Quem estava com saudade da ex-The Voice Julie? Pois é, ela está de volta aos palcos, mas dessa vez vai se aventurar no teatro. Ela estará na peça musical “Tudo por um Popstar” baseado no livro da escritora Thalita Rebouças. Nós conversamos com as duas:
Por Bruna Ferreira
Thalita:
– Thalita, qual a emoção de ver o musical inspirado em seu livro em reestreia?
Não é uma reestreia, é uma nova montagem. Foi tão bom que resolvemos fazer de novo. Viramos uma família. Agora a montagem tem uma pegada mais teatral, menos musical. A parte de música vai ser show mesmo, com direito a banda e tudo no palco.
– Como é dar vida aos personagens que saíram da sua imaginação?
É demais. O elenco todo é muito bom, eles leram o livro e logo entenderam os personagens, sues tons e nuances. São talentosos demais.
– O livro é incrível (confesso que li há alguns anos atrás) e as garotas passam por momentos muito emocionantes, no musical, qual sua parte favorita?
Eu amo as partes com a Babete. Ela é a prima maluca que todo mundo sonha ter. Descolada, destemida, aventureira e capaz de transformar sonhos em realidade. Coração gigante. Amo essa personagem e a Thais Belchior é a melhor Babete que eu podia ter.
– Na sua adolescência, quais eram seus ídolos? Alguma vez você chegou a fazer alguma loucura por eles?
Gostava do Menudo e do RPM. Cheguei a passar o dia ligando para um hotel onde o Paulo Ricardo estava hospedado mas nada de passarem a ligação. Fui ao meu vizinho que tinha ido fazer intercâmbio nos EUA e pedi que ele falasse inglês dizendo ser um empresário que queria levar o RPM para tocar nos Estados Unidos. Passaram a ligação. Paulo Ricardo veio. Eu disse: “Hello. Paulo Ricardo, eu te amoooo!” e desliguei na cara do coitado. Passei o dia inteiro querendo falar com o homem e quando consigo desligo na cara. Típico de adolescente. (risos)
– Como nasceu o musical? Como a ideia chegou até você?
De novo, agora não vai mais ser musical. O musical foi ideia de uma produtora do Rio que me procurou perguntando qual livro meu daria um musical. Pelo tema, escolhi Tudo por um Pop Star. Agora a pegada vai ser mais teatro, menos dancinha, coreografia e mais show. O Pedro teve a ideia de dar uma cara nova e eu topei na hora. É bom demais ver a história no palco.
– Grande parte dos seus livros é direcionada aos adolescentes, o que te atrai nesse público?
Gosto de fazer companhia para eles uma fase tão cheia de espinhas e pontos de interrogação. E gosto demais da sinceridade deles.
– Se você pudesse voltar a sua adolescência, o que mudaria? Que loucuras faria?
Nenhuma. Taí, adorei essa pergunta. Tá passando um filme na minha cabeça e eu amei minha adolescência, não mudaria nadinha.
Perguntas das garotas Todateen:
– No que você se inspira para se escrever?
No dia a dia, na observação que faço das pessoas, no meu passado, nos meus amigos. Tudo inspira.
– Qual livro você mais gostou de escrever e qual seu autor favorito?
Uma Fada veio me Visitar. E meu autor preferido? Ai. São vários! Fernando Sabino.
– O que te motivou a ser escritora?
Gostar de inventar histórias.
– Quais conselhos você daria para uma jovem escritora?
Leia muito, sempre. Quanto mais a gente lê, melhor a gente escreve. E escreva. Não basta ter boas ideias, tem que saber botá-las no papel. Por isso, escreva todos os dias, nem que seja uma frase, um parágrafo.
– Existe mais algum livro seu que pode se tornar uma peça?
Sim. Era Uma Vez minha Primeira Vez deve virar peça no segundo semestre.
– Como você consegue entender tão bem as adolescentes?
Não sei também. (risos) Acho que o fato de não tentar passar lição de moral ajuda. Não quero ser a tia chata. Sou para os leitores a amiga com quem eles desabafam e se identificam. O humor também me aproxima deles. Acho que todo mundo gosta de rir. Eu adoro!
– Como é a criação dos seus personagens? Tem um pouco de você em cada um deles?
Sempre. Todos os personagens têm um pouco de mim. E eles nascem na minha cabeça de uma vez só, prontinhos. Sei como é a casa deles, a altura, a cor do cabelo. É muito doido. Adoro esse processo de criação.
Jullie:
– Como é estrelar um musical cujo livro fez parte da adolescência de diversas meninas?
Não é mais um musical, mas uma peça que tem muita música. É uma delícia! É muito gostoso poder contar essa história além do livro. É como se a imaginação das leitoras criasse vida!
– Qual a expectativa pra reestreia?
A expectativa é grande, pois não é uma reestreia, apesar de ter a mesma história como base vamos oferecer ao público uma versão diferente da peça, outro universo. Novas músicas, alterações de texto, novos atores em cena, figurino e cenário novos… Estaremos em cartaz no horário nobre, o que vai acabar trazendo outra faixa etária de público. São muitas as novidades e estou curiosa para descobrir a reação da galera.
– Houve alguma alteração no elenco?
Sim. Agora contamos com Marcella Rica como a personagem Gabi e David Lucas como Julius Tiger e Davi. Estamos nos dando super bem, já conhecia o trabalho deles e já os admirava desde antes.
– Sua personagem é muito determinada, qual característica dela você mais se identifica?
Acho que sou um pouco parecida com a Manu nisso de ver o lado bom das coisas. Ela também é determinada como eu e romântica.
– Você já fez alguma loucura por um ídolo?
Nunca fiz uma grande loucura por um ídolo… Mas quando eu era pequena fui a uma rádio com uma carta a metro debaixo do braço para pedir ingressos para o show de Sandy e Junior. Há poucos anos passei algumas horas espremida na grade, garantindo um bom lugar para ver de pertinho o show da Katy Perry em São Paulo.
– Na adolescência, quais eram suas bandas preferidas?
Ouvia (e ouço!) Beatles como referência do meu pai e era fã dos Backstreet Boys. Passei uma fase apaixonada pelas canções do Silverchair, Aerosmith e Creed. Ainda curto.
– O que mais te atraiu para a peça? Quais as cenas que mais te encantam?
Eu já estava louca para fazer um musical. Quando passei para a personagem Manu, nem acreditei. O fato de ser baseado num livro da Thalita Rebouças me interessou bastante. Difícil escolher uma cena preferida… Mas acho maravilhoso a peça mostrar algo tão lindo quanto a amizade, a cumplicidade e a união das três meninas. É uma mensagem positiva.
– Você acredita que vale tudo por um popstar?
Se for aquela loucurinha saudável, vale tudo, sim, por que não? Agora… Eu jamais seria invasiva com um ídolo, porque não acho bacana.
– Qual o saldo que você faz da sua participação no The Voice?
Foi ótimo para mais pessoas conhecerem meu trabalho, minha música. Chegar cantando “Gasolina”, uma música de minha autoria, foi um diferencial. Estão surgindo oportunidades legais. Estou na loucura de montar show novo, conciliar tudo isso com a peça, dublagem… E não parar de compor nunca, pois ainda este ano quero lançar novas músicas.
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