É na adolescência em que o nosso sistema reprodutor começa a dar sinais de vida, como na primeira menstruação. Não à toa, é durante esta fase em que começamos a ter desejo sexual, o corpo muda e surgem também muitas dúvidas. Por tudo isso, é indispensável se consultar com um médico especializado no corpo feminino, mas muitas meninas têm medo de ir ao ginecologista. É o seu caso? Calma que a gente te ajuda!

Até a Mia de Rebelde morria de medo de ir ao ginecologista, lembra?
O médico Augusto Bussab te ajuda a perder o medo de ir ao ginecologista:
A hora de ir ao médico
Embora seja comum determinar a primeira menstruação como o marco para a primeira visita ao ginecologista, Augusto diz que não precisa ser assim. “É importante que a paciente esteja à vontade”, explica. Afinal, mais do que examinar, a primeira consulta é mais um tira-dúvidas. Portanto, nada será esclarecido se você não perguntar tudo o que sempre quis saber por medo de ir ao ginecologista. Hora de deixar a vergonha de lado!
Bate-papo
A primeira consulta é, na maioria das vezes, uma conversa. É nela que o médico explica como é o ciclo menstrual, como usar métodos contraceptivos (incluindo a camisinha e a pílula anticoncepcional), mitos e verdades sobre a primeira relação sexual e a importância de se prevenir contra a doenças sexualmente transmissíveis, as DST’s.
Depois da primeira relação sexual, as questões costumam ser um pouco diferentes. O ginecologista Augusto Bussab conta que dúvidas quanto a pílula do dia seguinte, secreções e a relação sexual em si são mais frequentes e as pacientes perdem um pouco a vergonha do médico.
Com quem eu vou?
A melhor companhia para esse momento é a mãe, mesmo que você tenha vergonha de contar algumas coisas. O médico aconselha que o melhor a fazer é tratá-la como sua “melhor amiga”. Ainda assim, caso haja um desconforto, um acordo pode ser feito para que, em um momento da consulta, a mãe deixe a sala para que você possa tirar suas dúvidas.
Mesmo assim, é importante lembrar que, caso o ginecologista ache necessário examiná-la, é legal que sua mãe acompanhe o procedimento, principalmente se você for menor de idade! Se você não tem a mãe presente ou se ela não puder te acompanhar por algum motivo, procure a mulher adulta mais próxima de você, pode ser a sua avó, uma tia ou até mesmo uma prima mais velha.
Vou precisar tirar a roupa? E a vergonha?
Para que o médico possa te examinar, você vai precisar tirar a roupa sim. Mas não precisa ter vergonha ou se preocupar, afinal, aquele especialista já está acostumado a examinar mulheres e não vai ficar reparando em nada do seu corpo, ok? Se ele ou ela tiver alguma atitude que a deixe desconfortável, você pode contar para a sua mãe e procurar outro médico, mas nada de neura!
O médico é um homem
Muitas garotas ficam com mais medo de ir ao ginecologista quando ele é homem. Se esse for o caso, peça para a sua mãe marcar a consulta com uma médica mulher. Mas lembre-se: independente de ser homem ou mulher, o médico está ali para te atender como paciente e não vai ficar reparando no seu corpo além do necessário para examiná-la, nem deve te tocar inapropriadamente.
Exames
Caso você não tenha nenhum tipo de secreção ou alteração antes da primeira relação sexual, é a partir desse momento que os exames começam a ser feitos. O mais comum no início da vida sexual é o papanicolau, que auxilia na prevenção do câncer no colo do útero e na identificação de doenças sexualmente transmissíveis como o HPV. Lembre-se de que esse exame deve ser feito todo ano depois que você der início a uma vida sexual ativa.
Além do papanicolau, é comum que o médico peça o ultrassom intravaginal (caso você não seja mais virgem) ou o ultrassom superficial, se você ainda não tiver a vida sexual ativa. O ultrassom de mamas também é necessário para que se previna possíveis tumores. Nada de deixar os exames de lado por medo de ir ao ginecologista, ok? Prevenção é tudo!
Os exames doem?
Os exames ginecológicos não causam dor, mas podem ser desconfortáveis. Quanto mais medo de ir ao ginecologista você tiver, mais tensa você vai ficar e mais desconforto pode sentir. Por isso, tente ficar tranquila no dia da consulta e da realização dos exames, pensando no médico como seu amigo. A presença da sua mãe ou uma mulher adulta de sua confiança, que já tenha experiência em consultas ginecológicas, pode te ajudar a ficar mais calma.
E aí, bora deixar o medo de ir ao ginecologista de lado e se cuidar direitinho?
Confira algumas dicas mega importantes de ginecologistas:
- 1) CONHEÇA SEU CORPO – Observar a anatomia e as reações da região íntima ajuda a prevenir doenças e ter mais prazer. FOTO: Reprodução / Instagram
- 2) ESTRESSE AGRAVA A CÓLICA – Quem responde é o ginecologista Dario Kehdi: “O estresse emocional é responsável por 90% das patologias, podendo aumentar a intensidade da cólica menstrual”, explica o profissional. FOTO: Reprodução / Instagram
- 3) VIRGINDADE NÃO É SÓ HÍMEN – De acordo com a gineco, 37% das mulheres não sangram na primeira relação sexual. A importância dada à membrana é mais um fator herdado dentro de nossa cultura. “Não somos um troféu que deve permanecer intocado para um homem merecedor. Somos seres apaixonantes e podemos vivenciar como bem quisermos nossa sexualidade, desde que seja com responsabilidade”, afirma Joselene Breda, especialista em sexualidade humana. FOTO: Reprodução / Instagram.
