Chay Suede está maravilhoso como Joaquim, na novela Novo Mundo. Mas ainda mais maravilhoso foi o que ele nos revelou nessa entrevista. Sério, melhor bate-papo ever!
tt: Mais um mocinho em sua carreira, né? Conte um pouco desse personagem.
É outro mocinho. O Joaquim é o herói da história. Ele é um herói bem diferente. Ele não faz a menor ideia disso. Ele não lida com o fato de ser um cara legal e tudo mais. Ele tem uma missão grande dentro desse folhetim. Por conta da função dele na história: levar os índios de uma situação de total risco no Sul da Bahia para o Rio de Janeiro em um período de 3 anos. Então, ele é um personagem que começa como ator, divertidíssimo. E termina em uma marcha por 3 anos dentro de uma floresta. Ele se transforma muito.
tt: Como será o reencontro dele com a Anna (Isabelle Drummond)?
Ele leva um tiro e é cuidado pelos índios. Depois dessa passagem de tempo, ele e Anna irão se reencontrar. Ela não faz ideia de que ele está vivo. Eles passam um bom tempo separados. Ele também não faz ideia do estado de saúde dela. A chance de comunicação em 1820, dentro de um país como o Brasil, completamente rural, era impossível.
tt: Em sua opinião, o amor resiste a distância?
Eu acho que o amor resiste à distancia sim. O amor é paciente, é bondoso, espera e confia. Não o amor romântico que a gente idealizou, né? Mas o amor verdadeiro. Eu acho que espera, sim. Eu suportei a distancia.
tt: Qual personagem da trama que você jogaria fora do navio?
Claro que eu jogaria o Thomas (Gabriel Braga Nunes), o grande vilão da trama. Ele seria o primeiro. Jogava com uma cabeçada (risos).
tt: O diretor comentou que você não usou dublê. Como foi isso?
Então, é uma novela de aventura. Tem muitas cenas de batalhas, lutas e tudo mais. Tive várias preparações. Todos nós temos um dublê para as coisas que nós não conseguiríamos fazer. O meu dublê, o Pedrinho, é maravilhoso. Ele sabe tudo de circo e tal, por conta do personagem ser um ator circense. Acabou que eu consegui fazer a maior parte das coisas por causa dos treinos e da preparação inicial. Eu fiz praticamente tudo. Eu gosto de fazer essas cenas. Mesmo tendo muito medo de altura. A novela acabou me curando um pouco desse medo. Do pavor que eu tinha de altura. Eu tive muitos saltos e tudo mais. Eu me machuquei em várias cenas. Mas coisas superficiais. Os dublês estão muito bem preparados para proteger os atores. Mas tem alguns momentos de euforia em que a gente não pensa muito e acaba se machucando. Enfim…
tt: Você está gostando de fazer esse personagem?
Estou gostando muito. É a coisa que eu mais gostei de fazer até hoje na TV Globo. Está me entretendo. Enquanto eu trabalho, eu me divirto muito. É uma coisa bem legal essa novela.
Entrevista: André Romano/colaborador
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