A fofíssima Paula Pimenta – autora da série de sucesso “Fazendo Meu Filme” – conversou com a todateen sobre a saga de Fani, projetos e carreira.
tt: Qual é a história dos livros “Fazendo meu Filme”?
Paula: O livro Fazendo meu filme 1 conta a história da Fani, uma garota de 16 anos, apaixonada por cinema, que vê sua vida mudar quando surge a oportunidade de fazer um intercâmbio cultural. No processo de preparação para a viagem, ela se apaixona… E então tem que decidir se viajará mesmo ou se ficará no Brasil, com seu grande amor. Os próximos livros da série mostram o amadurecimento da personagem e outras escolhas que ela tem que tomar de acordo com cada fase da vida.
tt: Como surgiu a ideia de produzir o “Fazendo meu Filme”?
Paula: Em outubro de 2004, na noite do início de ‘horário de verão’, eu estava no computador e de repente tive a ideia de começar um livro falando exatamente sobre isso: Duas amigas que saíam, mas que tinham que voltar no horário imposto pelo pai de uma delas. Com o adiantar do relógio, elas acabavam perdendo uma hora (mais tarde essa passagem acabou virando o capítulo dois do livro). Quando comecei a escrever, eu nem tinha ideia do que viria, só mais tarde é que pensei no tema principal do livro, que é o dilema da Fani entre largar o grande amor para fazer intercâmbio ou deixar de viajar para ficar com ele. As características dela, como a paixão por cinema, surgiram um pouco depois também.
tt: Alguma personagem tem um pouco mais da sua personalidade? Qual?
Paula: A Fani inicialmente se parecia um pouquinho comigo, especialmente na timidez, no jeito sonhador, na introversão… Mas aos poucos, à medida que o livro foi sendo escrito, ela foi ganhando personalidade própria.
tt: Você sempre foi escritora? Como surgiu a vontade de escrever profissionalmente?
Paula: Foi acontecendo… Eu sempre gostei de Português no colégio, adorava fazer redações… Na época do vestibular, resolvi fazer Jornalismo, para profissionalizar esse amor pela escrita. Mas logo no começo do curso, descobri que eu não queria relatar os fatos imparcialmente e, sim, colocar emoção nas linhas. Por isso, acabei transferindo de curso, para poder ser mais criativa. Me formei em Publicidade e Propaganda. Mas foi com “Fazendo meu filme” que eu realmente descobri que o que eu mais gosto de escrever são romances.
tt: Qual foi a maior dificuldade encontrada para publicar os livros?
Paula: Eu queria publicar “Fazendo meu filme 1” de qualquer jeito, mesmo que fosse de forma independente. Porém, resolvi esgotar as possibilidades nas editoras antes. Nas duas primeiras que eu fui, nem quiseram ler o meu livro. O dono de uma delas falou inclusive que “adolescentes não leem livros grossos”! Na época não tinha Crepúsculo ainda, mas tive vontade de perguntar se ele nunca tinha ouvido falar de Harry Potter, pois o sexto volume da série tinha acabado de ser lançado e tinha quase o triplo do tamanho do meu livro! Mesmo depois que consegui uma editora, tive que esperar quase dois anos pra ter o meu livro publicado, pois havia um cronograma de publicações que precisava ser respeitado. A maior dificuldade foi essa, o começo, pois as editoras brasileiras são muito resistentes a publicar livros de autores iniciantes.
tt: Você é muito popular no universo teen. De onde vem tanto sucesso?
Paula: Acho que vem da identificação que os leitores têm com meus personagens. Estamos em uma época em que a literatura fantástica está na moda, mas os meus livros falam de adolescentes comuns. Então é como se a história daquelas páginas pudesse acontecer com qualquer um… e é isso mesmo que faz com eles se identifiquem, torçam pelos personagens e desejem viver algo parecido.
tt: Quais dicas você dá para quem quer iniciar a carreira de escritora?
Paula: Em primeiro lugar, acho que é importante ler muito. Geralmente, quem gosta de ler e tem esse hábito, escreve bem. Devemos também escrever sobre o que gostamos, pois quando escrevemos com paixão, os leitores sentem isso. Escrever sobre o que realmente conhecemos é importante também. Ao escolher um tema, certifique-se que você domina o assunto, para não se perder no meio da história. Depois que o livro estiver pronto, é preciso muita paciência e força de vontade pra procurar uma editora. Acho que esses são os passos fundamentais para quem quer escrever e publicar um livro.
tt: Quais são os amores e as dores dessa profissão?
Paula: Acho que o retorno dos leitores é o melhor de tudo. Saber que alguém leu e gostou muito de algo que escrevi é uma sensação mágica. A parte difícil é que não existem férias. O tempo inteiro estou criando mentalmente, tirando inspiração dos acontecimentos do dia a dia para novas histórias… Mas quando trabalhamos com o que gostamos é como se vivêssemos constantemente em férias! Então, não tem problema!
A Paula é uma fofa! Nós adoramos bater esse papo com ela!
E vocês, meninas? Curtiram? 🙂
Entrevista: Melissa Ladeia Marques
Foto: Divulgação / Reprodução Instagram
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