Texto e Entrevista: Karla Torralba/colaboradora
Cabelos azuis, coturno, calça rasgada e jaqueta de couro. Este foi o estilo adotado pela sorridente e fofíssima Demi Lovato durante a coletiva de imprensa concedida durante a curta, mas não menos intensa, passagem da cantora pelo Brasil.
O que mais chamou a atenção de todos foi a forma solta e brincalhona da cantora durante toda a conversa com os jornalistas! Primeiro ao lado de Fiuk, Demi se mostrou muito compreensiva com as derrapadas no inglês do artista brasileiro. Até mesmo a tradução feita o tempo todo por uma intérprete foi motivo de piada para a cantora, que prestava atenção em tudo, mesmo sem falar o português.
Demi também se mostrou muito madura ao responder questões sobre assuntos mais sérios, que envolvem o comportamento da sociedade como a sua participação em uma campanha anti-bullying e sobre o relacionamento lésbico de sua personagem em Glee. “Não há vergonha em ser gay”, ressaltou Demi.
Se estilo não falta a Demi, o mesmo também não faltou aos seus fãs. Como tudo o que a cantora usa vira moda, não faltaram os que aderiram ao visual “blue hair” adotado por ela. Meninos e meninas pintaram o cabelo como forma de demonstrar o amor pela estrela e ficar como ela.
A parte mais esperada da coletiva foi o anúncio de quando Demi volta ao Brasil. Muito feliz e cheia de suspense, foi ela mesma que anunciou as datas. Sempre fofa, parecia íntima dos jornalistas. “Quero ver todos vocês que estão aqui hoje o ano que vem, hein?!”, brincou.
Demi volta ao Brasil o ano que vem para 5 shows:
25 de abril em São Paulo;
27 de abril no Rio de Janeiro;
30 de abril em Brasília;
1 de maio em Belo Horizonte;
3 de maio em Porto Alegre;
Os ingressos começam a ser vendidos no dia 20 de novembro pelo: www.ticketsforfun.com.br.
Ao final da coletiva, uma surpresa para a cantora. Demi recebeu o disco de platina por ter vendido mais de 60 mil cópias do seu novo CD “Demi” lançado há apenas duas semanas.
Confira a entrevista na íntegra!
Como se sentiu em participar do “Coletivation”?
Fiquei muito feliz pelo pocket show e pelo programa. Vocês trabalharam muito bem, garotos (Patrick e Fiuk). Eu fiquei muito feliz por estar perto dos meus fãs é maravilhoso. Foi muito legal!
O que te inspirou para compor as músicas do novo álbum?
Eu coloquei as minhas experiências pessoais nas músicas. É como uma terapia para mim compor músicas. E o que me inspirou para compor as músicas foram as pessoas.
Você aderiu à campanha ‘Mean Teens’ (adolescentes malvados em tradução livre), como embaixadora. Na campanha você fala contra o bullying. Você poderia falar um pouco sobre isto?
Eu sofri bullying quando eu tinha 12 anos de idade. Então eu senti como é. E eu ouço muitas histórias dos meus fãs deles. Através da campanha eu gostaria de mostrar a todos que bullying não é legal. Eu consegui ir às escolas e falar com esses jovens que sofrem bullying e isso foi muito muito legal. Eu resolvi passar essa mensagem e servir como fonte de inspiração para estas pessoas.
Quais são os prós e os contras de você ser tão aberta com os seus fãs?
Bom. O contra é a ideia geral que as pessoas têm de que celebridade não tem privacidade. Não é nada direto com os meus fãs, mas outras pessoas. Mas quando entrei no É a única coisa que eu não gosto. Mas quando eu entrei neste mundo eu sabia que isto aconteceria. E de prós…bom, é claro que a relação que tenho com meus fãs é maravilhosa, incrível! Nos shows, quando entra uma música nova. E saber quantas pessoas estão ali fora do hotel agora mesmo é incrível! Eu fiquei realmente impressionada.
Você acabou de anunciar a sua turnê. Gostaria de saber porque você escolheu essa coisa de “Girl Power” (poder de menina) e quando você vem para o Brasil para fazer shows.
Eu queria fazer uma turnê com essa coisa de girl power, mostrar essa coisa do poder da mulher, do poder feminino. Sobre os shows no Brasil, eu vou falar sobre isto no final.
