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Mais que Make: A Visão Empreendedora de Gilmara Verçosa

Com coragem, visão e muito trabalho, Gilmara Verçosa transformou um sonho em um negócio que inspira outras mulheres a empreenderem com propósito

Mais que Make: A Visão Empreendedora de Gilmara Verçosa
Mais que Make: A Visão Empreendedora de Gilmara Verçosa - Foto: Divulgação

Ela é brilho, estratégia e muita garra. Por trás da maior distribuidora de maquiagem da Bahia está Gilmara Verçosa — uma mulher que transformou paixão em propósito e fez da beleza um caminho para o empreendedorismo feminino. Nesta matéria, você vai conhecer a trajetória de quem começou com um sonho e, com coragem e visão, construiu a Derme, referência no mercado da beleza na Bahia. Prepare-se para se inspirar com uma história de superação, empoderamento e sucesso que vai muito além dos bastidores da maquiagem.

Raízes & Recomeços: O Início da Jornada

Gilmara, antes da Derme existir, quem era você? Como a sua história de vida te conduziu ao universo da beleza?

Antes da Derme, eu já trazia comigo uma trajetória marcada por muita dedicação, curiosidade e desejo constante de crescimento. Trabalhei por muitos anos no comércio, onde aprendi muito mais do que o cargo exigia. Comecei no caixa, passei pelo escritório e cresci até me tornar Gerente de Vendas. Sempre busquei entender o negócio como um todo e nunca me limitei à função para a qual fui contratada.

Acreditei que poderia me afastar do universo comercial e aceitei o desafio de atuar como Gerente Administrativa em uma multinacional. Apesar da estabilidade, não me sentia realizada. Foi então que tomei uma decisão corajosa de pedir demissão e abri minha primeira empresa. Ainda não era no ramo da beleza, mas foi o primeiro passo para me tornar empreendedora e conquistar minha autonomia financeira.

Qual foi o estalo que fez você perceber que queria empreender – e mais ainda, empreender com maquiagem?

Sempre fui muito dinâmica e cheia de ideias, mas sentia que, mesmo em cargos de liderança, não conseguia implementar mudanças ou acompanhar as tendências do mercado com a agilidade que desejava. Por mais que apresentasse estudos, propostas e análises, as decisões esbarravam em limitações e burocracias. Foi aí que veio o estalo: “Preciso abrir minha própria empresa.”

Comecei com uma franquia da VitaDerm, que me inseriu de vez no universo dos cosméticos e cuidados com a pele. Mas, com o tempo, percebi que a franquia também tinha suas limitações, especialmente para alguém inquieta e criativa como eu.

Como sempre fui frequentadora da Beauty Fair, decidi explorar o setor de negócios do evento. Foi lá que conheci a Ruby Rose, uma marca que já vinha se destacando bastante. Depois da feira, começamos a vender os produtos de forma bem modesta, mas com muita vontade de crescer. E foi assim que dei meus primeiros passos no universo da maquiagem, unindo minha paixão por beleza com o desejo de empreender com liberdade e autenticidade.

No começo da Derme, qual foi o maior “não” que você recebeu e como transformou isso em um “sim” do seu jeito?

Recebi muitos “nãos” e, no início, era difícil entender o porquê. Eu tinha conhecimento, experiência, formação acadêmica e um negócio promissor, mas ainda assim não conseguia fechar com as grandes marcas para distribuir seus produtos.

Em uma das tentativas, já era a quarta visita sem sucesso, meu esposo decidiu me acompanhar. Até então, ele nunca tinha participado dessas reuniões. E, para minha surpresa, bastou ele apertar a mão do gerente para que o acordo fosse fechado ali mesmo. Foi naquele momento que entendi que os “nãos” que eu vinha recebendo não tinham nada a ver com minha capacidade e sim com o simples fato de eu ser mulher.

A partir disso, comecei a levá-lo comigo em algumas reuniões estratégicas. A Derme cresceu, e ele passou a integrar o time de vez, assumindo toda parte de logística.

