Você já quis saber como funciona os bastidores da criação de uma música? A todateen conversou com Aya, uma cantora nascida em Los Angeles, nos Estados Unidos, mas que cresceu em São Paulo e vive em Goiânia desde 2023. Ou seja, nós vamos te contar tudinho!
Sobre seu processo de composição, como nascem suas músicas? Você começa pela melodia, letra ou depende da inspiração do momento?
Aya: Meu processo de composição é muito doido! Muitas vezes, as músicas simplesmente vêm a mim já com letra e melodia, sem que eu sequer esteja tocando um instrumento. Aí, gravo, procuro fazer no violão ou encontro um type beat, ou algum tipo de batida que eu consiga [colocar a composição]. Quando me reúno com outras pessoas, normalmente, fazemos no violão. Sou bastante de [me importar] com melodia, mas meu foco é sempre a letra — gosto muito. Por mais que uma melodia incrível vença qualquer letra boa, sou muito apegada a palavras.
Como lida com bloqueios criativos? O que faz quando não consegue compor?
Aya: Se essa pergunta tivesse sido feita a mim há algum tempo, eu teria dito que nunca tive um bloqueio criativo, mas tive um, recentemente – foi a primeira vez na minha vida. Sempre consigo me inspirar em histórias, sejam minhas ou de outras pessoas. Pra mim, compor é sempre muito fluido. Recentemente, sofri um pouco de amor e fiquei um tempo sem escrever. Depois de me frustrar [com o bloqueio], lidei tentando entender que faz parte do processo. Agora, já voltou tudo ao normal, mas fiquei bem abalada, confesso! [Risos] Pensei: “Será que meu superpoder foi tirado de mim?” Brincadeira! Compor é muita prática, dedicação e repetição.
Suas composições para artistas do sertanejo, como Luan Santana e Lauana Prado, influenciam seu trabalho autoral? Como você encontra seu próprio som?
Aya: Sim! Com certeza, minhas composições para estes artistas sertanejos influenciam muito meu trabalho autoral. Quando comecei a compor sertanejo, passei a enxergar as músicas e suas estruturas de outra forma. A partir desse momento, comecei a passar minhas mensagens de uma forma diferente. Logo, trago muitas referências do que considero ser a linguagem popular utilizada no sertanejo ao meu trabalho. Eu encontro meu próprio som quando canto e soa verdadeiro para mim. Algo que costumo falar no dia a dia é: “Se acho que ficou legal, uso!”, e isso se encaixa quando canto. Perdi um pouco do preciosismo das palavras; o sertanejo me ensinou isso. Aprendi muito mesmo e, com certeza, isso já me influenciou e influencia até hoje.
Com o sucesso de “Upgrade” no TikTok, como você enxerga o impacto das plataformas digitais no processo de lançamento e na recepção das suas músicas?
Aya: Enxergo este impacto de uma forma muito doida! Acredito que uma música viralizar é, sim, um indicador de que ela é muito boa, mas o oposto não é verdadeiro. Quando uma música não viraliza, não significa que ela não é boa. Acho que, às vezes, podemos entrar em um misto de sensações porque uma música viralizou e outra, não. Tenho muito a agradecer a “Upgrade”; e ao TikTok, por ter feito minha música viralizar. Fiquei muito feliz, porque foi meu primeiro lançamento. Foi incrível ver a música tomar uma proporção tão grande! As pessoas se identificaram bastante com a história de “Upgrade”: ter um amigo e querer dar um upgrade no “apelido” dele. Foi muito incrível ver as pessoas se identificando com minha história.
O que você mais gosta de fazer quando tem um momento para relaxar e recarregar as energias?
Aya: Dormir! [Risos] Brincadeira. Adoro sair pra comer coisas que gosto, tirar um dia pra ir ao parque… Viajar! Eu amo viajar; é a coisa que eu mais gosto de faze