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Sucesso no Tiktok, Talokudo dá dicas de como produzir conteúdo de humor nas redes sociais

Sucesso no Tiktok, Talokudo dá dicas de como produzir conteúdo de humor nas redes sociais
Sucesso no Tiktok, Talokudo dá dicas de como produzir conteúdo de humor nas redes sociais (Zenden Silva)

Com mais de três milhões de seguidores no Tiktok, o humorista Talokudo se tornou um fenômeno nas redes sociais graças aos seus personagens, suas paródias de imensa repercussão. Trabalhando na TV e em peças, o artista teve que se reinventar durante a pandemia adaptar sua forma de fazer humor.

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O meu humor é aquele que o público se identifica com aquela situação que está vendo”, conta. Durante a pandemia, para alegrar os seus seguidores, Talokudo criou personagens como as hilárias Dona Jacinta, Katia, Jéssica, Ketley, entre outros, que estouraram nas redes sociais, com vídeos chegando a dez milhões de visualizações.

Ele conta que seu talento artístico começou ainda na escola. “Participei de algumas
peças teatrais e mesmo sem cunho humorístico, elas viravam uma comédia quando eu começava a falar meus textos e a interpretar. Alguns anos depois, um amigo apareceu com uma câmera tekpix e daí, surgiram os primeiros vídeos imitando cantores, gravando danças, etc… Para deixar registrado, postava em um canal no YouTube
”.

Ele começou a investir nos vídeos poucos anos mais tarde e de 2016 para 2017, período em que suas paródias bombaram na internet, veio o convite para participar do quadro ‘Canjica Show’, do programa ‘Legendários’, na Record TV, apresentado por Marcos Mion. “Foi um divisor de águas em minha vida. A primeira oportunidade de mostrar o meu trabalho em rede nacional”.

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Em entrevista à todateen, ele contou mais sobre o trabalho nas redes sociais e deu dicas para quem, assim como ele, busca fazer sucesso na web. Confira na íntegra:

tt: de onde veio essa paixão pela comédia?

A comédia começou a mudar a minha vida durante a minha infância, na época eu sofria bastante bullying dos outros colegas, e sempre ouvia da minha mãe que quando a gente se importa com as críticas e os apelidos, aquele apelido acaba pegando. A partir daí, eu comecei a levar tudo na brincadeira e ria junto com os que riam de mim, e, com isso, os meus colegas de classe pararam de fazer bullying e me achar um cara divertido. Desde então, sempre levei os problemas com humor para conseguir levar a vida mais leve, ainda na escola, mas já na minha adolescência, eu comecei a participar de peças teatrais para conseguir pontos extras e passar de ano. As peças não tinham cunho humorístico nenhum, mas quando eu interpretava, todos da plateia começavam a rir e se divertiam muito. Quem não gostava muito disso, eram os diretores da peça, pois achavam que eu estava fazendo de propósito para acabar com o espetáculo, mas era algo natural eu ser atrapalhado durante as atuações e o importante é que o público se divertia com as peças e sempre pedia mais.

tt: como a pandemia impactou seu trabalho?

A pandemia deixou o mundo todo abalado, com medo, e deixou muita gente sem trabalhar. A classe artística sofreu bastante, sem poder fazer shows para colocar comida em casa. Eu senti muito a falta dos palcos, da energia da galera durante as apresentações.

tt: quais foram as alternativas que você enxergou para continuar seu trabalho mesmo em quarentena?

Eu estava cansado de ligar a TV ou abrir as redes sociais e só ver noticia ruim, sobre o coronavírus, sobre crime, tragédias, e isso estava me deixando bastante mal e, por isso, eu sempre procurava algo divertido pra assistir. Então, pensei que muitos estavam precisando fazer isso também, foi aí que resolvi criar um projeto nas redes sociais chamado ´Todo dia um sorriso´, que prometi que enquanto durasse a quarentena, eu iria publicar todos os dias, um vídeo de manhã, bem cedo, para que as pessoas pudessem começar o dia bem, sorrindo e se sentindo leve. No início, foi bacana, os poucos seguidores que me seguiam, gostaram da ideia e começaram a indicar para mais um amigo que se encontrava triste, e nisso, quando eu percebi, esse bacana se transformou em maravilhoso, pois, em menos de um mês de projeto, eu consegui um milhão de seguidores, ou seja, um milhão de pessoas precisando desse remédio diário que era o sorriso.

tt: agora você está estourando nas redes sociais, principalmente no Tiktok, a produção de conteúdo nessas mídias foi tranquila pra você? Foi de forma natural ou você teve dificuldades em se adaptar?

Quando eu conheci o Tiktok, confesso que não achei legal, pensei: não sei dançar, se eu for fazer essas dancinhas e passos, vai ficar ridículo, então, vou recriar a forma das pessoas verem o Tiktok e começar a postar o meu humor. Fugi totalmente do conceito do Tiktok que
eram as dancinhas e as redublagens e comecei a criar conteúdo próprio, e o diferente chamou muito a atenção. Acho que o meu sucesso na plataforma se deve ao diferente, enquanto muitos faziam algo parecido, eu fazia o diferencial.

tt: você sente diferença no “fazer humor” em relação às peças de teatro e as outras mídias que você trabalhou? Se sim, quais?

