Nesta quinta-feira (20), estreia no Amazon Prime Video o filme “Me sinto bem com você“. Com Manu Gavassi no elenco e colaborando no roteiro, o longa ainda tem outros nomes de peso na atuação, como Victor Lamoglia, Thati Lopes e o diretor, Matheus Souza.
sobre o que fala
A trama gira em torno de várias histórias de pessoas que estão enfrentando a pandemia juntas — seja presencial ou virtualmente. Um casal de ex-namorados troca mensagens pela primeira vez desde o término. Duas jovens que acabaram de se apaixonar vivem o medo da relação esfriar pela distância. Irmãs que se afastaram pré-pandemia tentam retomar a amizade e redescobrir a importância da família. Dois ficantes em um “relacionamento sem rótulos” exploram meios de sobreviver à ausência do toque. E um casal que não se aguenta mais tenta lidar com a obrigação da convivência 24 horas por dia. Pessoas, em meio ao isolamento social, fazendo de tudo para se manterem próximas
O filme é sincero e impactante. Como o próprio diretor diz, “não é baseado em fatos reais mas é baseado em sentimentos reais”. De uma maneira informal, mas ainda assim extremamente profissional, Matheus Souza consegue nos envolver no universo dos personagens e fazer com que nos identifiquemos com as falas e emoções de cada um ali. O choro e a risada são garantidos ao longo da produção.
o que o diretor contou…
Em conversa exclusiva com a todateen, Matheus contou que o filme, na verdade, nasceu sem grandes expectativas. Ele começou a escrever para manter a saúde mental em meio a pandemia e, quando viu, já havia acumulado cenas e textos. “Mandei [o material] para os meus amigos e o pessoal da equipe. Todos foram curtindo, se identificando e botando essa pilha para fazer. Aí apresentei o projeto para a produtora e eles falaram: ‘Vamos filmar daqui duas semanas?’. E de repente o filme tava pronto num processo relâmpago. Ainda não caiu muito a ficha“, diz.
Por se tratar de um filme feito durante a pandemia, Matheus conta que tanto a pré quanto a pós-produção foram feitas à distância e, mesmo durante as filmagens, os atores raramente se viam, já que a maioria das cenas são feitas com eles sozinhos. Isso, inclusive, despertou a curiosidade: eles tinham que atuar falando para o nada?
A resposta é sim! “A gente falava sozinho. E eu tinha uma noção de como todo mundo estava falando“, conta ele, para explicar como funcionavam as gravações.
Mas apesar de ter essa energia solitária, a produção fala exatamente sobre o contrário: a união. “Eu acho que o filme valoriza a questão do acolhimento, da escuta, de ter uma companhia e de se ver no outro. Acho que o individualismo é o que nos trouxe até esse momento caótico [de pandemia] e a solução para isso está no coletivo“, explica o diretor. “E até por isso minha escolha de fazer um filme com várias histórias, porque eu acho que o impacto do outro e o coletivo são questões principais para a gente evoluir“.
Confira o trailer:
