tt: Como foi conseguir um papel após competir com tantos candidatos e ter 75 mil fãs organizando um abaixo-assinado pra que você não fizesse o personagem? Você pensou: “agora vou mostrar a eles o que posso fazer”?
Rob: “Sim, tipo… Quando você está indo para um teste para viver aquilo que muita gente acredita ser o namorado perfeito, você está meio que pedindo isso. Você tem que esperar que as pessoas digam coisas como: ‘quem esse cara acha que é?’ Então, eu estava esperando cada parte da repercussão. Mas tentei não prestar muita atenção nisso tudo.”
tt: Mas as reações são ótimas agora.
Rob: “Eu acho que sim. Eu parei de olhar para as (reações) ruins.”
tt: Tem um monte de meninas doidas por você. Como você lida com isso?
Rob: “Eu não sei. Eu nunca me encontro com ninguém, a não ser as pessoas da imprensa. Mas é estranho como as garotas muito, muito novas com, tipo, dez anos de idade, chegam e dizem coisas como: ‘você pode me morder?’. É muito esquisito.”
tt: Quem você gostaria muito de morder?
Rob: “Eu não sei se gostaria de morder, não. Eu não sou muito desses que mordem gente…”
tt: Você passou por algum treinamento de imagem? Alguém veio dizer: ‘pra virar a estrela que nós queremos que você seja, você tem que dizer que não tem namorada, tem que estar sempre lindo e barbeado’, esse tipo de coisa?
Rob: “Sim. Todo mundo ficava realmente bravo comigo porque eu simplesmente deixava isso de lado. Nos mandaram para um treinamento de mídia para dizer como você deve responder cada uma das questões. E eu pensava: ‘por quê? Isso é tão estúpido’… Eu fazia piadas o tempo todo e as pessoas ficavam aborrecidas comigo. Eu recebia ligações de todo mundo dizendo: ‘o que o Rob está fazendo nos treinamentos de mídia? Ele está arruinando tudo’. (risos)”
tt: Quais foram as sugestões estúpidas que você recebeu no treinamento de mídia?
Rob: “Coisas bobas. Eu achava muito engraçado sempre que eles perguntavam algo para treinar para uma situação de entrevista e o cara fingia dizer: ‘oi, Rob, eu sou Bob da CNN!’ E eu ficava tipo… ‘Você não é da CNN!’ (gargalhadas). Era tão estúpido. Mas era bem engraçado.”
tt: O que é mais importante pra você: ser ator ou músico?
Rob: “Nenhum dos dois é mais importante. Eu não posso realmente fazer música por um tempo porque acho que parece meio bobo, especialmente quando tantos atores que fizeram apenas um grande filme, de repente, dizem ‘ei, estou lançando um álbum’… Ambas as coisas são importantes e as levo bem a sério.”
tt: Que tipo de música você toca?
Rob: “Eu ainda não sei, mesmo. É estranho porque eu nunca fiz uma gravação realmente profissional e Catherine (Hardwicke, diretora de Crepúsculo) apenas ouviu algumas das minhas coisas que estavam no meu computador.”
tt: É mais indie rock ou folk?
Rob: “Mais folk rock.”
tt: Catherine pediu pra você fazer a canção para o filme?
Rob: “Eu tinha escrito antes. Nikki Reed (a Rosalie, de Crepúsculo) deu um CD para a Catherine porque ela queria ouvir. E, então, ela pôs na edição do filme e disse: ‘ei, veja isso.’ E eu não tinha percebido que era minha música tocando e eu disse algo como ‘uau, isso se encaixou bem’. Eu achava que seria legal fazer isso meio anonimamente, mas ninguém me deixou fazer assim.”
tt: Como era a sua vida antes de fazer o papel de Edward?
Rob: “Em 2007, eu aluguei um apartamento bem legal, tipo esses bem velhos de Londres onde você pode subir no telhado, no meio do Soho (um bairro londrino). Lá, passei quase todos os dias tocando músicas e tentando gravar coisas. Eu estava conseguindo manter um bom ritmo, mas, então, eu fiz o filme na Espanha (Little Ashes) no final de 2007. E tudo mudou… Foi a primeira vez que eu tive que pesquisar alguma coisa. E, mesmo sendo um filme de orçamento pequeno, eu realmente me envolvi bastante. Mudou minha visão sobre atuar.”
tt: Sente saudade de Londres?
Rob: “Sim, muito. Eu fiquei surpreso sobre o quanto eu sinto falta de lá.”
tt: Você pretende ser o vampiro adolescente nos próximos 10 anos?
Rob: “Bem, não vou poder ser isso por 10 anos porque ele não envelhece e, então, eu realmente não daria conta por muito mais tempo do que dois ou três anos, talvez. Porque, de qualquer forma, isso seria ridículo.”
tt: Por que você acha que as pessoas estão tão interessadas em vampiros ultimamente?
Rob: “Eu não sei, é bem estranho. Acho que é apenas o jeito como a indústria funciona… É esquisito porque eu acho que as pessoas sempre gostaram de vampiros – eu não sei por quê.”
tt: Você gosta de vampiros?
Rob: “Eu gosto do Nosferatu original e coisas assim. É incrível.”
tt: E seus amigos, estão orgulhosos de você ou fazem mais piada sobre o seu sucesso?
Rob: “Uma galera amiga minha esteve na première de Londres e foi engraçado porque quando você vê algo como isso pela primeira vez, quando há literalmente centenas e centenas de pessoas gritando pra você, é muito assustador. E todos os meus amigos começaram a ver isso e eu dei uma olhada pra eles e eles vieram me perguntar: ‘você tá legal?’ (risos). É a reação completamente oposta da que eu achei que teriam…”
tt: Você tem medo de que a série afete sua carreira negativamente? Tem receio de que os diretores vejam você só como um vampiro?
Rob: “Espero que não. É cedo pra dizer. Mas você espera que essas pessoas não sejam tão tapadas. (gargalhadas).”
5 Rob-curiosidades
– Ele confessou que, na adolescência, era obcecado por Van Morrison, um músico bastante influente que toca soul.
– No filme Little Ashes, em que interpreta o pintor Salvador Dalí, Rob beija o ator Javier Beltrán… na boca! Ele declarou que achou bem estranho fazer a cena.
– Ele é superfã de Jack Nicholson.
– Sua irmã mais nova, Lizzie, é música. Ela tocava numa banda chamada Aurora (viu só, a música tá mesmo no sangue!). Dá pra ver uns clipes dela no YouTube.
– Na época em que morou sozinho no apartamento do Soho, ele precisava ir pra casa dos pais pra tomar banho. “Só existiam duas cadeiras de jardim, nenhum tapete e nem aquecedor, muito menos chuveiro”, diz Rob.
Texto e edição: Liliane de Lucena
Foto: Divulgação
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