Depois de 148 longos dias de greve, os roteiristas de Hollywood estão oficialmente de volta. O sindicado americano declarou o fim da greve a partir da meia-noite desta quarta-feira (27). Ou seja, os projetos devem voltar a todo vapor em breve.
A greve, que ficou apelidada como “greve de Hollywood”, começou em 2 de maio e se tornou a mais longa na história da indústria americana. As negociações para o fim dos protestos duraram cinco dias e finalmente temos um acordo preliminar.
O que vai mudar com o acordo da greve de Hollywood?
Em um e-mail super otimista aos membros no último domingo, o Comitê de Negociação do WGA (sindicato) chamou o acordo de “excepcional”, destacando “vantagens e salvaguardas incríveis para escritores em todos os cantos de nossa equipe”. Porém, não foram só vitórias, afinal, eles tiveram que aceitar aumentos salariais menores do que o esperado.
Além disso, como parte desse acordo, as empresas de streaming terão que revelar quantas horas as pessoas passam assistindo seus programas originais. Dessa forma, a partir do próximo ano, eles terão que dar um bônus para as equipes se o programa ou filme chamar a atenção de pelo menos 20% de seus assinantes nos primeiros 90 dias. E quando se trata de inteligência artificial, todos estão na mesma página — a inteligência artificial não pode escrever scripts e, dessa forma, material criado pelo IA não tem origem legítima.
Por fim, o último acordo foi em relação à quantidade de pessoas nas salas dos roteiristas. Sob este novo contrato, o número mínimo de escritores precisará ser coerente ao número de episódios que um programa tem, a menos que uma pessoa esteja escrevendo todos os episódios. Assim, por exemplo, um programa de seis episódios precisa de pelo menos três escritores, e um programa de 10 episódios precisa de pelo menos cinco.
Adam Conover, membro do conselho do sindicado dos roteiristas elogiou o acordo com as produtoras como “a maior vitória já vista em anos”. Agora, veremos os projetos voltando à ativa após os quase cinco meses de greve. Uhu!