O gato Vitor Thiré está no ar em “Liberdade, Liberdade” com o personagem Ventura, irmão de Rubião (Mateus Solano), um jovem cego e apaixonado por Bertoleza (Sheron Menezzes). Na novela, Ventura e Bertoleza enfrentam vários problemas por viverem um romance proibido. Conversamos com Vitor e ele falou sobre a novela, novos projetos e ainda deu uma dica pra quem vive uma situação parecida com a do seu personagem!
Você vive um personagem com deficiência visual em “Liberdade, Liberdade”. Como foi a preparação para interpretar o Ventura?
Foi ótima. Primeiro, 1 mês intenso com todo o elenco, workshop ministrado brilhantemente pela preparadora Andrea Cavalcanti, com aulas de prosódia com Babaya Moraes e a fonoaudiologia com Leila Mendes. Muito bom! E, separadamente, fui sozinho ao instituto Benjamin Constant, onde fiquei duas horas conversando, trocando informações e colhendo dicas com dois cegos de nascença: um jogador de futebol e um pianista. Experiência única! Incrível!
Como foi para você e para seus colegas de elenco a repercussão da cena de amor homossexual?
Nos corredores e bastidores só se ouve elogios a respeito dessa cena. Não por acaso. Pra mim, até agora: uma das cenas mais lindas e necessárias da novela. Principalmente nos dias de hoje. O nível todo está muito alto, de tudo. Estamos todos muito felizes com a repercussão, em geral.
Qual seria o seu papel dos sonhos?
Não sei se tenho um papel dos meus sonhos. Tenho muita vontade de interpretar personagens distantes da minha realidade. Quanto mais longe, mais interessante fica o universo da exploração. Homossexual, vilões diversos, psicopata, mulher, idoso, deficiente, e por aí vai a lista das vontades de papéis.
Na novela, seu personagem se envolve com Bertoleza (Sheron Menezzes) em uma espécie de amor proibido, já que Rubião não aprova o relacionamento. Qual conselho você daria para quem vive um amor que não é aceito pela família?
O conselho que eu dou para as pessoas que passam por esse tipo de dificuldade – a não aceitação do relacionamento, com quem quer que seja, é para tentarem elaborar algum tipo de diálogo com seus parentes, principalmente os mais próximos, e fazê-los enxergar que o que realmente vale a pena é ser feliz, acima de qualquer coisa. Porque, definitivamente, viver um romance escondido pode até ser bom, mas até quando segurar esse segredo, não é?
Conta pra gente um pouco sobre sua peça.
“E O Vento Vai Levando Tudo Embora” tem texto e direção assinados pela gênia Regiana Antonini, e no elenco estamos eu – Vitor Thiré (Pedro), Daniel Blanco (Gabriel) e Josie Pessôa (Bia). A peça fala, basicamente, sobre a importância da amizade verdadeira entre dois amigos. “O que vale realmente à pena nessa vida: uma amizade verdadeira entre dois amigos de infância, ou o amor entre um homem e uma mulher ?” A comédia romântica, que aborda essa questão como foco da trama, já está circulando pelo país há um mês e pretendemos não ter data para acabar. Estamos muito felizes!
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