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Entrevista com Victor Meyniel

O youtuber abriu o jogo sobre sexualidade, YouTube e muito mais!

Ele surgiu no Vine, mas, atualmente, está em todas: no Festival todateen, nas bancas, no YouTube e nos teatros do Brasil inteiro com a sua peça. Victor Meyniel não para de crescer. Mas ele parou para falar com a tt e contar tudo sobre sua carreira, YouTube e até sexualidade. Vem ler!

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Adorei seu livro e me identifiquei super! Como foi o processo de escrever? 

Que bom, gente! Eu quis escrever um livro que falasse sobre experiências. Contei sobre gay, sobre ansiedade. Para as pessoas se identificarem mesmo.E não foi tão difícil e ao mesmo tempo foi. As pessoas falam: “nossa, mas escrever um livro com 18 anos?”. E eu falo: “menina, eu vou fazer o que eu quiser!”(risos). E eu adaptei. Tenho muita coisa pra contar! Falei até sobre a minha avó e aí as pessoas se identificam. Tinha tanta coisa pra falar que não coube no livro. Mas me disseram que tinha um limite de páginas e tal. E eu fui desenvolvendo…

Você revelou ter síndrome do pânico desde a adolescência.  Como lida com isso hoje?

Na verdade, agora eu estou mais de boa. Meio que curado. E eu lido tranquilamente. Acho que todo mundo passa por alguma coisa na adolescência. Tem muita gente que tem e nem sabe, não procura saber. E, por eu ter um irmão autista e estar cercado de coisas que envolvem a psicologia, fui atrás para saber o que eu estava sentindo. Não é normal, no meio da rua, você achar que vai morrer, né. Fui ao psicólogo, tomei uns remédios e hoje estou feliz comigo. As pessoas tem medo de falar que pensem que são malucos. Mas não, isso é normal. Muita gente tem!

Conte uma curiosidade sobre o livro!

Quando fui parar para escrever, comecei a lembrar de muitas coisas. Coisas da vida mesmo. Quem me vê falando assim acha que tenho 50 anos, né? (risos).  Mas durante esse processo eu me lembrei da primeira menina com quem eu fiquei. Foi bem estranho.

Victor-meyniel-bla

Você lida muito bem com a sua sexualidade e sempre foi assim. Qual conselho você daria para quem está com um dilema assim?

Vou ser bem sincero: meus pais sempre aceitaram e meus amigos sempre souberam. Quando eu falava “ah, vou pegar aquela menina”, eles já falavam “ah, que legal”, mas estavam rindo por dentro, né. Mas para quem está se descobrindo, a dica é se aceitar. Eu sempre convivi muito com a minha mãe e minhas amigas, isso já me preparou para aceitação. Mas tem gente que não consegue! Então, a primeira coisa é se aceitar. É normal, agora todo mundo está começando a aceitar. Daqui a pouco não vai mais existir homofóbicos – se Deus quiser!

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Você é muito engraçado! Como o Victor é fora dos vídeos, no dia a dia?

Sou uma pessoa brincalhona e que, às vezes, extrapola. Mas agora com 18 anos, que estou começando a entrar nessa vida adulta, onde os vídeos começaram a virar um trabalho mesmo, estou tentando focar mais. No dia a dia, tento ser uma pessoa séria. Mas nem sempre consigo. Às vezes eu estou em uma reunião e lanço uma piadinha… sou assim! É claro que nem sempre eu acordo feliz, mas quando estou meio pra baixo, já dou um jeito de voltar ao normal. Eu não sou assim!

Se não fosse youtuber, qual profissão teria?

Eu sempre quis ser ator, desde pequeno. Fiz curso de teatro e foquei nessa carreira. Mas se eu não fosse ator nem youtuber, eu seria psicólogo. Por ter um irmão autista e por me interessar muito pela mente das pessoas.

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Já se meteu em alguma confusão por ser tão sincerão?

Nossa, se eu te contar… Muitas! Ainda mais na internet, eu sou daqueles! E não é nem com hater, porque pra eles eu não ligo. Com amigo mesmo (risos).

Conta pra gente: qual a melhor e a pior parte de ser youtuber?

A melhor parte é poder ser do jeito que eu sou. Porque quando eu estou na rua as pessoas não ligam para as minhas brincadeiras. Elas já sabem que eu sou assim e não vão pensar “que cara maluco!”. Esse reconhecimento é muito legal! E a pior parte é o fanatismo. É meio louco. Tipo, já jogaram um absorvente em mim no meio da peça! Falando “te adoro, use por mim”. Tem algumas coisas bem complicadas…

Vi você reclamando no Twitter sobre paquera online e você também já declarou ser virgem… Se considera romântico?

Vou ser bem sincero: eu sou uma putinha! (risos). Tô brincando! Mas é verdade, sou virgem ainda e nunca fiz sexo.  Já rolaram outras coisas, mas não vem ao caso. (risos). Claro, quando me apaixono fico muito romântico. Quero ficar perto, elogiar e tal… Mas eu sou virginiano, né. Se eu não quiser falar, não vou. Sou o louco dos signos! Porque olha: eu já passei por tantas coisas que se vier o boy me fazer de tonto eu já mando logo o recado! Um beijo e boa noite!

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Momento revelação: qual o segredo para bombar no youtube? Você tem alguma dica?

A dica máster é: seja você. E tenha um roteiro, para não se enrolar na hora de falar. E não espere para gravar, se vier um assunto, liga a câmera e vai!

Você disse que está conseguindo tirar um dinheirinho com a peça. Qual a sensação de ter a própria grana e toda essa responsabilidade?

Graças a Deus, amém! A sensação é maravilhosa. Ainda mais sendo ator, é uma profissão difícil. Eu fico muito feliz. E a responsabilidade sempre bate na porta, né. Não sou de exatas para lidar com dinheiro.

E qual foi a maior coisa que você já comprou com seu dinheiro?

Eu guardo bastante, viu. Mas eu comprei um sofá pra minha mãe. E ela ficou “ai, brigada filho… mas você tá colocando no seu quarto?” e eu disse “claro, fui eu que comprei..” (risos).

 

Texto e entrevista: Bruna Ferreira

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