Mas eu nunca deixei que isso me limitasse. Pelo contrário: isso me fortaleceu. Sempre amei desafios, e usei cada “não” como combustível. Hoje, sou respeitada como mulher, empresária e líder. Todos os assuntos sejam comerciais, financeiros e administrativos são tratados diretamente comigo. E isso é uma das maiores conquistas da minha trajetória.

Beleza que Move Negócios

Gilmara Verçosa – Foto: Divulgação

O que você enxerga na maquiagem que vai além da estética? 

Maquiagem é muito mais do que aparência, é autoestima, é expressão, é poder. Quando uma mulher se maquia, ela não está apenas realçando sua beleza, ela está se preparando emocionalmente para enfrentar o mundo com mais coragem e segurança.

A maquiagem tem o poder de transformar o dia de alguém. É aquele momento de cuidado próprio, de conexão com sua identidade. É como uma armadura invisível que ajuda a encarar reuniões, desafios, inseguranças e até dias difíceis com mais força.

Para mim, a maquiagem é uma ferramenta de empoderamento. É sobre como você se sente quando se olha no espelho e não apenas sobre o que os outros veem.

A Bahia te conhece como uma referência no mercado de beleza. Qual foi o momento em que você percebeu: “cheguei lá”?

Sem dúvida, foi quando as marcas começaram a nos procurar e não mais o contrário. Claro que continuo prospectando e buscando novidades, isso nunca para. Mas quando marcas consolidadas e respeitadas no mercado passam a enxergar valor no seu trabalho e fazem questão de estar com você, a sensação é indescritível.

É nesse momento que você percebe que construiu algo sólido, confiável e admirado. Foi ali que pensei: “Cheguei lá.” E, ao mesmo tempo, entendi que esse “lá” é só mais um degrau porque o nosso crescimento é contínuo.

A Derme virou uma potência na distribuição de maquiagem. Quais estratégias e valores foram essenciais para crescer de forma sólida?

Crescer com solidez exige mais do que vender bem, é preciso construir uma base forte. E, para mim, tudo começa com o respeito ao cliente. Sempre fiz questão de ouvir, entender as necessidades, criar relacionamentos verdadeiros e duradouros.

Outro ponto essencial foi não focar apenas no faturamento. Faturar muito não significa, necessariamente, lucrar. Aprendi cedo a importância de saber comprar bem, precificar corretamente e, principalmente, entender os impostos e os custos envolvidos em cada etapa do negócio.

Sempre tive um controle rigoroso dos números. Saber exatamente quanto cada custo representa no faturamento faz toda a diferença. Isso me permitiu tomar decisões mais estratégicas e manter o equilíbrio financeiro da empresa.

No fim, o que sustenta nosso crescimento foi essa combinação de relacionamento, conhecimento técnico e responsabilidade com cada detalhe da gestão.

Mulher no Comando

Empreender sendo mulher no Brasil ainda carrega desafios. Que barreiras você precisou quebrar e que conselhos daria para outras mulheres que querem empreender?

Empreender como mulher no Brasil ainda é desafiador e, infelizmente, essa realidade ainda deve demorar um tempo para mudar. No começo, precisei enfrentar o preconceito velado, a desconfiança e a sensação constante de que precisava provar minha capacidade duas vezes mais só por ser mulher.

Meu principal conselho é: não desista. Se você acredita no seu sonho, vá em frente mesmo quando os resultados demorarem a aparecer. Empreender é um processo, e todo negócio precisa nascer, crescer e amadurecer. Vejo muitas mulheres com ideias incríveis desistindo cedo demais por causa da ansiedade por resultados imediatos.

Estude muito, entenda o mercado em que quer atuar, conheça cada detalhe do seu negócio. A informação é a melhor ferramenta para enfrentar qualquer obstáculo.