Já trabalhei em um programa de televisão e como criador de vídeo para internet, ambas são bastante parecidas, mas nada se compara à emoção de se estar em um palco. Tanto na televisão como em um vídeo para as redes sociais, você não ouve o seu público, não sente aquele feedback na hora como em um palco de show. Você pode até ler os comentários em um vídeo e sentir que a galera gostou, mas nada se compara com aquela risada e um
aplauso no fim de uma piada.

tt: você criou toda uma historinha sobre uma família para os seus vídeos, de onde veio essa ideia?

Eu queria criar tipo uma novelinha para publicar nas redes sociais, e nisso passei dias pensando nos personagens, como seria… Foi então que já sem muito tempo para criar, eu vi que a inspiração estava dentro da minha casa. A minha família é uma família simples como qualquer outra nordestina de classe baixa, e era isso que eu precisava, pois a ideia que eu estava em mente, era criar personagens que as pessoas se identificassem quando assistissem, e isso deu super certo.

tt: humor também é criatividade, de onde vem a sua?

Muitos pensam que fazer humor é apenas pegar uma câmera e filmar algo inusitado ou sem noção e postar. Na comédia, existe todo um estudo de construção de uma piada, o time dela, a construção de um roteiro… Eu sempre procurei ler bastante, e quanto mais você ler, mais sua mente se abre, e quanto mais conhecimento você tiver sobre o assunto, mais criativo você vai ser.

tt: quais conselhos você daria para pessoas que tem vontade de se aventurar nessas redes sociais e produzir conteúdo sobre humor?

Sempre que algum fã esbarra comigo na rua e me fala que gosta de fazer humor, mas não faz porque está esperando comprar um celular melhor para gravar, eu pergunto: o seu tem câmera? Se sim, vai lá e grava assim mesmo, não coloque dificuldade nos seus sonhos, não espere ter uma câmera boa ou um estúdio para produzir seus primeiros conteúdos. Tudo começa de baixo e todo o começo é simples. Quando eu comecei, gravava em uma garagem abandonada com um pano verde pregado na parede, e sempre que eu ia gravar, precisava pular a janela para poder entrar. Hugo Gloss até fez uma brincadeira sobre isso, disse que para pular essa janela todo dia para poder gravar, precisa ter muito talento. Então, meu conselho é esse, comece com o que você tem e não adie os seus sonhos.

tt: como ser um diferencial nesse meio?

Todo mundo precisa de uma inspiração na vida, seja qual área for. Meu conselho é: se inspire, mas não deixe de ser você. Somos tão únicos que temos muito que oferecer para as pessoas, seja algo diferente que sabemos fazer ou o nosso conhecimento que adquirimos de forma individual durante nossa vida. Ninguém viveu o que você viveu, seja você, seja
autêntico, que o sucesso é certo.

tt: quais foram e são suas maiores inspirações no humor?

Na época em que eu criança, não tinha a internet acessível como tem hoje, que qualquer coisa que quisermos assistir, a gente assiste quando e onde quiser. Lá em casa, só tinha uma TV de tubo que pegava apenas seis canais, e a gente assistia muito à Rede Globo, e sempre passava filmes de Jim Carrey na Sessão da Tarde, como ´O Máscara´, ´O mentiroso´, ´O todo poderoso Ace Ventura´, e outros. Passei a minha infância inteira assistindo o Jim e acabei me apaixonando pelo trabalho dele. Quando comecei os meus primeiros trabalhos humorísticos, eu fazia muita paródia, também devido ao fato de ter crescido ouvindo muito
Mamonas Assassinas. Essas foram as minhas duas inspirações para a comédia: Jim Carrey e o Dinho, dos Mamonas Assassinas.

tt: o que você mais ama sobre o seu trabalho?

O que faz me sentir mais realizado é saber que o meu trabalho tira muitas pessoas da depressão, ameniza a ansiedade, faz bem para as pessoas… Saber que o meu trabalho faz bem para as pessoas, me deixa muito feliz.

tt: você também irá lançar um aplicativo, de onde veio essa ideia e por que essa vontade?

Eu tenho um personagem infantil muito amado pelas crianças, então, junto
com alguns desenvolvedores estamos trabalhando para lançar um aplicativo
da Ketley para as crianças se divertirem.

tt: tirando isso, pode nos contar sobre seus planos futuros?

Apesar de estarmos limitados devido à pandemia, estamos trabalhando bastante e tem muita novidade vindo por aí, principalmente para quem quer saber como eu trato os meus cabelos. Não posso dar mais detalhes, dei a primeira pista aqui sobre esse novo projeto exclusivo para vocês. Também temos o projeto ´Papo Comédia´, que faço uma vez por semana no meu instagram, @talokudo, com participações de comediantes de todo o país, que marcaram e estão marcando história no humor, para bater um papo bem comédia falando sobre a sua vida, carreira, curiosidades.

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