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“Eu não faço arte para ser famosa, eu faço arte para transformar narrativas”, conta Larissa Luz

Crédito: Divulgação/FlashBang

Como já falamos por aqui, Larissa Luz foi responsável por abrir o line-up na 1ª edição do Festival Turá neste sábado, 2, no Parque Ibirapuera, em São Paulo. A baiana chegou com a missão de substituir Mahmundi, que cancelou sua apresentação após diagnosticar uma faringite.

Conhecida por interpretar Elza Soares no celebrado musical “Elza”, a cantora emana a potência feminina, expressando sua verdade musical de forma ímpar. A representatividade da mulher negra pulsa em sua poesia certeira, estética e, claro, força corporal.

Crédito: Instagram/@larissaluzeluz

Pouco tempo depois de deixar o palco, a todateen engatou um papo com a cantora que pontuou a importância e a presença da mulher negra na indústria musical. “Eu acho que estamos caminhando, como em todas as áreas. Estamos caminhando em expansão e em ocupação. Eu gosto de ter uma visão positiva, apesar de identificar várias coisas que a gente ainda vai ter que vencer e resolver. Há muito caminho para trilhar e ele não é fácil, o sistema racista e patriarcal ainda é predominante, com muitos sinais e resquícios do que foi o processo colonizador”, iniciou.

“Mas, ainda assim, eu gosto de ter uma visão otimista, ou a gente só sofre e não enxerga uma possibilidade de transformação. Eu gosto de identificar os territórios conquistados. Aos pouquinhos, um passo de cada vez e sempre acreditando que é possível”, acrescentou.

Com influências dos movimentos afrofuturismo e afropunk, Lari aposta em melodias dançantes, com colagens eletrônicas, traduzindo o poder da mulher que conquistou o seu território livre de qualquer opressão, machismo e racismo. “Eu acho isso importante e reflete muito na maneira da abordagem das pessoas que curtem o meu trabalho. Nunca é um ‘vamos fazer uma foto’ e só. Não, é sempre me contando de que forma conheceu, em que cenário e quais reflexões surgiram partir da escuta”, disse.

“Eu tenho feito um trabalho de emancipação de mulheres e, principalmente, das nossas narrativas há muito tempo. Eu lembro que a Elza veio com “Mulher do Fim do Mundo” quase na sequência do meu álbum “Território Conquistado”, que foi justamente o disco que traz o empoderamento feminino de dentro para fora”, contou.

“Então assim, a gente não veio porque teve uma demanda mercadológica como muitas pessoas acham que é, sabe? Até porque, para muita gente, agora é ‘moda’ ser preto, tá na ‘moda’ fazer trança. Há muito tempo a gente vem construindo isso, para chegar nesse lugar. É muito gratificante quando vejo meninas novinhas, as crianças, indo no show, com os penteadinhos, falando de bonecas pretas. Isso é a única coisa me faz sentido, eu não faço arte para ser famosa, celebridade, eu faço para transformar narrativas, pessoas, para emocionar, para causar alguma coisa nesse meio. Sempre foi isso. Eu trabalho com arte e uso minha arte como ferramenta”, afirmou.

Crédito: Divulgação/FlashBang

Nas telinhas do “Saia Justa”

Em março, Larissa passou a integrar a bancada da nova temporada do “Saia Justa”, do GNT, ao lado de Sabrina Sato e Luana Xavier, sob o comando de Astrid Fontenelle. Por lá, elas dividem as mais diversas inquietações, relacionamentos e espiritualidades, sempre com a proposta de valorizar a alternância e a diversidade do universo feminino.

“Eu quis aproveitar essa oportunidade. Acho que as coisas aparecem e a gente precisa entender que existe um motivo para aquilo acontecer. Achei que seria importante estar em outros lugares, em outras circunstâncias e criando outras frentes”, refletiu sobre a experiência.

“Eu sempre quis construir uma carreira que fosse multi. Atuo, faço teatro, cinema e sempre escrevi, acho que esse é um caminho sustentável. Então, de vez em quando, trago um poema, uma música, levo arte para o debate e aí a gente vai alcançando novas pessoas e novos pensamentos”.

Reage, bota um cropped

Para quem acompanha a Lari nas redes sociais, sabe o quanto ela entrega um visual de milhões, né? Looks coloridos e composições icônicas. Sem falar das madeixas e maquiagem babadeiras. Delineados gráficos também fazem parte da sua estética.

Crédito: Instagram/@larissaluzeluz/@kellyfuzaro

E diante de tantas referências e inspirações, adivinha só qual item não pode faltar em seu guarda-roupa? Ele mesmo, o cropped. “Hum… (risos). Eu sou do cropped, né? Essa expressão “reage, bota um cropped” é a minha cara, eu sou do croppedzinho sempre, mesmo sendo friorenta. Agora, morando em São Paulo, estou me jogando em vários casacos de todos os tipos, para não passar frio e ficar estilosona”, brincou.

Quanto ao cosmético, ela não descarta o uso de um bom batom. “Ah, o batom coloca qualquer um no brilho. Colocou batom, beijinho, estamos prontas. Batom e blush. É isso”, finaliza.

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