O BTS acaba de lançar mais um sucesso nesta quinta-feira (1°). O grupo sul-coreano está em momento de estreia da música em japonês “Film Out“, a qual além de fazer parte do álbum “The Best”, com outras músicas neste idioma, também estará presente na trilha sonora do filme “Signal”, produzido no Japão. A música veio acompanhada de um clipe bem emotivo com participação de todos os integrantes.
O vídeo de quase quatro minutos é muito bem produzido, com efeitos visuais e cores monocromáticas, indo do pastel para o azul, amarelo… confira o resultado:
No dia 16 de março oito pessoas – incluindo seis mulheres descendentes de asiáticos – foram mortas em casas de massagem em Atlanta, nos Estados Unidos. Segundo o The Washington Post, o responsável pelo tiroteio, Robert Aaron Long, um homem branco de 21 anos, foi preso e indiciado pelos ataques. O ocorrido impulsionou uma onda de manifestações contra discursos de ódio e atos de violência voltados a asiáticos e descendentes, acompanhas pela hashtag #StopAsianHate (pare o ódio a asiáticos, em tradução literal). Diversas celebridades se manifestaram sobre o assunto, repudiando estereótipos e violência, incluindo o BTS.
+#StopAsianHate: como pessoas amarelas encaram o preconceito?
RM, Jimin, Suga, J-Hope, Jungkook, V e Jin formam o grupo sul-coreano mundialmente conhecido por BTS. Em comunicado em inglês e coreano, os artistas fizeram uma carta aberta sobre o tema nesta terça-feira (30).
“Enviamos nossas mais profundas condolências aqueles que perderam seus entes queridos. Sentimos tristeza e raiva. Relembramos momentos em que enfrentamos discriminação como asiáticos. Suportamos palavrões sem motivo e fomos ridicularizados por nossa aparência. Fomos ate questionados por sermos asiáticos que falavam a língua inglesa”, desabafou o grupo.
“Não podemos traduzir em palavras a dor de nos tornarmos alvo de ódio e violência por tal motivo. Nossas próprias experiências são irrelevantes em comparação com os eventos que ocorreram nas últimas semanas. Mas essas experiências foram suficientes para nos fazer sentir impotentes e destruir nossa autoestima”, continuam.
“O que está acontecendo agora não pode ser dissociado de nossa identidade como asiáticos. Levou um tempo considerável para discutirmos isso com cuidado e refletirmos profundamente sobre como devemos expressar nossa mensagem. Mas o que nossa voz deve transmitir é claro. Somos contra a discriminação racial. Condenamos a violência. Você, eu e todos nós temos o direito de ser respeitados. Estaremos juntos”, completam em comunicado.