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Entrevista: Samira Winter fala sobre seu novo EP, “Tudo Azul”

Entrevista: Samira Winter fala sobre seu novo EP, "Tudo Azul"

Dona de um som totalmente diferenciado, Samira Winter acaba de lançar seu EP “Tudo Azul” com músicas melódicas capazes de te transportar para um universo todo particular!

A fofa foi criada em Curitiba, mas se mudou para Los Angeles para estudar. Em outubro ela está de volta às terras brasileiras para divulgar seu trabalho. Conheça mais sobre ela!

Entrevista: Samira Winter

Foto: Reprodução/Instagram

Você teve contato com a música aqui no Brasil. Conta pra gente, o que vê de diferente entre a música nacional e internacional? Quais são as peculiaridades de cada uma, na sua opinião?

Eu acho que em ambos os países, o artista tem a mesma intenção de contar sua historia, achar sua voz, se expressar. No Brasil, não posso falar com tanta certeza pois me mudei há cinco anos, mas aqui nos Estados Unidos tem muito espaço para criatividade. Acho que o público é bem mais acostumado a frequentar shows com musica autoral e por isso, o artista se sente mais a vontade de experimentar. No Brasil tem muito talento, o que falta talvez seja um público que dê mais espaço a artistas menores e que crie um sistema de apoio, uma comunidade. Mas to super animada para o que tem para acontecer no Brasil musicalmente. Nos Estados Unidos, muito já foi feito e já tem uma saturação de muitas bandas. Por isso tenho muita fé na cena musical brasileira, ainda tem muito a ser explorado, muito que ainda não foi feito, muito para acontecer!

Como é a sua rotina? Você vive de música hoje? Tem outros planos ou sempre foi essa a sua prioridade?

Musica é o meu foco principal. É o que me faz mais feliz! Não vivo de música mas com certeza é a minha prioridade. Eu tento sempre estar tocando, escrevendo, gravando, praticando e colaborando. Além disso, gosto de fotografar e filmar. Estou trabalhando com uma amiga num grupo chamado Chao Summer, onde entrevistamos e filmamos bandas em Los Angeles. Acho muito divertido trabalhar em projetos diferentes, especialmente com minhas amigas. Quero muito que mais mulheres toquem música e sejam ativas em sua comunidade artística.

Falando um pouco do seu som, como você se define?

Acho meio difícil me definir, hehe. Mas acho que muitas vezes você se define através do que você gosta ou do que te inspira. No meu caso, eu sou muito inspirada por flores, nostalgia, sonhos e amores platônicos. Acho que meu som tem uma tendência “dream pop”. Gosto bastante de usar reverb e chorus e adoro melodias suaves.

Quais são as suas inspirações pra compor?

Às vezes na rotina é muito difícil se inspirar, pois se você vê as mesmas pessoas e os mesmos lugares toda hora, eles se tornam um pouco sem graça. Mas acho que meu objetivo no meu dia a dia é tentar me inspirar pelas coisas ao meu redor, mesmo que sejam coisas bem familiares. Meus amigos me inspiram bastante, assim como shows e outras bandas. Também tento observar a natureza a minha volta aqui em Los Angeles. Aqui é um deserto, e crescendo em Curitiba, nunca tinha visto tanto cactus, areia e palmeiras. As bandas que atualmente andam me inspirando são El Mato A Un Policia Motorizado, Frankie Cosmos e Las Robertas.

Você tem uma música apenas gravada em inglês. É muito diferente? A língua portuguesa te atrai mais?

Eu amo a língua portuguesa! Tenho uma banda aqui em Los Angeles chamada Winter onde todas as musicas são em inglês. Sempre tive mais dificuldade em escrever em português e por isso, quando escrevia, parecia que era mais especial. Ano passado percebi que eu tinha algumas músicas prontinhas em português e decidi gravar na próxima visita pro Brasil. A musica mais “bossa” do EP é a que escrevi inglês, hehe. Não foi intencional, mas acho bem legal misturar esses dois mundos, o Brasileiro e Americano e por isso quis colocar uma musica em inglês no EP “Tudo Azul.”

Muitas meninas, tão novas quanto você, sonham em seguir carreira na música. Qual é a sua dica pra elas? São muitos desafios?

Eu sei que muito gente fala isso, mas o mais importante é não desistir! Outra coisa bem importante é ter um computador que tenha um programa de gravação tipo garageband, uma interface e um microfone. Assim você pode gravar as suas músicas próprias sem depender de ninguém. Essas gravações podem servir como demos para outras pessoas, mas especialmente vão te dar perspectiva sobre a sua música e uma oportunidade para ideias de arranjos e experimentos. Também é importante tentar encontrar sua própria voz e não querer ser uma réplica de outro artista. Acho legal escutar muitos tipos de música e encontrar bandas novas para que você se inspire por coisas diferentes e encontre o seu som. Quando escrever suas primeiras músicas, não se preocupe em mostrar para ninguém. Não esquente a cabeça, deixa elas fluírem! As melhores músicas na minha opinião são as mais simples e intuitivas.

Existe alguém com quem você sonhe em fazer uma parceria?

Com certeza com o Los Hermanos e Rilo Kiley (Jenny Lewis)! Eram as minhas bandas favoritas quando era adolescente!

Qual é a sua música preferida? O que ela tem de especial que pre-ci-sa-mos escutar?

Tão difícil escolher só uma música! Amo a musica “I Follow You” da Melody’s Echo Chamber. É suave e rock’n roll ao mesmo tempo. É como se você tivesse numa festa em baixo do oceano, sonhando sobre seu amor.

Agora, com o novo EP, quais são seus planos? Muitos shows?

Estou tocando bastante aqui em Los Angeles! Estou com músicas novas, algumas em espanhol e quero tentar gravá-las esse ano mesmo. Vou para o Brasil em Outubro para uma turnê. Vou anunciar as datas e cidades logo logo! Com certeza vou tocar em Curitiba e São Paulo!

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