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Grávida e adolescente

A história de uma garota que viu sua vida mudar aos 17 anos

A história de uma garota que viu sua vida mudar aos 17 anos

 

Grávida e adolescente

Imagine só um dia normal: você acorda, toma o café que a mami já pôs na mesa, vai pra escola, estuda, fofoca com as amigas, chega em casa, fica na net, vai ao cinema com seu fofo… Pode confessar: é uma vida boa, não? Assim também eram os dias da Sherilyn Silva, que hoje tem 21 anos, mas descobriu que sua vida nunca mais seria a mesma aos 17. O motivo? Ela estava prestes a se tornar mãe.

“OMG! Estou grávida!”

A Sherilyn também tinha uma rotina tranquilinha, como a sua. Estudava, curtia baladas com as amigas e namorava o Rogerio. O namoro, aliás, já durava um ano e ia bem, obrigada. O único probleminha na história é que ela não usou camisinha. “Eu tomava pílula, mas troquei uma marca de remédio por outra. Foi nesse período de troca que eu engravidei”, conta. Não demorou muito pra fofa descobrir e a notícia veio como uma bomba: “É difícil explicar o que senti na hora, foi um choque!”.

O momento de contar a verdade

Quando Sherilyn desconfiou, foi logo comprar um exame de gravidez na farmácia. Deu positivo. Depois de saber que carregava um bebê dentro dela, tomou coragem e contou para sua mãe, que na mesma hora a levou para fazer um exame de sangue. “Minha mãe não falou uma palavra na hora em que contei e eu sei que ela ficou assustada. Mas quando tivemos certeza, ela me apoiou em tudo”. Sherilyn também não demorou a contar para o namorado, que, diferente da mãe, teve uma reação mais assustada. “Ele fez uma cara feia quando contei, ficou meio bravo. Mas no mesmo dia ele voltou e disse que estava feliz”.

Para a psicóloga Angélica Luchesi Barnes, quando não há o apoio dos pais, a saúde da menina e do bebê é a principal afetada. “O acolhimento e a compreensão são necessários para a mãe e para a qualidade de vida do bebê. Quanto mais ela puder entender e valorizar a vida que está dentro dela, melhor para a saúde emocional da criança, além de a mãe se sentir mais capacitada para cuidar e educar”, explica.

Grávida e adolescente

Sherilyn e o filhinho Pablo Miguel (Fotos: Facebook)

De filha a mamãe e dona de casa

Depois de um tempo, a Sherilyn e o Rogerio decidiram morar juntos. Já dá pra imaginar como ficou a cabeça dela, né? “Minha vida mudou completamente. Agora eu tenho responsabilidades não só comigo, mas também com outra vida”, conta a mamãe do Pablo Miguel, que já tem três aninhos de idade. Cuidar da casa; do filho; do namorado que virou marido; deixar de estudar e curtir a vida como fazia antes; tudo isso vem junto no pacote da gravidez precoce.  “Eu estava no 3º ano do ensino médio quando fiquei grávida, consegui terminar a escola, mas fiquei dois anos sem trabalhar e estudar. Quando você tem um filho e uma família, você só vive para isso”.

Deu pra sacar que a Sherilyn precisou amadurecer antes do tempo, né? E isso não é nada fácil! “Essa nova situação chega acompanhada do preconceito das pessoas, da falta de liberdade e da mudança no convívio social”, diz a psicóloga. A amizade com as amigas, por exemplo, muda muito. A menina tem outras prioridades: as paqueras, as fofoquinhas de escola, as saídas pra balada, tudo isso fica em segundo plano. Ela agora se torna uma menina-mulher e, a adaptação é lenta e difícil. “É bom lembrar que essa adolescente ainda está em processo de amadurecimento, precisando de muito cuidado e respeito”, completa.

Final feliz

Apesar de ter uma vida totalmente diferente do que tinha há poucos anos, Sherilyn não reclama de nada, mesmo sabendo que poderia ter feito diferente. “A gente sabe que tem como evitar. Hoje não me imagino sem meu filho, mas tenho consciência que perdi muita coisa. Por isso, se cuidem e evitem”, aconselha.

Para a Sherilyn, hoje, o que importa é o Pablo. Ela é uma mãe supercoruja! Procurou um trabalho em que tem folga um dia sim, outro não, para ficar mais tempo com ele, que estuda em uma escolinha. Cheia de mimos com o filhinho, ela acompanha cada detalhe do crescimento do fofo e adora postar fotos nas redes sociais:  “Ele é tudo na minha vida!”, diz.

Consultoria: Angélica Luchesi Barnes, psicóloga

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