A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes chegou ao Brasil em junho e tem causado muita comoção entre os fãs de Jogos Vorazes. O livro é um prelúdio da trilogia original de Suzanne Collins e explora a história de um dos personagens mais marcantes da saga: o Presidente Snow!
Como a trama se passa 64 anos antes da revolução estimulada por Katniss Everdeen, conhecemos o protagonista muito antes dele ocupar a presidência, em uma atmosfera completamente diferente que Panem se encontrava. Coriolanus Snow ainda é um jovem estudante e atua como mentor da garota tributo do Distrito 12 na décima edição dos Jogos Vorazes.
Mas por que conhecer a trajetória de um vilão? A autora romantiza a personalidade autoritária de Snow? Vale a pena embarcar em uma história tão diferente da trilogia original, em um mundo onde nosso crush Finnick Odair ainda não existia?
Vamos esclarecer todas as suas dúvidas nessa matéria sem spoilers! Assim, você já pode entrar na leitura A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes sabendo o que esperar do livro!
leitura de fôlego
Uma coisa que pode te surpreender ao ter o primeiro contato com o livro, principalmente se você adquirir a versão física dele, é o seu tamanho. Em quase 600 páginas, a obra é dividia em três partes diferentes: O Mentor, O Prêmio e O Pacificador. Suzanne Collins não economizou e contou a história de Snow com muitos detalhes.
Mas isso não quer dizer que a leitura é arrastada! Por conta da extensão do livro, muitas coisas acontecem, diversos personagens são apresentados e o envolvimento deles sempre te deixa com vontade de saber o que vai acontecer no próximo capítulo.
muito além dos Jogos Vorazes
Diferente dos dois primeiros livros da trilogia original, que apresentam um grande foco nos Jogos Vorazes em si, a disputa entre os tributos não é a única parte do enredo. Conseguimos compreender o funcionamento dos Jogos em sua décima edição, que é muito diferente em relação ao que conhecemos duas vezes com Katniss e Peeta. Contudo, o livro é muito mais do que isso.
Se assemelhando mais ao estilo de “A Esperança”, a autora explora as estratégias envolvidas por trás dos Jogos e a disputa de poder entre a Capital e os Distritos. Existem momentos com mais ação e emoção, mas não comece a leitura achando que o livro é só isso!
aprofundamento no universo da saga
Aproveitando a comparação com os outros livros saga, vale ressaltar que A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes responde muitas dúvidas sobre a trilogia. Como a história se desenrola 64 anos antes de Snow ser Presidente, conhecemos a origem de diversas coisas, tais como a guerra que desencadeou na destruição do Distrito 13, a visão da Capital em meio ao conflito e a tentativa de transformar os Jogos Vorazes em algo atrativo para o público.
E se você ficou com vontade de conhecer mais a Capital depois dos três primeiros livros, a leitura será ainda mais interessante. Mesmo trazendo uma Capital não tão ostentadora como nos foi apresentado inicialmente, Snow como membro de uma família de elite nos introduz no universo dos habitantes da região de prestígio em Panem.
Pode ter certeza que em alguns momentos você vai pensar “nossa, agora tudo faz sentido!” – e isso é um dos pontos mais positivos para quem é fã da saga!
a personalidade de Snow
“Se não é possível encerrar a guerra, nós temos que controlá-la indefinidamente. […] Com leis rigorosas e com lembretes de quem está no comando, como os Jogos Vorazes. Em qualquer cenário é preferível estar em vantagem, ser o vitorioso e não o derrotado”
Quem você acha que disse essa frase em A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes? Assim que Suzanne Collins anunciou que o novo livro da saga trataria da vida de Coriolanus Snow, o argumento de que a autora poderia romantizar o vilão da história começou a circular entre os fãs. Porém, assim como você pôde ler acima, mesmo 64 anos antes de se tornar Presidente, Coriolanus já apresentava uma visão de mundo muito específica.
Mesmo que a proposta do livro seja de acompanharmos a trajetória de Snow antes mesmo dele se tornar um líder autoritário, Collins não esconde o mau caráter que Snow sempre teve. Mesmo em algumas situações, em que ele não era tão favorecido ou estava em desvantagem, a personalidade dele não torna a leitura um movimento de compaixão pelo vilão.
perspectiva reflexiva
Em meio as vivências de Snow e o desenrolar da décima edição dos Jogos Vorazes, a autora também faz o leitor pensar. O livro é cheio de passagens para você refletir sobre momentos de guerra, autoritarismo e as diferenças sociais. Esse é um aspecto do livro que faz vários paralelos com a nossa realidade, o que pode tornar a leitura também um momento de reflexão sobre a natureza humana e como nós tomamos decisões ao longo da vida.
vai virar filme
Já ficou com vontade de ler A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes? Para finalizar, vale lembrar que, antes mesmo do lançamento nas livrarias, a nova história de Suzanne Collins já foi confirmada para os cinemas.
A produtora Lionsgate ainda divulgou que o novo filme será dirigido por Francis Lawrence, o mesmo diretor de Em Chamas e A Esperança, e Collins irá ajudar na escrita do roteiro. Donald Sutherland foi quem viveu Snow nos filmes originais, mas ainda não foram divulgados detalhes do elenco ou quem será responsável por interpretar a versão mais jovem do personagem.