E como foi a sua participação em “Glee”? Como foi gravar? O que você já ficou sabendo que vem por aí, se tem novidades para a personagem dela e se ela pensa em voltar ao mundo das séries com um personagem fixo.
Eu personagem tem uma namorada. Eu já gravei dois episódios e o contrato inclui um total de 6. Então ainda falta gravar mais 4 episódios. Tem sido muito divertido. Eu decidi gravar Glee porque eu tenho muitos amigos na série e sabia que gravar seria muito legal voltar a atuar e fazer algo diferente.
Gostaria de saber sobre a gravação do clipe “Neon Lights”. Gostaria de saber se você já gravou, como está o processo e se tem algo que pode nos falar, se vai ser com o cabelo azul e tal…
Eu ainda não gravei e vou estar no estúdio em breve. Não posso falar muito sobre isto, mas eu estou co-dirigindo o clipe e esta parte está sendo muito legal e bem divertida.
Aqui no Brasil o beijo gay é um tabu. Não sei se nos EUA é assim também. Queria saber se você teve algum tipo de hesitação e se por você ter vindo do Disney Channel, você sofreu algum tipo de censura por conta do beijo gay.
Não teve nenhum tipo de hesitação. Ser gay faz parte da cultura e não há vergonha alguma nisto. Mesmo que algumas pessoas tenham algo contra isto. Hoje em dia não tem nada demais. Faz parte da sociedade e as pessoas têm que acompanhar o tempo que elas vivem. Sobre o Disney Channel, não houve qualquer tipo de discriminação. Eu sou orgulhosa da minha geração por ter essa cabeça aberta. E foi uma honra interpretar uma lésbica e ainda em horário nobre. Pouca gente conseguiu fazer isto.
Como é a atmosfera de “Glee” após a morte do Cory, atrás das câmeras?
Vários outros atores da série já eram meus amigos por muito tempo. Não é muito da minha conta ficar falando sobre isto agora. Mas o que eu gostaria de dizer é que os outros atores estão sendo muito fortes para continuar. E têm tido muita força de continuar trabalhando.
Como está a expectativa para o seu livro?
Meu livro se chama “Staying Strong” (Ficando forte tradução livre). Meu livro tem 365 páginas e é composto por falas ou objetivos diários, do que me inspiram. Algumas são citações minhas outros de outros pensadores. E é um livro que mostra que é preciso ser forte e trabalhar com a gente mesma, trabalhar a mente, como uma meditação, por exemplo. Eu espero levar essa mensagem para pessoas que passam ou passaram pelas mesmas coisas que eu passei, de trabalhar você mesma todos os dias. É um livro para ser lido a cada dia.
Como tem sido essa nova temporada de “X-Factor”? Como são os bastidores?
Eu me atrevo dizer que os talentos são melhores que do ano passado. Está mais intenso e dramático. Tivemos muitas mudanças. Eu fiquei muito próxima das novas juradas, a Kelly Rowland e a Paulina Rubio. Ficamos como irmãs e agradeço a Deus por ter colocado elas próximas de mim. E a forma de fortune chalenge tem sido muito intenso e excitante. Ainda não começamos a fase de apresentações ao vivo, mas será muito bom quando começar.
Sobre a música Neon Lights. É a música mais diferente do CD. Gostaria de saber se tem algo especial para ela estar no CD e ainda ter virado o nome da turnê.
Eu costumo colocar minhas experiências pessoais nas músicas e “Neon Light” é completamente diferente, foge deste lado pessoal. Foi muito bom fazer algo diferente. Foi o Ryan (One Republic) que me apresentou a ideia de Neon Lights e eu fiquei muito animada por ser algo tão diferente, deixando essa coisa do pessoal de lado, porque a energia pode ficar um pouco pesada às vezes com tanta coisa pessoal, que passei e blá blá blá.
O que você poderia falar da MTV?
Eu adoro assistir MTV e assistia desde criança. Acho sempre legal ver o logotipo da MTV por todo o mundo. Eu assistia meio escondido da minha mão quando eu era criança. Minha mãe me deixava ver os vídeos, mas não me deixava ver programas de gente mais velha, mas eu via mesmo assim. Uma vez eu fui nos estúdios em Nova Iorque e tem sido cada vez mais legal a minha relação com a MTV.
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