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Entrevista com Katja Milley, autora de Mar da Tranquilidade

O livro dela, Mar da Tranquilidade, é total do tipo tem-que-ler!

Katja
FOTO: Divulgação / Editora Arqueiro
Katja

FOTO: Divulgação / Editora Arqueiro

 

 

tt: Fiquei curiosa pra saber como a história Mar da Tranquilidade nasceu em sua cabeça, pode me contar?

Katja: Sabia que queria escrever uma história de amor realista, na qual o leitor pudesse notar duas pessoas se apaixonando gradualmente. Mas antes de virar romance, a história começou com a personagem de Nastya. Tinha a imagem dessa menina segura, talentosa e determinada em seu futuro como pianista, mas numa tarde tudo isso mudou. Essa primeira cena que escrevi retrata o que aconteceu a ela mais de dois anos antes de o livro começar. Quis saber quem ela se tornou com o resultado desse acontecimento. Ela construiu sua identidade em torno de seu dom como pianista e, de repente, não podia mais tocar. Ela perdeu a segurança e a noção sobre si mesma. Como reagiria a isso? O que acontece quando aquilo que nos define nos é tirado? Achei que isso seria devastador pra qualquer um, especialmente para uma menina de 15 anos. O livro cresceu do meu desejo de explorar isso.

tt: Quando decidiu se tornar escritora?

Katja: Conforme cresci, quis virar escritora, mas estava apaixonada pelo cinema, então pendia mais pra escrever roteiros em vez de romances. Entrei na faculdade, tirei diploma em produção para cinema e televisão e trabalhei um tempo com isso. Estava sempre com alguma história pra ser trabalhada, mas aí, com a vida agitada, sempre ia adiando. Meu pai é quem me encorajava a voltar. Percebi que a vida é curta e sempre há tempo de parar e fazer o que se gosta.

Mar de Tranquilidade

FOTO: Divulgação / Editora Arqueiro

 tt: Teve algum livro que influenciou na sua decisão de ser escritora?

Katja: Um dos livros que li no fim da minha adolescência e guardei comigo pra sempre foi Minha Ántonia, de Willa Carther. É uma história linda sobre família, amizades e crescimento. Já se passaram anos e ainda penso nessa história. Não diria que esse livro influenciou minha decisão, mas influenciou no tipo de história que quero contar. Espero que as histórias que escrevo fiquem guardadas nas pessoas como essa ficou em mim. Isso é o que todo autor deseja: impressionar e ficar guardado no leitor.

tt: Que características você considera importante para um protagonista ter quando está construindo uma história?

Katja: Credibilidade é o que mais conta pra mim. Quero ler sobre um personagem e acreditar que é real, está vivo e respira. Pessoas reais cometem erros. Pessoas reais são complexas, como devem ser os personagens. Não acho que um personagem deva ser adorável ou agir do mesmo jeito que eu. Pra mim, o que vale é que as ações dele façam sentido de acordo com o que eles são. Que possamos entender porque agem do jeito que agem. Eles também precisam ser interessantes. Amor ler sobre um personagem diferente com um jeito original, que dá vontade de ouvi-lo falar, saber mais sobre ele. Não é preciso concordar com suas escolhas ou querer virar melhor amigo dele – aliás, quase sempre os que mais odiamos são os mais eletrizantes.

Entrevista: Mariana Scherma

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