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“Nunca vamos atingir a perfeição: estamos sempre melhorando”. Entrevista show com a IZA!

A girl ainda falou sobre representatividade e o que pensa sobre apropriação cultural!

Contara IZA contou sobre seu novo álbum
Foto: Reprodução/Instagram IZA

IZA vem fazendo cada vez mais sucesso com seu vozeirão. E, além do talento na música, ela ainda arrasa no seu posicionamento quando o assunto é empoderamento da mulher negra. Então, se você é fã da diva, precisa grudar nessa entrevista e conferir tudinho o que IZA contou sobre o álbum, sua carreira e a importância da representatividade. Se liga!

tt: Foi difícil decidir investir na carreira musical? Como foi?
IZA: Muito! Eu estudei publicidade e trabalhava na área, então, era uma escolha que iria me fazer mudar totalmente de rumo, sair do trabalho. Demorou um pouquinho para eu tomar essa decisão, mas a partir do momento que eu decidi que era o que eu tinha que fazer, as coisas foram fluindo. O mais difícil mesmo foi tomar a decisão.

tt: Você começou com um canal. Qual dica daria pra quem está apostando no YouTube?
IZA: É muito bacana todas as possibilidades que a gente tem pra criar conteúdo. Hoje, a gente tem câmera na mão, celular, acesso à internet. Acho que fica mais democrático! E é muito legal a gente poder usar essas ferramentas ao máximo para poder investir em um sonho. Acho que o mais importante é começar. Eu lembro que demorei muito para começar, eu queria ter a câmera perfeita, o lugar perfeito, o cover perfeito. E não é assim que funciona, a gente nunca vai atingir a perfeição, porque estamos sempre melhorando. O importante é ter coragem e não ter medo de começar!

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tt: Seu novo álbum se chama “Dona de Mim”. O que na sua trajetória a empoderou para chegar à conclusão de dizer confiante que você é dona de si?
IZA: Acho que a gente cresce, evolui, aprende com nossos erros, com a dificuldade e aprende a se amar ao longo da vida. E foi isso que eu fiz todos os dias na hora de me olhar no espelho. Não só em relação à aparência, mas em relação a tudo que eu sou, a gente precisa abraçar isso. Acho que todas as músicas falam de temas diversos, mas todas elas, no final das contas, colocam a mulher nesse lugar de confiança, liderança e de propriedade. Acho que foi uma combinação de tudo isso.

tt: Como você se sente sabendo que traz representatividade para muitas garotas e influenciando tanto nesse sentido?
IZA: Sinto-me muito lisonjeada de estar nesse lugar, sei como isso era importante pra mim quando eu era mais nova, ter mulheres em quem eu me espelhava. Acho que quantas mais de nós tiverem por aí, melhor pra todo mundo. Fico muito feliz de saber que tem gente esperando pra ver o que eu tenho pra falar, olhando o que estou vestindo, vendo meu cabelo. E isso me faz sentir muito especial e me dá vontade de trabalhar pra elas.

tt: Você teve referências que a fez se sentir representada durante a adolescência?
IZA: Thaís Araújo!

tt: Você tem sido uma referência na moda também. Você sempre curtiu moda?
IZA: Sempre fui muito vaidosa, gosto muito de roupa e de me comunicar através disso. Meu estilo já mudou muito e acho que, hoje, eu entendo a moda de um jeito completamente diferente, tenho uma relação muito mais íntima com ela. E muito mais livre também, porque você não precisa seguir regras. A moda é uma parte muito importante pro meu trabalho, pros meus shows, pras entrevistas, pras coisas que eu faço, porque acho que minhas roupas também cantam comigo e fazem parte da minha música.

tt: Como você encara a apropriação cultural no mundo da moda?
IZA: É uma questão muito delicada. Não só na moda, mas na música e em todos os outros lugares. Independente daquilo que você use, turbantes, pinturas faciais, cocais, qualquer coisa que remeta a uma cultura que não é nativamente sua, é legal entender o significado daquilo. Muitas vezes, um turbante pode ter um significado religioso, uma pintura pode ser específica de uma tribo indígena, então é importante se atentar ao porquê disso. Eu sou muito a favor da liberdade de expressão, mas é importante fazer isso com respeito e saber de onde vem isso. A apropriação cultural é uma discussão que realmente é necessária porque, muitas das vezes, nós mulheres negras que usamos esses itens, durante anos, não fomos capas de revista como a Kylie Jenner. Eu entendo que isso tem a ver com uma questão social e racial e é muito importante enfatizar que tudo tem uma história!

E, se você curtiu o que a IZA contou, aproveite para se inspirar nos penteados da diva!

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