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Fanfic: Sua Sina (parte 1) com Zé Felipe

Uma história apaixonante de como um acidente pode começar uma linda relação…

Zé Felipe em foto divulgação
FOTO: Montagem

Zé Felipe é um fofo e um cavalheiro, por isso a gente é apaixonada por ele! Agora, imaginem esse gato fazendo de tudo para te conquistar? Ele quer ser Sua Sina, você vai deixar? Acompanhe essa fic e tente não se encantar por ele.

Zé Felipe sobre fundo azulado

FOTO: Reprodução/Montagem

Brendon Urie entoava o refrão de LA Devotee e eu cantava junto com ele, enquanto girava o volante do carro. Precisava pegar minha irmã mais nova na escola, passar no mercado e entregar algumas encomendas da minha mãe. Não sabia se ter tirado – finalmente – a carteira de motorista tinha sido uma boa agora… Parei num cruzamento sem farol, esperando para entrar, atenta a qualquer carro que pudesse entrar sem que eu percebesse. Estava tudo certo, minha visão estava desimpedida e nenhum reflexo de farol me mostrava que alguém entraria. Fiz menção de acelerar quando um carro preto passou em alta velocidade diante de mim. Respirei fundo e mantive o pé no freio.

Uma pick up parou do meu lado então, em fila dupla, tapando minha visão no exato momento em que acelerei para passar em direção a rua que precisava. Não vi o farol do outro carro se aproximando até ele estar a 2 metros e de mim… Meu pé foi instintivamente para o freio do carro e o do outro motorista também. A colisão foi inevitável. O parachoque dele bateu na lanterna dianteira do carro da minha mãe e eu só conseguia pensar em como ela ia me matar e confiscar a minha carteira. Tirei o carro no meio da rua e estacionei num ponto próximo, com o outro motorista vindo em seguida. Já sai do carro, batendo a porta, possessa, eu que tinha a preferência ali!

– Você é maluco, cara? Olha que você fez no meu carro!
– Desculpa moça, eu não tinha visão de você entrando ali… – Acompanhei a voz de fala mansa até encontrar os olhos do dono.
E que olhos! Eram verdes contra a pele morena e a barba ralinha permeava toda a construção do maxilar. As sobrancelhas formavam dois arcos negros acima dos olhos de cílios longos.
– Desculpa? Como assim, DESCULPA? A ‘mão’ era minha, você precisa olhar se não está vindo… Olha o estrago que você… – Eu não consegui me expressar de forma alguma, olhando para o que acontecera com o carro.
O farol estava estilhaçado, sobrara apenas um pedacinho dele no canto. A colisão fizera o parachoque do carro da minha mãe sair um pouquinho do lugar e faltava um pedaço da calota de um dos pneus… Minha mãe ia arrancar a minha cabeça e eu ainda precisava ir buscar minha irmã no colégio!
– Calma moça! Eu me responsabilizo pelo que aconteceu sim… Não te vi entrando.
Passei a mão no cabelos, olhando para o rapaz. Ele não me era estranho, mas… de onde eu conhecia aquele rosto?
– Ótimo! Qual seu telefone? – perguntei, puxando o celular do bolso, apenas pensando em sair dali.
Ele me falou o número e dei um toque no celular dele, para que ele tivesse o meu. Perguntou meu nome, eu respondi para que ele salvasse no aparelho dele enquanto eu salvava o dele no meu. Olhei para o carro dele e reparei que estava quase intacto, apenas um risco na pintura imaculadamente preta e um triscado no farol. Como sempre, minha má sorte se mostrando viva e bem, ferrando meu dia.
Quando entrei de volta no carro, após me despedir do rapaz, Brendon ainda cantava, dessa vez Victorious. E eu não fazia ideia de como aquela música faria sentido em pouco tempo.

*****

Cheguei em casa e dei de cara com a minha mãe vermelha como um pimentão. Já olhei para ela, me sentindo culpada. Eu não ligara para avisar sobre o aciden… Como é que ela estava brava assim se eu nem contara para ela ainda o que tinha acontecido?


– Como é que você se mete num acidente de transito e não me avisa que está bem? – perguntou ela, tremendo e vindo me abraçar depois que estacionei e sai do carro, com Carol saindo e indo – Desculpa mãe, aconteceu rápido mas o rapaz do outro carro admitiu que estava errado e…
– Eu sei disso filha, na verdade, todo mundo sabe do seu acidente.
– Como assim? – questionei, fazendo uma careta.

Minha mãe puxou o celular e entrou numa página de facebook, daquelas de fofocas de famosos. Acompanhei o vídeo em que eu passava a mão nos cabelos e parecia extremamente agressiva com o rapaz bonitinho do acidente. Não dava pra ouvir o que falávamos pois o vídeo for a gravado de longe e, aparentemente, com um celular. Olhei para minha mãe com a testa franzida e sai do video, lendo a manchete do mesmo: “CANTOR ZÉ FELIPE BRIGA COM AFFAIR MISTERIOSO NO MEIO DA RUA! VEJA TUDO:”.


– Quem é Zé Felipe? – perguntei a minha mãe, devolvendo o celular.
– É o filho do Leonardo, filha! É cantor também. – respondeu minha mãe, sorrindo.
– Bom, contanto que ele pague logo o que fez o carro, não me importo com quem ele seja. – revidei, com um súbito mau humor, subindo para o meu quarto e deixando minha mãe na sala.

Odiava esses sites de fofoca que minha mãe sempre amou. Não conhecia nada do meio sertanejo, minha vibe era outra. Mas não podia negar que ele era bem boniti… Meu celular vibrou. Quando desbloqueei a tela para ver quem era, vi o nome dele salvo ‘Zé do Acidente‘ me chamando no Whatsapp.

Desculpa por hoje novamente. E desculpa também pelos sites de fofocas estarem te chamado de affair misterioso. 🙁
Não consegui evitar o riso. Agora que toda a adrenalina do acidente passara, dava pra ver que ele não era nenhum babaca e que for a mesmo um acidente. Respondi a mensagem e fui para o banho, lavar todo aquele dia que parecia impregnado em mim.

*****

Três semanas se passaram desde o acidente, o carro já estava arrumado e minha mãe não ficara possessa comigo como eu havia imaginado, na verdade, ela se preocupara mais comigo do que com o carro. Eu também continuara em contato com Zé Felipe esporadicamente, falávamos sobre o carro e ele tentava puxar mais assunto, às vezes. Eu poderia dar uma chance para ele? Sim. Eu iria? Provavelmente não. Ele era famoso, e eu não saberia lidar com a exposição e muito menos com a imprensa. Nunca fui o tipo de garota que gostava de se destacar e de aparecer.


Não podia negar que ele era gentil, engraçado e que fora um perfeito cavalheiro nessas últimas semanas e também que pesquisara um pouco sobre ele e acabara colocando algumas musicas dos CD`s dele na minha playlist. Inclusive, estava diante do meu celular, indecisa quanto ao que responder sobre aquela pergunta que ele me fizera pelo aplicativo. Eu já respondera que não duas vezes antes e ela continuava insistindo… Dizem que a 3 é um número mágico, mas eu não sabia se essa mágica poderia tonar minha vida melhor ou pior.
Olhei novamente para o celular:


‘Quer sair para tomar um café comigo? Pra se desculpar direito sobre o que aconteceu? Eu sei que já é a terceira vez que eu peço, mas, vai ser legal! :D’.

Ir ou não ir? Eis minha questão!

Texto e imagens por Denis Lira.

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