Já fizemos nossa parte votando nas eleições 2018, mas nossa responsabilidade ainda não acabou: temos que ficar de olho nas ações do presidente eleito e cobrar nossos direitos como cidadãos brasileiros. O escolhido, pela maior parte dos votos válidos, para ocupar a Presidência da República foi Jair Bolsonaro, e a gente conversou com especialistas para saber como você deve ficar por dentro do mandato dele.
Entenda como você pode se atentar às decisões do presidente eleito:
Como ficar de olho nas promessas feitas pelo candidato?
A melhor forma é ficar atento às promessas apresentadas no discurso de posse do presidente eleito. E, claro, sempre acompanhe as notícias de sites e jornais confiáveis para saber tudo o que está rolando no país.
Como o povo pode cobrar medidas do governante?
Podemos cobrar com base no programa de governo do candidato registrado no TSE fazendo mobilizações sociais e abaixo assinados, por exemplo. Além disso, é fundamental cobrarmos dos deputados federais e estaduais, que representam o povo, são mais acessíveis e muito importantes para fiscalizar o poder Executivo e aprovar leis.
Quais são as primeiras medidas que o presidente eleito deve tomar?
Todas são muito importantes, mas a cientista social Maria Teresa Kerbauy diz que a prioridade são decisões relativas à situação econômica do país, especialmente as que dizem respeito às dívidas públicas federais e dos estados. Agora, Jair Bolsonaro deve se preocupar em fazer alianças políticas para conseguir aprovar propostas no Congresso.
Por que a composição dos Ministérios é importante? Como o presidente faz essa escolha?
Cada Ministério tem uma função específica e possui funções primordiais em áreas como educação, saúde, economia e meio ambiente. O historiador Maximiliano Vicente explica que essa escolha é feita a partir de critérios pessoais do presidente. Ele convida pessoas de sua confiança, competentes, de acordo com sua opinião, e que estão alinhadas com as propostas defendidas pela sua campanha eleitoral.
Jair Bolsonaro comentou que pretende fundir alguns Ministérios. Ele pode fazer isso? O que essa medida traz como consequência?
A ideia do candidato é que a diminuição dos Ministérios reduza despesas, mas, na avaliação do professor Maximiliano, isso contribui pouco para o corte de gastos, porque os funcionários públicos não seriam despedidos, apenas realocados. No entanto, a proposta de Bolsonaro é ter uma gestão mais enxuta, o que tem sido uma demanda da sociedade há um tempo.
Consultorias: Maximiliano Vicente, historiador e professor da Unesp e Maria Teresa Kerbauy, doutora em ciências sociais