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Exclusiva: Valentina Ghiorzi fala sobre estreia na TV com a série “Desalma”, do Globoplay

Exclusiva: Valentina Ghiorzi fala sobre estreia na TV com a série "Desalma", da Globoplay
Exclusiva: Valentina Ghiorzi fala sobre estreia na TV com a série "Desalma", da Globoplay

Valentina Ghiorzi, 20 anos, realizou sua estreia marcante nas telinhas com a série Desalma, produção original do Globoplay. Ela interpreta Ignes, uma menina de 16 anos que vive em Brígida, uma comunidade ucraniana no Sul do Brasil. Mas não para por aí,  personagem de Valentina é na verdade a versão mais nova de Cláudia Abreu com quem possui alta semelhança.

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A produção ainda possui nomes como Cássia Kis e Maria Ribeiro e é uma aposta do globoplay no quesito terror. Valentina contou à todateen como foi participar de uma série com esse teor mais sobrenatural, ter contato com Cláudia Abreu, estrear na televisão e os planos e futuro no meio artístico.

Confira!

Antes de estrear na televisão agora, com Desalma, como era sua carreira artística?

Eu havia participado já de dois longas, “A Terapia do Medo”, de Roberto Moreira, e “E agora o quê”, de Rubens Rewald. Também havia participado de algumas peças, mas nada grande, em sua maioria experimental, e atuei e cantei em duas óperas no Theatro São Pedro, “The Turn of the Screw”, e “Artemis”. Eu estudava (e estudo) bastante teatro e antes de Desalma estava apenas começando a trabalhar também no áudio visual.

Como começou sua paixão pelo meio artístico?

Não sei dizer quando aconteceu, sinto que tenho uma relação profunda e intrínseca com a arte desde que nasci. Com as artes cênicas especificamente quando criança eu amava me fantasiar, me vestir de palhaça, fingir pra mim mesma que era outras pessoas, ficava tentando imitar como certa pessoa mastigava, como outra tocava nos objetos. Também vivia fazendo apresentações enormes pros meus pais, ou pra amigos. Nunca houve um momento da minha vida em que eu sentia que era “só” eu, sempre me sentia interessada em ir me expandindo com outros, e em ir expressando aquilo que me parecia essencial. Desde criança também choro no espelho hahahaha.

Como foi o processo para conseguir o papel em Desalma?

A minha agente, Claudia Andrade, foi quem viu primeiro minha semelhança com Claudia Abreu, ela montou duas fotos, uma minha e uma de Cacau na minha idade e mandou pra produtora de elenco, Márcia Andrade, e nisso ela me conseguiu o primeiro teste, que era um self tape. Em seguida houveram mais duas fases, sendo a última um Workshop de dois dias, em que diversos atores interagiam. Um fato engraçado é que entre os dois dias uma porta de armário caiu no meu pé e eu perdi a unha do dedão, fui pro hospital e tudo, no dia seguinte cheguei com o pé enfaixado e sangrando sem parar hahaha mas segui mesmo assim! Às vezes eu brinco que essa minha insistência também me ajudou a conseguir o papel.

Foi seu papel de estreia! Você teve alguma insegurança em relação a isso?

Com certeza, diversas hahaha. Acho que a maioria dos jovens tiveram, e mesmo os mais experientes devem ter tido porque é um projeto bastante diferente do que normalmente se via na televisão brasileira, nenhum de nós sabíamos exatamente como isso ia chegar no público, mas acho que confiávamos que o que criamos tinha um grande valor. Tive algumas inseguranças pessoais, mas o que me acalmou foi ver como a coisa ficou num todo, e entender que eu fiz parte em uma obra que está muito interessante.

O enredo da séria é bem sobrenatural. Você teve medo de fazer alguma cena?

Não exatamente porque as minhas cenas especificamente são mais de drama do que sobrenaturais, então os sentimentos que me atravessavam eram mais outros. Mas lógico que a série como um todo tem esse clima meio em suspenso, então acho que sim, acho que eu sentia um ruído meio suspeito e estranho por trás do drama.

O que achou de interpretar a personagem de Claudia Abreu mais nova?

Então, como eu e a Cacau não tivemos muito contato durante as gravações, acabou que a minha criação pra Ignes foi meio por minha conta, e a dela pela dela. Mas o bizarro foi depois ver que as Ignes estavam completamente ligadas, era muito fácil ver uma na outra, e ver a trajetória que ela passa, de ser alguém mais solar com uma profundeza meio escondida e passar a ser alguém com as dores sempre na superfície.

Você teve bastante contato com a Claudia para o papel? Como foi?

Na verdade não tive muito contato, mas o pouco foi essencial. Nos conhecemos na preparação e passamos três dias juntas, improvisando juntas, se conhecendo, criando uma em cima da outra, foi realmente muito revigorante e quase que assustador o tanto que a gente se parecia em alguns momentos, momentos que parecia que a Ignes mais nova e a Ignes atual se batiam de frente, uma hora uma cuidava da outra, outra hora eu me distanciava dela e me escondia. Foi um processo bastante poético e subjetivo.

Você teve que aprender ucraniano para a série, como foi esse processo?

A minha personagem na verdade não chega a falar ucraniano na primeira temporada, mas aprendemos um pouco da língua e da cultura com Oskar Sluschenko, e foi muito envolvente aprender mais sobre a cultura, as histórias, o passado pagão, o presente político conflituoso. É um povo bastante complexo e com coisas tão lindas, com uma profundidade esbaldante. E colocar o pé no oceano que é a Ucrânia foi muito importante pra nossa atuação na série.

Você também gravou o filme Terapia do Medo, como foi mergulhar nesse projeto cinematográfico?

Foi bem diferente de Desalma, pois não era um drama sobrenatural e sim terror de fato, ou seja, sinto que havia quase que uma melo dramaticidade. E a minha personagem, que era bastante perturbada, passava por cada absurdo, então as cenas eram muitas ações muito pesadas, diferente de Ignes 1988 em Desalma, que tem cenas mais silenciosas, ou mais divertidas inclusive. Mas foi muito prazeroso trabalhar em Terapia do Medo, o diretor, Roberto Moreira, me levou com muita leveza, sem falar que trabalhei ao lado de Andressa Cabral, que fazia minha mãe, e ao lado dela era muito fácil estar inteiramente dentro daquela história.

Cinema ou televisão?

Cinema… hahahah A televisão tem coisas muito incríveis, e eu acredito que existem séries que são algo entre cinema e TV, ou mesmo uma espécie de cinema, mas por enquanto nada se compara com entrar numa sala de cinema no escuro, viver uma experiência do começo ao fim, e sair da sala tocada e distorcida por aquilo.

Quais os próximos sonhos que você deseja realizar?

Quero gravar a segunda temporada de Desalma hahahah. É um sonho bastante tangível. Mas sobre desejos mais distantes é difícil dizer, eu sei que quero e preciso continuar atuando pra sempre, nunca vou de fato me aposentar. Se for no cinema, teatro, TV, eu não sei e por hora não importa, contato que seja de verdade, e que eu me sinta chegando em lugares desconhecidos, e expandindo a vida com isso. Acho que essa é a graça de viver pra mim, nunca ter certeza absoluta do que vou ser, de como vão ser as transformações, do que vou sentir, do que vai acontecer comigo e com o mundo, acho que se eu tivesse certeza não haveria espaço pra vida de fato acontecer.

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