Gabriela Prioli voltou às redes sociais para esclarecer a repercussão de sua fala sobre o caso Mariana Ferrer, na tarde desta terça-feira (3). “Vou tentar explicar pra vocês de uma forma mais fácil pra ver se vocês entendem o que eu escrevi nos stories anteriores”, começou a jornalista.
Além de explicar a parte jurídica do caso (e de seu argumento), Prioli disse compreender a aflição dos seguidores, mas que não pode deixar a coerência para trás.
“Eu entendo que vocês estão aflitos e fico feliz que vocês se movimentem nesse nesse sentido […] Eu sei que alguns de vocês ficam muito frustrados porque vocês esperam que eu faço o discurso que vocês querem que eu faça […] Mas eu não posso deixar para trás minha coerência”.
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Por fim, disse estar triste pelas mensagens de ódio.
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Gabriela Prioli se manifesta após mensagens de ódio por fala polêmica sobre caso Mariana Ferrer
“Entre nós – e realmente triste por dizer isso – faço críticas contundentes à políticas e políticos há meses e nunca recebi tantas mensagens de ódio. Em tese, de quem repudia a violência”.
entenda
A jornalista Gabriela Prioli foi aos stories do Instagram na tarde desta terça-feira (3), e comparou a absolvição do empresário André de Camargo Aranha no processo movido pela influenciadora digital Mariana Ferrer por abuso sexual com a prisão do ex-presidente Lula.
Em uma sequência de publicações, Prioli pede “coerência” e “mais razão e menos emoção”. Ela afirma que não conhece o processo inteiro, mas defende alegação de que houve “estupro culposo” sustentada pelo promotor Thiago Carriço.
“Não existindo na lei a previsão de estupro culposo (sim, a conclusão é a mesma que vocês estão adotando!) o acusado não responder por nada, pois o erro exclui o dono. Ou seja, a argumentação não CRIA um tipo novo, senão diz que, inexistindo prova suficiente para concluir pelo estupro de vulnerável, não pode substituir a responsabilização pelo crime culposo pq ele não existe. Eu entendo que vocês, sem o conhecimento técnico, achem difícil separar a emoção da razão nesse caso. Acreditem, eu me sensibilizo muitíssimo também, mas, como técnica, eu preciso dizer a visão técnica”, escreveu a jornalista.
Para ilustrar seu ponto de vista em defesa da argumentação do Ministério Público, Gabriela cita a condenação do ex-presidente Lula. “Tanta gente defendendo que ele não é o culpado mesmo depois da opinião da polícia, do Ministério Público e do Judiciários em mais de uma instância. E agora, nesse caso, a opinião da polícia é suficiente?”, escreveu.
Após, a repercussão, a jornalista fez um tuíte dizendo que sua fala “favorece quem vocês acharam que ela prejudica”.
A minha fala é justamente sobre a fragilidade da opinião daquele que opina sobre o mérito do processo sem conhecer as provas. A minha fala favorece quem vocês acharam que ela prejudica.
— Gabriela Prioli (@GabrielaPrioli) November 3, 2020
Também compartilhou comentários questionando o termo “estupro culposo”.
Importante entender de onde veio a expressão “estupro culposo”. Não está na sentença. https://t.co/gbw6iN9cba
— Doctor Wood (@madeiradez) November 3, 2020
Mesmo assim, Prioli segue como um dos assuntos mais comentados do Twitter no Brasil. Internautas criticam a atitude da jornalista.
#justicapormariferrer Gabriela Prioli repostou que a sentença em nenhum momento trouxe o termo “Estupro Culposo”. Ao meu ver, não mencionou expressamente. Porém, o MP disse que apesar da probabilidade vítima não ter consentido o ato pic.twitter.com/189vzjwbpV
— Anna Marchesini (@AnnaMarchesini6) November 4, 2020
ter sido cadelinha de gabriela prioli graças a deus essa culpa eu não carrego 👍🤭 pic.twitter.com/zhGYb3HixX
— dany days (@danemrts) November 4, 2020
E você, miga? O que acha dessa história?
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