E nunca deixe que subestimem o seu valor. A sua visão, seu jeito de liderar e sua intuição são grandes forças no mundo dos negócios.

Você já se sentiu subestimada por ser mulher no comando de um negócio?

Sim, já aconteceu e ainda acontece. Alguns clientes, de início, tentam me subestimar simplesmente por eu ser mulher à frente de um negócio. Mas basta passarem 10 minutos conversando comigo para mudarem completamente de postura.

Hoje, falo com segurança porque tenho conhecimento, experiência e resultados que sustentam minha trajetória. É comum ver a surpresa no olhar de alguns, mas gosto disso porque mostra que estou quebrando uma expectativa ultrapassada.

Ser subestimada nunca me paralisou. Pelo contrário: sempre foi mais um motivo para seguir em frente e provar, com atitude e competência, que a mulher pode sim está no comando.

Como a sororidade impactou no seu crescimento pessoal e profissional?

A sororidade foi essencial no meu caminho. Quando outras mulheres me estenderam a mão, compartilharam experiências ou simplesmente me ouviram sem julgamento, isso fez toda a diferença tanto pessoal quanto profissionalmente.

No mundo dos negócios, que ainda é muito masculino, ter redes de apoio formadas por mulheres é um alívio e uma força. É nesse espaço que a gente se fortalece, aprende com os erros e se inspira com as conquistas umas das outras.

Eu também procuro praticar essa sororidade todos os dias seja apoiando outras empreendedoras, formando equipes com mais mulheres ou simplesmente incentivando quem está começando. Acredito que quando uma mulher cresce e puxa outra com ela, todo o ecossistema se transforma.

Sororidade, pra mim, é um valor. É sobre abrir caminhos juntas e não sozinhas.

Legado e Futuro

Gilmara Verçosa – Foto: Divulgação

Como você enxerga o papel da Derme no cenário da beleza nos próximos anos? Vem expansão por aí?

Com certeza.  A Derme ainda tem muito a realizar. Estamos vivendo um momento muito especial, com projetos audaciosos que estão saindo do papel após mais de um ano de estudo, planejamento e muito cuidado.

Acredito que nosso papel no mercado da beleza vai além da distribuição — queremos ser referência em inovação, relacionamento com o cliente e em oferecer experiências verdadeiramente transformadoras. O setor está em constante evolução, e a Derme está pronta para crescer junto com ele, sempre com responsabilidade, visão estratégica e propósito.

Sem dar muitos spoilers, posso dizer que 2025 ainda vai trazer grandes novidades. O que antes era sonho, agora já é realidade em construção.

Se pudesse voltar no tempo e dar um conselho pra Gilmara do início da jornada, o que você diria?

Eu não mudaria muita coisa, porque acredito que cada passo, cada desafio, fez parte do processo. Mas se pudesse, diria pra ela: “Calma, vai valer a pena.”

Reforçaria que todas as dificuldades serviram para moldar quem ela precisava se tornar — mais forte, mais preparada e com um propósito ainda mais claro. Que as dores e os aprendizados fariam parte de uma construção linda, cheia de sentido.

Às vezes a gente só precisa de alguém dizendo que vai dar certo e hoje, eu mesma diria isso para a Gilmara lá do começo.

Qual legado você quer deixar como mulher, empreendedora e referência em beleza na Bahia?

Quero deixar um legado de coragem, verdade e transformação. Que outras mulheres olhem para a minha história e entendam que é possível começar do zero, enfrentar desafios, quebrar barreiras e construir algo grandioso com ética, amor e propósito.

Quero ser lembrada como alguém que abriu caminhos, não só no mercado da beleza, mas na forma de fazer negócios com sensibilidade, estratégia e respeito pelas pessoas.

Mais do que distribuir maquiagem, a Derme transforma a autoestima, gera empregos, movimenta sonhos. E se eu puder inspirar outras mulheres a acreditarem na própria força e seguirem empreendendo com coragem, já terei cumprido uma parte linda da minha missão.

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