Como já contamos para você por aqui, nós tivemos a oportunidade de assistir à adaptação de “Vermelho, Branco e Sangue Azul” e, claro, que estamos obcecados. Porém, como grandes apoiadores dos leitores, nós tínhamos que fazer o que todos que leram o livro de Casey McQuiston fizeram: comparar os dois!
Por isso, trouxemos aqui as principais diferenças que percebemos entre o novo filme da Prime Video e a história original do livro. Mas, atenção! Essa matéria contém spoilers EXTREMOS do livro e do filme. Se você não se importa, ou já leu “Vermelho, Branco e Sangue Azul”, vem com a gente!
Cadê a June?
Sim, ela não existe. No filme, Alex Claremont-Diaz é filho único. Por mais que esse tipo de alterações em adaptações, nenhum outro personagem foi criado para substituir June, que, no livro, além de irmã, era alguém muito próxima de Alex e presente em várias cenas icônicas.
Cena do Peru
Eu tenho certeza que essa é uma das cenas que todos estavam mais ansiosos para ver acontecendo no filme. Afinal, ficou para a história como um dos momentos mais engraçados de “Vermelho, Branco e Sangue Azul”.
Na história original, Alex está apavorado com os perus (sim, em plural) em seu quarto. Cada um tem seu nome e, inclusive, contam com uma veterinária que aparece eventualmente para checar na saúde dos bichinhos. A situação se desenvolve em um longo papo entre os dois, que nos faz conhecer de verdade os personagens.
Porém, no filme, a cena dos Perus — realmente não tem outro jeito de chamar — ganha pouquíssima atenção. Nós ganhamos sim uma conversa entre os dois, mas não com tantas informações e piadas vindas dos dois. Afinal, Henry sempre faz questão de ser sarcástico.
A primeira vez dos dois
No livro, podemos ver outro momento hilário de Henry, com o karaokê de “Don’t Stop Me Now” do príncipe — que está no filme, fiquem tranquilos. Porém, temos algumas mudanças nas cenas seguintes. Isso porque, no livro, a primeira vez entre Alex e ele acontece logo após a ida ao bar, em um hotel onde todo o grupo de amigos está hospedado.
Entretanto, no livro, vemos os dois tendo sua primeira vez em uma noite romântica em Paris, com um hotel com vista para a Torre Eiffel e taças de vinho.
O grupo de amigos…
Não preciso nem falar que, sem a June no filme, o grupo de amigos ficou prejudicado, né? Mas bota prejudicado nisso! No livro, Henry, Alex, Bea, June, Nora e Pez são inseparáveis e aprontam para caramba. No filme, Henry, Alex, Nora e Pez se divertem bastante, mas não do jeito intenso que vemos no livro. Pena!
O Rafael Luna não existe
Uma das diferenças mais gritantes entre o filme e o livro é toda a problemática que envolvia o Rafael Luna — senador abertamente gay e próximo ao pai de Alex — no livro. Afinal, na adaptação, o personagem dele apenas não existe, sendo parcialmente substituído por um jornalista político conhecido de Alex.
Entretanto, o enredo bombástico do livro nunca veio à tona. Vale lembrar, que na história original, eles acabam descobrindo que Rafael trabalhou anteriormente para o Richards como estagiário e que ele explorou sua posição na tentativa de coagir favores sexuais. Além disso, a exposição dos e-mails de Alex é feito justamente por ele.
Alex se abre para o Henry
No primeiro conflito que vemos no filme, Henry fica assustado com a confissão de Alex no lago e acaba se afastando e voltando para casa. Essa cena realmente acontece no livro! Mas com algumas mudanças: o príncipe deixa um recado na cozinha ao sair, dizendo que “teve uma emergência de família” e foi embora com os seus seguranças. No recado, ele também agradece Alex “por tudo”.
Confissões de Henry e os e-mails
Nos livros, Henry é bem filosófico e em várias ocasiões escreve de forma rebuscada nos e-mails — que, aliás, ganham um enorme destaque nos livros. Na história original, temos acesso aos longos e apaixonados e-mails entre Alex e Henry, que no filme são apenas parafraseados sem metade da profundidade!
Além disso, o momento em que Alex decide ir atrás de Henry acontece justamente em um desses momentos filosóficos do príncipe. O filho da presidente acha um papel em seu paletó com a letra de Henry escrito: “Querido Tisbe, queria que não houvesse uma parede. Amor, Píramo”.
Após uma pesquisa, o filho da presidenta americana ia descobrir que isso é uma referência à mitologia grega e que os dois eram “filhos de famílias rivais, proibidos de ficar juntos. O único jeito de se falarem era através de uma pequena fresta na parede entre eles”. Romanceeeee!
O anel e a chave
Pensa em um momento em que eu me emocionei no filme. Fofos demais trocando o anel e a chave. Entretanto, esse momento é um pouquinho diferente no livro. A justificativa de Henry para presentear Alex com o anel é porque “ele está cansado de usar” e não por ele querer dar “uma parte dele enquanto ainda não pode dar seu 100% para Alex”. Mas, confesso, esse jeito ficou bem romântico, também!
Outro detalhe é que o norte-americano não chega a dar o colar com a chave para Henry. Ele acaba colocando o anel junto como se fosse um pingente. Detalhes!
Vazamento dos e-mails e reação do Alex
Por fim, com a mudança de situação e sem o Rafael Luna, os vazamentos ficam mais focados na reação do Henry, no filme. Porém, no livro, vimos Alex passando por maus bocados ao descobrir a notícia.
O cenário é: toda família está reunida e, quando Alex chega, June é a primeira a o abraçar. A situação é bem dramática, ele cai no chão, tem um grande ataque de pânico e é carregado para o seu quarto para que ele possa deitar. Triste que não tivemos esse lado mais humanizado da saúde mental de Alex.