Uma conversa perfeita com os meninos mais fashion da música
Quando saíram de Porto Alegre (RS), para tocar em São Paulo, os meninos da Fresno nem imaginavam o sucesso que os aguardava. O quarto CD, Redenção, chegou para consolidar de vez a banda como uma das melhores no cenário do rock nacional nos últimos tempos. Aí, já viu, né? Não resistimos e fomos a São Paulo bater um papo bem de pertinho com os fofos.
Música, fotos e diversão: universo Fresno
Simpáticos e bem-humorados, os garotos não se incomodaram em passar horas trocando de roupa e tirando (muitas) fotos. Pelo contrário, eles estavam pra lá de animados (principamente com as roupas, que acharam lindas!). O Lucas e o Tavares não paravam de experimentar peças diferentes, arrumar os cabelos e se olhar no espelho. A “briga” para saber qual dos dois é o mais vaidoso é boa: “O Lucas está numa fase mais social, mas a vaidade de arrumar o cabelo direito é quase igual. A gente gosta de ficar bonito sempre”, confessa Tavares.
Já para o Bell, barra é ficar longe da comida da mamãe. “Nosso segurança me ensinou a fazer o ‘revirado’, que é arroz, ovo, alho, feijão, cebola… Eu como isso todos os dias, estou aprendendo a cozinhar na marra”, conta. Mesmo tendo entrado há pouco na banda, Bell mostra a que veio: “Na mesma hora que eles me ligaram, eu peguei o avião, vim para São Paulo e não consegui voltar mais. Para mim, não é uma questão de substituir o Cuper ou qualquer outro baterista, é a realização de um sonho!”.
Lucas também faz questão de deixar clara a importância da banda: “Na época do colégio, eu não sabia o que eu queria ser quando crescesse. E a Fresno me fez saber o que eu quero da vida”, diz.
Mas os sonhos não param por aí. E eles mostram que estão preparados para enfrentar os próximos desafios. “No underground, chegamos num ponto em que todo mundo conhecia a gente, nossos shows estavam sempre lotados… E aí precisávamos abrir um novo espaço, que só rolava entrando no mainstream*, onde estão todas as maiores bandas do Brasil. Já tocamos em festivais grandes, já estamos na rádio, tevê. Agora, o grande desafio é consolidar nossa imagem dentro dessa nova perspectiva que estamos vivendo”, diz Vavo. Se depender da gente, eles já conseguiram!
tt: Vocês têm alguma mania estranha?
Vavo: “Eu odeio que peguem a minha chave, de casa. A minha chave fica no meu bolso e eu odeio emprestá-la.”
Tavares: “Eu odeio ser acordado.”
Vavo: “Ah, eu também odeio. Hoje eu estava dormindo e tocou o telefone umas cem vezes, aí eu atendi e uma menina falou ¿oi, é da casa dos Fresno? Hihihi. Ah, não! Me fez levantar da cama, descer dois andares de escada, no frio, pra falar isso!”
Mil e uma tattoos
tt: O que as tattoos de vocês significam?
Lucas: “Eu tenho uma fênix no braço direito, ela simboliza a eternidade. Isso porque eu já quase morri várias vezes. Tenho um coração sagrado com uma guitarra. E tenho uma cantora que simboliza minha faceta de cantor, ela tem uma mão de caveira porque cantou até morrer. Quando a gente ganhou o VMB, eu tatuei uma bola vermelha nas costas pra registrar aquele dia. A cada prêmio que a gente ganhar, vou tatuar outra.”
Bell: “Eu tenho uma só (tira a camisa e mostra um símbolo japonês). Não vou dizer o significado porque precisa ter mais intimidade comigo pra eu contar. (risos)”
Tavares: “As minhas significam mais uma opção estética. É claro que todas têm um significado, mas na verdade é um contrato com o rock. Quero tatuar o corpo inteiro.”
Vavo: “Eu sou o único que não tem. Não é nem por falta de vontade. Eu só não tive nenhuma idéia legal.”
Quando o assunto é fã…
tt: Como é a relação com as fãs?
Vavo: “A maioria das fãs é tranqüila, a gente acha muito legal esse reconhecimento! Mas tem algumas que passam um pouco do limite, como as que vão na frente da casa do Tavares cantar de manhã.”
Tavares: “Quando eu estou dormindo, realmente isso incomoda. Na verdade, a nossa casa é o nosso refúgio. Já abrimos mão da privacidade na rua, então a gente preza pela nossa casa.”
Bell: “As gurias estão pixando a nossa casa agora. Tem lá na porta de casa ‘amo Tavares’, ‘amo Bell’, isso aí é um pouco demais, né?”
tt: Rola ficar com fã?
Lucas: “Já aconteceu, mas não aquela coisa de ¿ah, vou pegar umas fãs…. Tu tem que ficar com uma guria que respeita seu trabalho e tem liberdade pra ser uma pessoa normal contigo. Já fiquei com fã, sim.”
tt: Qual foi a maior loucura que uma fã fez por vocês?
Bell: “A guria foi na seção de autógrafos e pediu pra gente autografar a calcinha dela…”
Vavo: “Vestida com a calcinha!”
Bell: “É. Ela puxou e a gente assinou. Aí fomos tocar numa rádio uma semana depois e ela levou a calcinha para nos entregar. E ela não lavou a calcinha, porque estava com as assinaturas!”
Vavo: “Acho que nem ela percebeu o absurdo que estava fazendo.”
Texto: Paula Brait
Luciano Munhoz/colaborador
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