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Dá pra ser cheerleader mesmo morando no Brasil (e a gente te conta como)

Dá pra ser cheerleader mesmo morando no Brasil (e a gente te conta como)
Dá pra ser cheerleader mesmo morando no Brasil (e a gente te conta como)

A maioria dos filmes adolescentes que a gente ama tem uma cheerleader. Normalmente, ela é magra, loira, popular e malvada. Bom, a gente tá aqui para desmistificar isso. Cheerleading é para todo mundo e vai muito além de balançar pompom e dançar. Na verdade, esse é um esporte bem complicado e exige muita disciplina e entrosamento com o time!

Para se ter uma ideia de quão séria a modalidade já está, desde 2011 a UBC (União Brasileira de Cheerleading) criou um campeonato nacional para as equipes do país competirem. Por isso, fomos atrás da Jéssica Camila, 28 anos, atleta do time Fierce Extreme e coach do time da Faculdade Cásper Líbero, o Redbirds, para entender melhor o esporte.

Perguntamos como ela decidiu ser coach e ela nos contou que tudo começou com seu marido, Erick Naves. Em 2015, ele participou da primeira certificação de coaches da UBC:

“Ele começou a dar treinos para a Faculdade Anhembi Morumbi e eu ia com ele para auxiliar. Como fizemos um bom trabalho, em 2016 outros times já estavam procurando a gente para dar treinos. Por isso, também fiz minha certificação. Daí em diante, todos os anos fazemos cursos de reciclagem (para manter o certificado) e não paramos de treinar, para não ficar desatualizados.”

Reprodução / Instagram

Aproveitamos para tirar a dúvida: cheerleading é para todas as pessoas mesmo? Jéssica disse que sim!

Acho que é um esporte que consegue abranger todos os biotipos. É claro que ter um conhecimento esportivo anterior ajuda muito na prática, mas acredito que a dedicação, esforço e força de vontade são os principais atributos necessários.”

Ok, então já entendemos que ser cheer não é fácil, mas também não é impossível, certo? Para provar isso, conversamos com o atleta Gabriel Novaes, 20 anos, que pratica cheerleading desde fevereiro de 2018. Ele contou que queria entrar para o esporte desde os 16 anos, mas na época, não sabia como começar, pois não achava time ou lugar para treinar. Então, quando finalmente começou, foi uma sensação de sonho realizado.

 “Eu fico muito feliz treinando, é onde eu extravaso minha raiva, saio do treino contente. Se eu não treino uma semana, parece que falta alguma coisa na minha vida.”

A gente perguntou também se há algum tipo de preconceito por ele ser homem em um esporte que, para muitas pessoas, é apenas para mulheres. Gabriel foi bem sincero:

Já senti preconceito, sim, ainda mais com pessoas que não sabem o que realmente é o esporte. Muitas pessoas pensam que cheerleader são aquelas garotas de filme americano que ficam no cantinho do jogo de futebol americano, com pompom, só dançando. Como as pessoas não têm o conhecimento do esporte, é isso que faz com que elas tenham o preconceito. Elas não sabem que o cheerleading, na verdade, começou com homens. Era um esporte só para homens. Nos Estados Unidos, por exemplo, as equipes têm um número bem maior de homens do que de mulheres, até mesmo pela força.”

E aí veio outra curiosidade, afinal, como alguém se interessa por um esporte que, a princípio, parece ser tão desvalorizado? 

“Eu fazia curso de dança e teatro, quando era menor. Sempre foi minha vontade me apresentar. Hoje, eu sinto que o cheer é um esporte que combina ginástica artística com expressão, afinal, você tem que parecer super alegre e confiante durante as competições e isso tem um pouco de teatro”.

E ele não mentiu! Durante as apresentações, algumas coisas que as cheers fazem são os chamados motions: um conjunto de carão e movimentos rápidos para dar um toque a mais. Agora que sabemos tudo sobre o esporte, resta saber onde podemos encontrar o esporte para participar, né? Afinal, é por conta dessa dúvida que muita gente desiste.

Mas calma! Já existem times formados em diversas faculdades ao redor do Brasil, além de algumas equipes em escolas particulares. Também existem alguns cursos que ensinam o esporte – inclusive para crianças!

E aí, animou para participar do esporte?

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