No próximo domingo (26) acontecerá a maior premiação do universo musical, o Grammy Awards, e uma grande polêmica veio à tona nesta quarta-feira (22). De acordo com o site Pitchfork, o advogado da ex-presidente da Academia, Deborah Dugan, alegou à Justiça americana uma série de acusações sérias sobre a instituição e os resultados do evento.
Deborah está afastada do cargo por conta de uma “licença administrativa”, e segundo seu advogado, os motivos para tal não são claros. A agora ex-presidente assumiu o posto em agosto de 2019, e foi enaltecida nas redes sociais por ser a primeira mulher na posição.
O advogado de Deborah afirma que os membros do conselho pertencem a “comitês secretos”, que escolhem seus indicados e quase sempre possuem ligações diretas com os mesmos, o que é proibido pela Academia. Para manipular o resultado, os tais membros do comitê promovem seus favoritos mesmo que esses não estivessem na lista de 20 nomes previamente indicados.
As alegações de Deborah também afirmam que as indicações à Canção do Ano em 2019 foi fraudada, ignorando Ariana Grande e Ed Sheeran – os artistas mais votados naquele ano – para incluir um artista que estaria na posição de número 18.
Outra acusação marcante é de que o executivo musical Neil Portnow teria estuprado uma artista estrangeira, que manteve seu nome sob sigilo, o que explicaria a não renovação de seu contrato. Em junho de 2018, ele teria sido acusado de machismo e, por isso, deixou o cargo. Mas parece que não foi só isso!
Em resposta ao bapho, a Recording Academy enviou uma nota à Variety falando sobre o comportamento de Deborah durante seu tempo como CEO da Academia.
Confira:
“É curioso que a Sra. Dugan nunca deixou claras essas graves alegações até uma semana depois que as queixas legais foram feitas contra ela pessoalmente por uma funcionária que alegou que a Sra. Dugan havia criado um ambiente de trabalho tóxico e intolerável e engajado em conduta abusiva e de bullying. Quando a Sra. Dugan falou sobre seus incômodos ao RH, ela especificamente instruiu o RH a ‘não fazer nada’ em resposta. De qualquer forma, nós imediatamente iniciamos investigações independentes para rever tanto a potencial falha de conduta da Sra. Dugan quanto as subsequentes alegações. Ambas as investigações continuam em curso. A Sra. Dugan foi afastada administrativamente apenas depois de oferecer seu posto e demandar US$ 22 milhões da Academia, que é uma organização sem fins lucrativos. Nossa lealdade sempre será aos 25 mil membros da indústria musical. Nós sentimos muito que a maior noite da música esteja sendo roubada deles devido às ações da Sra. Dugan e estamos trabalhando para resolver esta questão o mais rápido possível”.
Gente, e agora!