Em 2013, Max Lewis viralizava na web pela primeira vez com o vídeo “Carioca Girls”, paródia do hit “California Gurls”, de Katy Perry. Se por um lado seu nome figurava entre os melhores memes do ano, do outro ele vivenciava uma das piores experiências que a internet é capaz de proporcionar: o cyberbullying, ou seja, o bullying online.
Só para se ter ideia, de acordo com o Instituto de Pesquisa Ipsos, o Brasil é o 2º país com mais casos de cyberbullying presentes nas redes sociais. Já os dados do UNICEF, órgão das Nações Unidas focado na proteção no direito das crianças, apontam que um terço dos jovens relatam que já foram vítimas dessas atitudes.
Na época, com apenas 12 anos, Max foi alvo das mais diversas ofensas e ataques por conta do viral, o que ocasionou problemas de saúde. Hoje, oito anos mais tarde, e vivendo na Inglaterra, ele aproveitou sua passagem por Maldivas para reviver o single. Confira:
O jogo virou? Virou!
Na contramão da primeira experiência, “Carioca Girls 2.0” viralizou e foi recebido por diversos comentários positivos, divertidos e fofinhos. Afinal, é o comeback da lenda, né? À todateen, ele conta sobre ter lançado uma segunda versão como resposta de superação. Vem ler!
Max, antes de mais nada, conta pra gente, lá em 2013, de onde surgiu a ideia de gravar “Carioca Girls”?
A ideia de fazer a música “Carioca Girls” surgiu de um trabalho de escola. Um professor de música pediu pra gente realizar um projeto musical. E como gosto muito da Katty Perry, resolvi fazer uma versão de “California Gurl” mas homenageando às “Carioca Girls”. Gravei somente o áudio e levei pra ele. O professor gostou muito e sugeriu que eu fizesse um vídeo, foi tudo em um dia.
Na época da primeira versão, você tinha apenas 12 anos, certo? E, muito mais do que viralizar, o vídeo foi alvo de críticas e deboches, né? De que forma essas ofensas afetaram a sua infância?
Depois que publicamos o vídeo no YouTube, viralizou e sofri realmente na internet e na escola. Do nada virei uma celebridade. Sofri bullying mas ao mesmo tempo, senti o gosto de como é ficar famoso. Mas com 12 anos eu não sabia lidar com essa situação, foi muito difícil. Havia dias que eu nem queria sair de casa. Na escola todo mundo ficava cantando minha música e na época eu não gostava. Se fosse agora com a minha idade, eu saberia lidar melhor com isso.
Onde você buscou forças para se reerguer e enfrentar o cyberbullying?
Foi difícil, teve um dia que eu pedi para o meu pai deletar o vídeo, mas não ia adiantar, estava em toda a parte, e então resolvemos tirar e ocultar os comentários no YouTube. Com o tempo, fui superando e fiz outros dois vídeos que estão em meu canal.
Hoje, 8 anos mais tarde, qual foi a intenção de regravar o vídeo?
Queria gravar outro vídeo porque no primeiro minha voz estava em formação e me acusaram de usar autotune. Foi como uma superação, e o pessoal está curtindo muito! Fiquei feliz com o resultado.
Você ainda enxerga a internet como um ambiente negativo? Como acha que isso poderia ser combatido?
Eu fiz as pazes com meus haters. Se olhar nos comentários, a galera está curtindo a música e estão pedindo para eu regravar “Um dia de Sol”. Acho que vou (risos). Acho que a comunidade do YouTube melhorou muito, tem até uma mensagem antes dos comentários pedindo para as pessoas serem respeitosas ao comentar… isso ajuda.
Assim como da primeira vez, o vídeo viralizou – mas de forma positiva. Você imaginava que a repercussão seria tão grande?
Achei o máximo que o pessoal gostou do vídeo no Youtube e no Tik Tok “Carioca Girls” virou trend… até abri uma conta e em uma semana estou com quase 200 mil inscritos.
Por fim, qual conselho você daria para os mais jovens que estão tentando viralizar na internet?
Meu conselho é ter uma conta no TikTok engraçada, que seria a melhor forma de viralizar na internet neste momento. Então se for engraçado e constante pode até demorar um pouco mas tem grandes chances de viralizar, se der sorte.