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Confira o nosso bate-papo com Pâmela Rosa, skatista de 13 anos que disputou o X Games

Ela falou sobre carreira, estudos e planos! Confira!

Pâmela Rosa
Foto: Divulgação

Para muitas meninas, andar de skate é um sonho distante: seja por falta de informação, pistas boas e seguras, ou até mesmo, pelos pais não consentirem a presença da filha em um ambiente considerado – erroneamente – masculino.

Pâmela Rosa faz parte de uma nova geração: a que não se importa em diferenciar atividades “masculinas” de “femininas”, e que está a cada dia mais interligada!

Ela participou do X Games, o evento considerado a “Olimpíada dos esportes radicais”. A tt colou nela e bateu um papo superlegal! Confira:

tt: Quando ocorreu a sua primeira competição? O que mais te marcou nela?
Participei da minha primeira competição em 2008, aos oito anos de idade, uma semana depois que comecei a andar de skate.
Para mim, o que marcou foi a reação do público. Como eu era muito pequena, qualquer manobra com o skate fazia a plateia gritar. Quando desci uma 45 (rampa), que era grande comparada ao meu tamanho, todos foram à loucura, gritando e batendo muitas palmas.

tt: Dos prêmios que você ganhou, quais foram os mais “marcantes”?
Sem dúvidas, o títulos de campeã sul-americana e bi-brasileira. Recentemente, o convite para participar dos X-Games também foi uma grande conquista.

Pâmela Rosa

Foto: Divulgação

tt: Quando você percebeu que o skate poderia deixar de ser somente um hobby e passar a ser competição? Seus pais e seus amigos te apoiaram?
Desde o primeiro campeonato grande que participei, no final de 2008, percebi que o skate deixaria de ser um hobby.
Desde quando comecei a andar, pude contar com o apoio dos meus pais e amigos. Meu pai, inclusive, aprendeu manobras de skate para me ajudar a treinar, por meio de vídeos pesquisados na internet. Outro incentivo importante, veio com o convite para os X-Games. Sabendo que não poderia arcar com os custos da viagem para Foz do Iguaçu, onde aconteceu a etapa brasileira da competição, consegui o apoio da Copagaz. O patrocínio veio por meio de um pedido do meu pai, que há mais de 20 anos trabalha na empresa. Com ele, foi possível a realização de um grande sonho, participar de um dos maiores e principais eventos de esportes radicais do mundo.

tt: Como você se sente sendo uma menina em um meio quase dominado por meninos?
O convívio com os meninos é tranquilo e eu os vejo como irmãos. Eles sempre me trataram bem, sempre conversamos e, por ser uma menina no meio de um monte de meninos, acabo me destacando mais.

tt: Você já sofreu algum tipo de preconceito ou bullying, tanto dos competidores quanto dos colegas de escola?
De competidores não, mas na escola sempre tem piadinhas, já que muitos não entendem e não conhecem o esporte. Mas param depois que passam a conhecer. Não ligo para isso e tento mostrar no skate que uma menina também pode praticar esportes mais populares entre os meninos .

[saiba_mais] tt: Muitas meninas competem nas mesmas “categorias” que você?
No Brasil e no mundo sim , mas normalmente são bem mais velhas do que eu. Em São José dos Campos, onde moro, tem meninas que andam, porém não competem.

tt: Em breve você tem uma competição importante na França. É a primeira vez que você viaja para fora? Você acha que isso irá abrir novas oportunidades para você?
Não é a minha primeira viagem. Já participei do campeonato Sul-Americano em Buenos Aires, Argentina. Com certeza, ir para fora do Brasil abre novas oportunidades.

tt: Como é a sua rotina?
De manhã vou para escola e quando volto faço as lições, descanso e espero o meu pai chegar. Ele me leva para treinar junto com a minha mãe e meus amigos. Quando volto comento o meu rolê com todos e descanso para no outro dia ir à escola. Nos finais de semana, costumo participar de campeonatos e quando não tem nenhum, gosto de jogar futebol e ir na piscina com minhas amigas. Na época do carnaval, que tem uma parada nos campeonatos, eu toco na bateria da escola de samba.

tt: Um de seus sonhos era um dia chegar aos X-Games. Agora que você conseguiu, quais são os seus planos?
Meus planos agora são: focar nos outros campeonatos que estão por vir, tentar participais de todos e trazer o caneco para minha casa =D . A partir de agora, tenho que fazer por merecer este convite inesperado.

tt: Como você consegue conciliar os estudos com os treinos e competições?
Minha família me ajuda, às vezes até deixando de fazer as coisas deles só para me acompanharem em competições e treinos. Para os estudos eu tenho hora certa e quando preciso faltar os professores são avisados antes e me dão avaliações separadas.

Pâmela Rosa

Foto: Divulgação

tt: Quais são os ítens indispensáveis para quem quer começar a andar de skate?
Ter um skate – não precisa ser o mais caro -, e principalmente usar equipamentos de segurança como o capacete. Ir sempre acompanhado e trocar informações com skatistas mais experientes são outras dicas que posso dar.

tt: Se uma menina falasse que tem vontade de andar de skate mas estivesse com vergonha e/ou os pais não aprovassem, qual seria o seu conselho?
Que ela mostrasse aos pais dela que meninas também podem andar de skate, por meio de vídeos e reportagens. E para perder a vergonha diria para ela ir aos poucos, começando por iniciar amizades com o pessoal da pista e de pouquinho em pouquinho chegar com o seu skate .

tt: Você pretende seguir no skate ou pensa em ter outra profissão futuramente?
Eu penso em ser uma profissional do skate, viver dele e como complemento fazer uma faculdade de Educação Física, para assim continuar no meio do esporte .
Hoje e sempre…Skate é vida!

Superlegal, não é mesmo, girls? Vocês têm dúvidas sobre o esporte? É só deixar nos comentários!

2 Comentário(s)

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