- 4) MASTURBAÇÃO FEMININA É IMPORTANTE – Muitas meninas ainda ficam com vergonha ou têm medo de se masturbar. Porém, a Dra. Joselene Breda explica que conhecer-se é uma ótima maneira de desvendar a sua sexualidade. “Seu corpo não morde e não dá choque. Perca mais tempo consigo mesma, descubra-se, se toque mais…Você é que deve ser dona do seu mapa do tesouro”, aconselha. FOTO: Shutterstock
- 5) É NORMAL NÃO SENTIR PRAZER – É comum isso acontecer na primeira transa. É que tudo é novidade e talvez nem você nem o garoto saibam quais são os carinhos e as formas de se tocar que causam mais excitação. FOTO: Shutterstock
- 6) É POSSÍVEL ENGRAVIDAR NA PRIMEIRA TRANSA! – “Nas primeiras relações sexuais muitas pessoas não se protegem, pois pensam ‘isso não vai acontecer comigo’, ou ‘foram apenas poucas relações’. Sem contar que muitas garotas usam os anticoncepcionais de maneira incorreta”, revela a ginecologista Sheila Pacheco de Oliveira. FOTO: Shutterstock
- 7) ESPORTE NÃO DIMINUI CÓLICA – Infelizmente, as meninas que fazem exercícios físicos regularmente não ficam livres da cólica menstrual. O que acontece é que praticar alguma atividade ou esporte de que goste nessa época do mês ajuda a aliviar os sintomas dolorosos desse período. FOTO: Reprodução / Instagram
- 8) NEM TODO MUNDO SANGRA NA PRIMEIRA RELAÇÃO – Se isso também não aconteceu com você, não se desespere! O que pode ter acontecido é o seu hímen ser elástico e não ter se rompido na primeira transa! Também pode ser que isso tenha ocorrido, mas o sangramento foi tão pequeno que você nem percebeu. FOTO: Shutterstock
- 9) COMPRESSA QUENTE AJUDA – “As compressas quentes ajudam a aliviar as cólicas porque favorecem a dilatação dos vasos sanguíneos”, explica Dario Kehdi. FOTO: Reprodução / Instagram.
- 10) BEIJO TRANSMITE DST – Acredite: sífilis e gonorreia podem ser transmitidas pela boca. Os riscos são pequenos, mas se houver alguma ferida com sangramento bucal, até o vírus HIV e HPV podem ser contraídos! Nesse caso, doenças virais como a herpes, por exemplo, também podem ser transmitidas. A dermatologista Valéria Marcondes explica que isso acontece porque a mucosa oral pode reter agentes transmissores de doenças. FOTO: Reprodução / Instagram.
- 11) PÍLULA DO DIA SEGUINTE, APENAS EM CASOS DE EMERGÊNCIA – Não se engane, a pílula do dia seguinte só deve ser usada como contraceptivo de emergência. Ela tem uma alta dose de hormônio, cerca de 20% a mais do que o anticoncepcional tradicional. Ela não pode ser usada a longo prazo, e pode alterar o ciclo menstrual, provocar dores de cabeça, náuseas e vômitos. FOTO: Reprodução / Instagram.
- 12) ANTICONCEPCIONAL DIMINUI CÓLICA – Dario Kehdi explica que, com o uso regular da pílula, a garota tem um sangramento menor na época menstrual e, assim, as cólicas são reduzidas consideravelmente. FOTO: Reprodução / Instagram.
- 13) O CORPO NÃO MUDA APÓS A PRIMEIRA TRANSA – De acordo com o senso comum, ganho de peso, aumento dos seios e do quadril são algumas das mudanças que acontecem no corpo após a primeira vez. Porém, elas não existem! Quem afirma é a ginecologista Carolina Mocarzel: “Esse aumento depende da produção de um hormônio feminino chamado estrogênio que age a partir da puberdade e não da primeira vez”. FOTO: Reprodução / Instagram.
- 14) É NORMAL SENTIR VERGONHA – É normal se sentir envergonhada ao tirar a roupa na frente de alguém. Mas lembre-se de que isso acontece com todo mundo, então, nada de encanar! FOTO: Reprodução
- 15) É POSSÍVEL ENGRAVIDAR, MESMO SE ELE “GOZAR FORA” – “Durante a relação sexual há uma eliminação de fluido pré-ejaculatório com espermatozoides, e aí pode haver gravidez ou contaminação”, explica a ginecologista Paula Marcovici. Portanto, não caia no papinho de “gozar fora”, viu? FOTO: Reprodução / Instagram.
- 16) CICLO IRREGULAR TAMBÉM É NORMAL – É bem comum o ciclo menstrual demorar alguns anos para regularizar. Por isso, nos primeiros anos a irregularidade é normal. Outros fatores, um pouco mais sérios, também podem afetar o seu ciclo: miomas, má-formação do útero, ovários policísticos, distúrbios hormonais e até mesmo o stress. Por isso é importante consultar um médico assim que a primeira menstruação ocorre, pois você poderá conferir se está tudo certinho no sue organismo.O ciclo da garota tende a se regularizar por volta dos 15 anos. Mas isso vai depender de cada organismo. FOTO: Reprodução / Instagram.
- 17) CAMISINHA EM TODAS AS RELAÇÕES – A camisinha é indispensável em qualquer relação sexual, independente se você já usa outro método contraceptivo. Nunca se esqueça disso! É sempre muito importante o uso de preservativos durante as relações sexuais para se proteger contra DSTs, como hepatite, AIDS, HPV e outras infecções vaginais. FOTO: Reprodução / Instagram.

You must be logged in to post a comment Login