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A reforma do Ensino Médio: o que muda pra você?

Entenda quando e como vão acontecer essas mudanças

Mochila aberta com materiais escolares
Foto: Shutterstock Images

Na última quinta-feira (22/9), o Governo Federal apresentou as mudanças que serão feitas no ensino médio. Essas mudanças afetam bastante a carga horária, as aulas e até o vestibular em um futuro bem próximo. Sem contar que representa a maior mudança na educação nos últimos 20 anos! Então vem entender o que muda!

Vários lápis estudando

Giphy

 

Conteúdo obrigatório

Uma das principais mudanças no ensino médio é que conteúdo obrigatório será diminuído para privilegiar cinco áreas de concentração: linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas e formação técnica e profissional. O ensino técnico, aliás, ganha tanto peso quanto as outras matérias.
O que deixa de ser obrigatório: artes, educação física, sociologia, filosofia. Essas matérias até podem aparecer na grade, mas isso vai depender do que estiver dentro do conteúdo obrigatório previsto na futura Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

High School musical

Giphy

 

Carga horária

Hoje, o aluno passa 800 horas por ano no colégio. O objetivo é elevar esse número para 1,4 mil horas. A intenção é incentivar o ensino em tempo integral.
O que pega: “Esse é um ponto que atinge diretamente os jovens que também trabalham. O ideal para todos os estudantes do ensino médio seria apenas estudar, porém a maioria dos nossos jovens vem de uma classe social que precisa trabalhar para ajudar até mesmo na renda de casa”, avalia Gilberto Alvarez, presidente da Fundação PoliSaber.

estudante cansada

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Vestibulares

Assim que esta MP do ensino médio estiver em vigor, as universidades deverão cobrar apenas o que for determinado pela Base Nacional Comum Curricular.

 

A polêmica

Essas mudanças foram propostas através Medida Provisória (MP) pelo Presidente da República. A MP tem força imediata de lei e é usada em casos de relevância e urgência. A diferença entre uma lei tradicional é que ela não passa pelo Poder Legislativo, mas também depende de aprovação do Congresso Nacional para transformação definitiva em lei.
Parte da polêmica se deve ao fato de que a reforma no ensino médio mal foi discutida com professores e alunos: “É extremante importante debater o assunto com a comunidade escolar. Qualquer projeto internacional diz que uma criança, com mais de 13 anos, tem capacidade de ser ouvida para opinar sobre as decisões que a escola toma. Esse debate aumentaria muito a qualidade do nosso ensino e realmente faríamos uma mudança que atrairia a atenção do jovem, pois ele se sentiria valorizado por ter sido ouvido nesse processo”, afirma Gilberto Alvarez.

 

A proposta tem até 120 dias para ser aprovada na Câmera e no Senado, senão perde o efeito.  Caso seja aprovada, expectativa é que em 2018 tudo já esteja em vigor.

 

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