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Camila Queiroz sobre a novela Pega Pega: “Vou falar carioquês”

Camilinha trabalha muito!

Camila Queiroz de vestido longo na novela Pega Pega
Foto: Rede Globo/Paulo Belote

Se tem uma pessoa que trabalha muito, essa menina se chama Camila Queiroz. A linda está indo para seu terceiro trabalho na tevê seguido: a Luiza, de Pega Pega, nova novela das 19h da Globo, que vai se passar em um hotel. Olha aí o que ela nos contou!

Camila Queiroz de vestido longo na novela Pega Pega

Essa girl é um lacre!  – Foto: Rede Globo/Paulo Belote

tt: Conte-nos um pouco dessa personagem, a Luiza!

Camila: Luiza, 24 anos, carioca, fala seis línguas, está terminando a terceira faculdade. Ela nasceu e foi criada dentro do Carioca Palace (cenário onde se desenrola toda a trama da novela). Os pais dela morreram quando ela tinha apenas 3 três anos de vida. Desde então, ela foi  criada pelo avô, Pedrinho Guimarães (Marcos Caruso). Ela sempre foi tratada como uma princesa. Mora na suíte presidencial do hotel. Cresceu com 20 pessoas servindo-a, arrumando a sua cama, servindo seu café da manhã, etc. Até que a vida fala: ‘oi, querida! Vamos lá! A vida não é isso.’. Mas isso não a faz uma menina sem noção. Ela não ostenta nada. A Luiza é simples de se vestir, não liga para joias, para bolsas, etc. Ela tem duas bolsas, um óculos e isso basta. O que ela queria antes era ter o Carioca Palace para ela. Reformar o hotel e ajudar o avô a sair da crise que vem passando. Ele acabou com o dinheiro que tinha e o ‘Carioca’ é tudo que ele tem.  Então é isso. Até que ela descobre que o amor dela, no caso Eric Ribeiro (Mateus Solano), e o avô,  os dois homens de sua vida, não contaram para ela sobre a venda e compra do hotel. E, ai, ela vai para o olho da rua. Desse ponto em diante, começa toda a aventura da personagem. Ela vai ralar muito!

tt: Quais foram as dificuldades em relação a essa personagem?

Camila: É um universo que não é o meu, que eu jamais passei por perto. Eu não tenho noção de como é ter 20 empregados pra você. Você ser patroa e não entrar ao mesmo tempo na coisa caricata de ser uma patroa metida. É o que a gente está mais acostumada a ver na tevê. Ela é uma patroa gente boa. Depois da avalanche que atinge a personagem, ela acaba indo para a Tijuca (bairro da zona norte do Rio de Janeiro) procurar emprego. Então, eu tenho essa noção da personagem, dessa realidade que é dela e de muita gente no Brasil. Que acontece de falir e ter que ir para outro lugar que ela nunca nem passou perto. Recomeçar, reaprender a fazer currículo, saber pedir emprego. Enfrentar um trabalho novo. Fazer uma coisa que ela nunca fez. Mesmo tendo todas as faculdades e falar várias línguas, ela nunca precisou trabalhar. O sonho dela sempre foi reconstruir o hotel. Ela vai do luxo ao lixo. Da suíte presidencial para a calçada da Tijuca. Ela vai acabar morando no quartinho do hotel porque ela não terá pra onde ir. Então, essa virada é muito importante para a Luiza. Isso é muito difícil de fazer.

Camila Queiroz e Mateus Solano na novela Pega Pega

Camila e Mateus Solano vão fazer par romântico! – Foto: Rede Globo/Adriana Garcia

tt: Como está sendo para você emendar uma novela na outra?

Camila: É um processo, né? Então, eu comecei com a Angel, que era uma menina do interior também, mas com outras escolhas de vida; depois fui para a Mafalda, que era de outro século, pura, uma menina inocente, mas era mais velha que a Angel. E, agora eu vim parar na Luiza. Que é uma menina carioca. Eu acho que isso é o que o ator gosta. De desafio. Até agora, eu não fiz nada igual. Nenhuma personagem parecida com a outra. Graças a Deus! Isso é bom principalmente pra mim que estou começando. Eu vou me descobrindo junto com essa personagem. Vou me redescobrindo a cada cena, vou me explorando. Quando eu me imaginei falar ‘carioquês’? Isso é uma das melhores coisas de ser um ator. Você pode ser 1000 em 1.

tt: Como foi para você essa transformação de anônima para estrela de tevê?

Camila: É, foi difícil, né? Fácil não é. Ainda mais que eu não tinha noção de como é esse mundo. Eu imaginava, como todo mundo em casa imagina. Mas não tinha noção da realidade. Daí, a gente conhece um pouco mais as dores e as delícias desse trabalho. As pessoas pensam que é fácil. Uma manicure me falou dia desses: ‘eu pensava que o trabalho de vocês era mais fácil’. A gente precisa dar conta do recado. Eu sou muito nova. Eu não cresci dentro disso aqui. Eu não estava acostumada com nada disso.

Entrevista: André Romano/colaborador

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