O diretor do site BuzzFeed, o publicitário Gabriel Matos, entrou com processo de R$ 1,5 milhão contra o ex-BBB e hipnólogo Pyong Lee. Na ação, o ex-BBB é acusado de estimular ataques de ódio nas redes sociais contra o publicitário. O pedido foi indeferido pelo juiz Marcelo Augusto Oliveira.
A briga judicial se iniciou devido a um post antigo de Gabriel Matos, em que o diretor do BuzzFeed teria dito: “Com a saída da Gizelly e nenhum paredão formado, vou ter que me dedicar ao meu hobby: zuar a família do Pyong”. Outro post mencionado na acusação é: “Rapaz, hoje eu to mais largado que o filho do Pyong”.
Pyong foi às suas redes sociais dizer que iria punir todos que estivessem disseminando ódio contra ele e sua família, e chegou a mencionar o diretor do Buzzfeed em especial: “O primeiro será o Sukita [apelido de Matos] do BuzzFeedBrasil!”, postou o hipnólogo. Um dia depois, no dia 17 de abril,o hipnólogo publicou comunicado em sua rede dizendo que ingressaria judicialmente contra quem o teria ofendido na web. “Foi com muito desagrado que me vi na posição de contratar advogados para adoção de medidas judiciais contra aqueles que estão atacando a minha honra e de minha família. Até o meu filho recém-nascido vem sofrendo agressões e ameaças, num verdadeiro linchamento digital, sem qualquer precedente”, escreveu.
“Outro influenciador digital anunciou, em alto e bom som, que irá me perseguir convocando os seus a fazerem o mesmo, gerando uma avalanche de novos vitupérios, o que é crime”, escreveu neste mesmo dia o diretor do Buzzfeed. Diante disso, Matos entrou com processo contra Pyong alegando que o BuzzFeed produz conteúdo em tom humorístico e que o ex-BBB reagiu de forma desproporcional aos posts, e incitou ódio na web, o que causou prejuízos financeiros ao diretor do site.
O juiz Marcelo Augusto Oliveira entendeu que Pyong não incitou seus seguidores a atacarem o autor. O juiz da 41ª Vara Cível indeferiu, em caráter liminar, o pedido de Matos. “Não vislumbro excesso no direito à livre manifestação do pensamento do requerido [Pyong], sendo que ele [Pyong] tampouco incitou seus seguidores a realizarem qualquer ataque. O requerido não concordou com as mensagens postadas pelo autor [Matos] e exerceu seu livre direito de resposta, esclarecendo ainda que pretende processar judicialmente o autor pelas supostas ofensas”. “Saliento que se o autor está sendo ameaçado ou ofendido por qualquer pessoa, seguidor do requerido ou não, pode valer-se de pretensão em em face dessas pessoas”, complementou o juiz.