Cecily von Ziegesar, autora de Gossip Girl. (Foto: divulgação)
Uma das coisas mais legais da Bienal do Livro de São Paulo é a possibilidade de ver de pertinho quem escreve as histórias que a gente tanto ama! Este ano, a redação da tt foi à feira e conheceu Cecily von Ziegesar, autora de nada menos do que a série de livros Gossip Girl! Claro que a gente tratou de pedir um autógrafo em um exemplar de seu novo livro, Psycho Killer Gossip Girl, publicado pela Editora Galera. Neste papo com a todateen, a autora fala um pouco do novo livro, sua relação com a moda e tudo o que a gente sempre quis saber de Gossip Girl!
tt: Você lançou 13 livros diferentes sobre a mesma história, Gossip Girl, sem contar as outras séries que também tratam do desenrolar de uma mesma história. De onde vem tanta criatividade para trazer novos olhares para os mesmos personagens?
Cecily: “Eu tentei criar personagem interessantes com um alcance grande. Eu nunca fico sem ideias. O problemas é ter o tempo e a determinação de colocá-las no papel.”
tt: Você dedicou uma série de livros à personagem Jenny, de Gossip Girl. O que te motivou a dar esse destaque para a personagem?
Cecily: “Havia muito espaço para explorar mais histórias para Jenny porque ela era mais nova do que os outros personagens de Gossip Girl. E eu gostei do novo local – um colégio interno, longe de casa.”
Capa do livro Psycho Killer Gossip Girl, de Cecily von Ziegesar. (Foto: divulgação)
tt: Seus livros têm uma relação muito próxima com o universo da moda. Você sempre se interessou por este assunto? Como é a sua relação com a moda em sua vida pessoal?
Cecily: “Eu adoro ler sobre moda e eu amo roupas, mas na maior parte do tempo eu uso jeans. Minha vida não requer que eu me arrume muito. Eu tinha um problema muito grande com compras e meu closet é um pouco maluco, mas eu estou tentando melhorar e só comprar coisas que eu realmente vou usar bastante.”
tt: Quando você começou a escrever os livros, já imaginava que eles poderiam virar uma série de TV de tanto sucesso?
Cecily: “Eu achava que ninguém iria querer ler sobre esses adolescentes ricos e mimados. Mas eu tentei fazê-los os mais simpáticos possíveis. Eu queria que eles parecessem reais e críveis, apesar de suas vidas serem tão fantásticas.”
tt: Como você encara as mudanças de Gossip Girl na adaptação para a TV?
Cecily: “Eu estou muito feliz com a série de TV e assisto todos os episódios. No começo, eu fiquei um pouco triste com alguns personagens terem mudado tanto, como Vanessa, mas agora eu já superei isso e simplesmente curto assistir à série.”
tt: Por que você decidiu criar um spin-off de Gossip Girl com este estilo mais policial, violento, com homicídios no enredo? Tem vontade de escrever histórias completamente diferentes das que fez até hoje?
Cecily: “Gossip Girl Psychokiller não é bem uma ficção policial. É uma comédia obscura. E é o mesmo texto do primeiro livro. Eu só remexi e tornei os personagens principais em sociopatas. A ideia é ser engraçado! Humor sangrento. Eu espero que as pessoas entendam isso e não pensem que eu estou me tornando uma escritora de literatura policial.”
tt: Temos um blog voltado para adolescentes com dicas de leitura. Qual foi o último livro que você leu e que recomenda de olhos fechados?
Cecily: “Eu acabei de ler um livro chamado A Idade dos Milagres, de Karen Thompson Walker. É um pouco obscuro – fala sobre o fim do mundo, contato pelo ponto de vista de uma garota de 12 anos – mas eu realmente curti o livro. Eu também amei A Culpa é das Estrelas, de John Green. É muito, muito triste, mas bonito.”
Qual é a principal dica que você daria para uma adolescente que gostaria de ser escritora?
Cecily: “Leia tudo. Leia, leia, leia. E quando você tiver uma ideia, coloque no papel.”
tt: Você é leitora assídua de blogs? Tem algum que você acompanha sempre?
Cecily: “Ok, agora que eu dei o conselho de ler, eu tenho que admitir que eu não leio nenhum blog. Talvez você possa me dizer alguns bons para ler! Eu gosto de ler histórias, ficção. Eu não curto muito ler não-ficção. E eu gosto de ler livros de verdade, não ler no meu computador. Eu sou antiquada, eu acho!”
Texto: Julia Dantas
Entrevista: Melissa Marques
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