Aos 21 anos, Carolina Amaral integra o elenco de “O Coro”, a mais nova obra do Disney Plus, prevista para o segundo semestre de 2022, com direção de Miguel Falabella e Cininha de Paula. Na trama, acompanhamos a história de um grupo de jovens adultos, de diferentes origens, que veem no anúncio de um teste de elenco para uma companhia de teatro, a chance de retomar os sonhos adormecidos e fazer uma carreira profissional.
Aprovados numa primeira triagem, os aspirantes vivem um misto de sentimentos como o deslumbramento do mundo artístico, a descoberta de novos amores, assombramentos do passado e o medo da reprovação, já que não sabem se serão ou não contratados no final das audições.
Para a produção, Carolina vive Antonia, uma menina muito forte, convicta e mega decidida que deixou a família no interior rumo a São Paulo, sob o desejo de triunfar como atriz. Não é a toa que o seu nome significa “sem preço, de valor inestimável”.
Em conversa com a todateen, a atriz conta sobre seu primeiro grande trabalho, a importância da arte em sua vida, integrar o elenco de um projeto assinado por Falabella e ainda comenta quem é Carolina longe das telas.
Confira abaixo a entrevista completa:
Carol, como é fazer parte de um projeto que retrata o próprio meio artístico em que você trabalha?
Foi muito interessante poder viver em cena realidades que eu já vivo como artista. Os desafios, as frustrações, as vitórias. Isso facilitou conseguir me colocar na pele da minha personagem Antonia, pois ela passa por muitas coisas que eu mesma já vivi. Mas pude criar essas vivências a partir de uma nova visão, perspectiva e personalidade.
Entre a atuação, canto e dança, o que te completa como artista?
Estudo as três áreas desde muito nova, mas sempre foi a atuação que mais me envolveu. Não há nada como mergulhar na construção de uma personagem, é o que mais me motiva nessa vida.
Pegando gancho na trama, por que você acha que a profissão de artista ainda é tão desvalorizada no Brasil? Enxerga um caminho de mudança para isso? Se sim, qual?
No Brasil, os artistas são pouco valorizados. As oportunidade não são tantas como lá fora. Infelizmente, falta muito apoio à cultura e valorização pelo trabalho do artista. Muitos não entendem e não enxergam nem como uma profissão. Muitas coisas precisam mudar na realidade do Brasil para que caminhemos para uma mudança. Mas os artistas estão acostumados a cair e levantar muito rápido, felizmente, quem transpira arte, é movido por uma força de batalha impressionante, lutamos para fazer dar certo com as vezes muito pouco. E assim vamos vencendo.
Como é a experiência de integrar um elenco dirigido por Miguel Falabella, um dos principais nomes do meio no país?
Quando eu soube que Miguel Falabella estava escrevendo a série que eu estava sendo testada para integrar e iria também atuar e dirigi-la, o nervosismo triplicou. Sempre admirei Miguel. Foi uma sensação de um sonho tão distante e almejada batendo na minha porta, simplesmente indescritível.
Já fui testada para vários e vários teste e esse, com certeza, foi o que mais tive vontade de passar e sou extremamente grata por ter o conhecido e tido a chance de aprender tanto com ele. Miguel é um ser de luz que domina qualquer ambiente que está com a sua genialidade e experiências de vida. Já o admirava como artista, depois da conivência, mais ainda e também como pessoa. Sempre fez questão de ensinar e foi extremamente generoso no processo. Ainda nem acredito que tenho cenas em que a minha personagem dialoga com a dele, a minha ficha só irá cair depois que eu assistir a série, ou nem assim, hahaha.
Sobre Antonia e Carolina, quais são as maiores semelhanças e diferenças? Onde vocês se completam?
O que mais me aproxima da Antonia é a ânsia de conquistar os sonhos. O quanto nos dedicamos e doamos para atingir nossos objetivos. Não medimos esforços para dar o nosso melhor em qualquer oportunidade. O que mais me diverge dela é a origem. Antonia vem do interior e se joga na cidade grande sozinha. Muitas vezes, só tem ela mesma para contar.
Fora dos palcos e das telas, quem é a Carolina e o que ela costuma fazer nas horas vagas?
Eu sou uma pessoa muito simples. O que mais amo é estar cercada de pessoas que sinto que posso ser eu mesma, confiar e me sentir segura. Não sou de muitos amigos, seleciono muito com quem vou dividir minha energia. Amo tê-los por perto e dar umas boas risadas.
Gosto de viajar para lugares quietos, sem passear muito, apenas sair da loucura e movimentação de São Paulo. Sou muito agitada, então às vezes preciso dessa calmaria, hahaha. Mas onde mais direciono minha agitação é para as aulas de dança. Ali eu esqueço tudo que acontece fora da sala de aula e é o meu lugar para espairecer. Sou uma pessoa intensa e livre, muito aquariana mesmo.