito racial por meio de criações repletas de referências afro-brasileiras e indígenas.
Marca que também leva o nome da fundadora, a estilista percebeu que as pessoas buscavam por representatividade de moda preta. Por isso, busca responder tal ausência assumindo a potência da ancestralidade, a estética e as diferentes manifestações culturais afro-brasileiras oferecem para o processo de criação da marca.
Criada em 2019 por Dani Munira, designer de moda da cidade de Salvador, as coleções são inspiradas na história e potência de comunidades negras, simbologias afetivas e culturais, trazendo uma realidade de acolhimento e liberdade corporal.
A marca surgiu há cinco anos como resposta ao racismo estrutural, mas foi após o assassinato de George Floyd, nos Estados Unidos, que Rafael Silvério, percebeu que pode não ter passado pelo racismo ativo, mas sofria o velado. Além da marca, ele é cofundador da startup de inovação social inter-racial VAMO (Vetor Afro-Indígena na Moda), para poder criar oportunidades e ferramentas para profissionais afrodescendentes e indígenas por meio de ações afirmativas.
Marca baiana, de Salvador, criada pelos irmãos Céu Rocha e Júnior Rocha. O trabalho faz referência aos tecidos africanos que se conectam com criações modernas afro-urbanas. A proposta da marca é enaltecer a cultura ancestral e celebrar a valorização da raça. A Meninos Rei prega uma moda com autenticidade, representatividade e originalidade.