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Entenda o caso Tuğçe Albayrak, a jovem que foi assassinada por evitar o estupro de duas garotas

Garota sonhadora e que amava a vida, ela teve seus planos interrompidos ao ser violentamente agredida

Tugce Albayrak
FOTO: Reprodução / Facebook
Tugce Albayrak

FOTO: Reprodução / Facebook

 

No dia 15 de novembro de 2014, o destino da jovem turca Tugce Albayrak mudou completamente: ao ouvir os pedidos de ajuda de duas garotas, ela interveio e acabou sendo violentamente agredida até perder a consciência. Treze dias depois, já diagnosticada com morte cerebral, os aparelhos foram desligados e ela morreu.

As garotas estavam sendo assediadas por um grupo de três rapazes no banheiro de uma rede de fast-food em Offenbach, cidade próxima de Frankfurt, na Alemanha. Não se sabe ao certo o que ocorreu após a jovem surpreendê-los. Porém, ao sair para o estacionamento do restaurante, Tugce foi brutalmente agredida por alguns dos rapazes: ela recebeu diversos golpes na cabeça e caiu desacordada no chão. As lesões foram tão graves que a jovem entrou em estado de coma.

Poucas pessoas intervieram (os funcionários e seguranças do restaurante, inclusive, não se envolveram na briga). Um dos suspeitos, um jovem de 18 anos – fichado na polícia e conhecido por roubos e outras agressões – está detido.  De acordo com o jornal “Bild”, ele admitiu ter agredido a jovem mas disse que deu “apenas um tapa”.

Confira o vídeo gravado pelas câmeras de segurança:

Os médicos que cuidavam de Tugce afirmaram que a garota sofreu morte cerebral e, no dia do seu aniversário de 23 anos (28/11/2014), seus pais resolveram desligar os aparelhos que a mantinham viva. Ainda não se sabe muito sobre as garotas que Tugce ajudou.

Tugce era extremamente engajada em causas sociais: em seu perfil no Facebook, por exemplo, a jovem compartilhava seus pontos de vista e imagens sobre países que estão vivendo momentos históricos tensos, como Turquia e Palestina.

A COMOÇÃO

Enquanto estava no hospital, milhares de pessoas fizeram vigílias e orações pela vida da garota. Após a morte de Tugce ser confirmada, uma petição foi criada e assinada por mais de 100 mil pessoas pedindo ao Presidente alemão, Joachim Gauck, para dar à jovem um título póstumo: a medalha de mérito da república.

Amigos e familiares, ainda inconformados, também estão fazendo homenagens: em suas redes sociais, diversos posts são compartilhados por aqueles que perderam alguém importante em suas vidas.

Alma Beba

FOTO: Reprodução / Facebook Alma Beba

É o caso de Alma Beba, amiga íntima de Tugce que compartilhou um texto – escrito originalmente em alemão – em que expressa seus sentimentos pela perda tão recente: “Você viverá para sempre em mim, sempre em meu coração e em minha alma. Nunca vou te esquecer […] Eu não posso descrever em palavras.
Eu te amo com todo o meu coração. Eu sempre penso em você e espero que você esteja bem, como e onde você está agora… E você vai cuidar de nós. Você é e sempre será parte da minha vida. Através de você eu vejo a vida de uma forma diferente agora“, escreveu Alma no texto dedicado à Tugce.

O EXEMPLO

[saiba_mais] Tugce Albayrak se tornou símbolo da luta contra a violência à mulher e o machismo, pois ela lutou até o fim a favor de seus ideais, defendendo as garotas e sendo um exemplo de coragem.

Como muitos cidadãos, estou chocado com este ato terrível. Tugce conquistou a nossa gratidão e respeito“, disse Joachim Gauck, Presidente da Alemanha. “Será, para sempre, um modelo de virtude para nós. O nosso país inteiro chora com vocês […] Quando todos olharam para o lado, Tugce mostrou uma coragem exemplar e uma grande força moral“, completou Grauck em carta escrita à família de Tugce.

A morte precoce da garota trouxe importantes questões para serem debatidas: violência à mulher, machismo, coragem, segurança pública, entre tantos outros pontos.

COMO AJUDAR E DENUNCIAR?

Envolver-se diretamente em um caso como esse pode ser fatal, assim como foi para Tugce. Porém, existe uma forma muito mais segura de ajudar mulheres que passam por este tipo de situação: basta fazer uma denúncia para a Central de Atendimento à Mulher através do telefone 180. A ligação é gratuita, o canal de comunicação funciona 24h por dia e você não precisa se identificar. Os atendentes são especializados em diversas áreas, como: questões de gênero, políticas públicas para mulheres, orientações sobre como combater à violência e, principalmente, na forma de receber a denúncia e acolher as mulheres.

A bravura de Tugce, com certeza, não será em vão. É necessário construir diálogos sobre o assunto, expor seus ideais e, acima de tudo, lutar por respeito e igualdade. A tt repudia atos como esse e torce para que cada um faça a sua parte no combate à violência contra a mulher.

Disque denúncia

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