O Outubro Rosa chegou e com ele, a conscientização sobre a prevenção do câncer de mama. Falar sobre o assunto é algo bastante delicado, já que afeta milhares de mulheres ao redor mundo, mas é fundamental compartilhar os conhecimentos de precaução.
Com a importância do momento e o propósito da data, a TodaTeen entrou em contato com o oncologista Daniel Gimenes, do CPO Oncoclínicas, que esclarece as principais informações sobre o assunto.
Exames preventivos
O ideal é que a mamografia seja realizada anualmente a partir dos 40 anos, porém há exames disponíveis para mulheres mais novas como ultrassonografia e ressonância magnética.
Apesar de ser importante realizar o autoexame, ele não substitui a avaliação médica para a identificação precoce, pois quando o tumor é palpável, provavelmente já está em estágios mais avançados.
Hábitos preventivos
Se adaptar a uma vida saudável é fundamental para manter o bom funcionamento do corpo. Então investir em uma alimentação balanceada e prática regular de atividades físicas serve como recomendação. Priorize alimentos in natura e evite processados.
Fertilidade
Assim que receber o diagnóstico, é importante conversar com o médico que acompanhará o tratamento. Ao discutir os riscos e possibilidades envolvidas, a fertilidade é um tópico abordado e as formas de preservação são individuais.
Com destaque para casos de mulheres jovens, há técnicas para preservação de fertilidade durante o tratamento. Congelamento de óvulos ou de embriões, congelamento do tecido ovariano e supressão da função ovariana são as opções mais comuns.
Mastectomia
Muitas mulheres relatam medo em relação à mastectomia, além de considerarem o procedimento extremamente invasivo. Porém, hoje em dia, nos casos do câncer em estágio inicial, a cirurgia mutilante perdeu muito espaço para tratamentos mais conservadores, como a ressecção segmentar. Essa alternativa preserva a parte da mama que não foi afetada pela doença.
Descendência da doença
É bom ressaltar que nem todo câncer de mama é hereditário, ou seja, uma mutação herdada da família. No entanto, a mutação genética pode ocorrer ao longo da vida, em razão de condições externas, como estilo de vida e ambiente.
Queda de cabelo
Como sabemos, a queda capilar pode ser causada por diversos fatores. Quando dá início ao tratamento com quimioterapia, por exemplo, as células se multiplicam com frequência, como as responsáveis pelo crescimento do cabelo, causando alopecia na paciente. Mas nem todos os tratamentos oncológicos são responsáveis pela queda capilar.
Inclusive, atualmente existe uma técnica capaz de preservar a maior parte dos fios chamada de crioterapia. Uma touca gelada resfria o couro cabeludo e promove a contração dos vasos sanguíneos, criando uma espécie de capa protetora que preserva os folículos pilosos e reduz a quantidade de medicamento que chega às raízes, diminuindo a queda capilar.
É muito importante lembrar que cada mulher tem autonomia e protagonismo para definir o que é melhor para si, seja raspar o cabelo, buscar próteses capilares ou optar por alternativas que diminuam a queda dos fios.