FOTO: Melissa Marques / Resenhas à la Carte
A introdução de Bic Müller traduz exatamente o que podemos esperar do livro: mais que uma biografia ou um guia de autoajuda, encontraremos em Tá, e Daí?!, um amigo!
É impossível não se identificar, em algum ponto, com as histórias de Ana de Cesaro: problemas familiares, relacionamento abusivo, depressão, insegurança com o corpo, entre muitos outros temas complicados e polêmicos. Estão todos lá.
Tá, e Daí?! é, realmente, um livro aberto.
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“[…] Você tem noção de quanto isso é errado? Ninguém deve achar que depende de outra pessoa, quem quer que seja, para ser feliz. A nossa felicidade depende apenas de nós, mas naquela época eu não sabia disso”. p. 89.
Para quem está passando por momentos difíceis, Tá, e Daí?! é um respiro: com ele – e com os exemplos de Ana – é possível entender a importância de se consertar o que não anda muito bem. Ana, por exemplo, procrastinou o término de um namoro por quase sete anos. Foram necessárias diversas mancadas do ex e MUITA força de vontade de Ana para conseguir se livrar do problema (que era um entre muitos outros).
FOTO: Melissa Marques / Resenhas à la Carte
“Será que um cara é bom somente por não beber e não fumar? Mas e a forma como ele me trata? Isso não conta?!”. p. 105.
Ana era do tipo de garota que colocava tudo e todos acima de seus desejos e vontades. Parece benevolente, certo? Errado. Pois com o tempo, Ana foi esquecendo de suas próprias necessidades, e foi deixando de lado os próprios problemas para fazer os outros felizes.
Como a própria autora afirma, o peso das responsabilidades e dos problemas refletia também na balança: Ana comia compulsivamente, não regrava a alimentação e acabou se tornando obesa.
“Meus alunos vinham em primeiro lugar; a escola, em segundo; minha família, em terceiro; o namorado, em quarto; meus cursos e formação, em quinto; e várias outras coisas ainda depois. Eu? Ana Maria? Não estava em nenhum lugar nessa lista. Eu nem pensava em cuidar de mim”. p. 99.
FOTO: Melissa Marques / Resenhas à la Carte
Porém, esse pensamento começou a mudar a partir do momento que Ana resolveu se desafiar: aceitou o convite para fazer um curso em Portugal e, a partir daí, passou a juntar dinheiro para viajar pela Europa. Foi durante o mochilão que a garota passou a fazer questionamentos sobre a própria vida: poderia mudar de profissão? morar em outra cidade? terminar com o namorado? acertar as pontas com a família e com a balança?
“[…] Eu não imaginava que pudesse curtir um momento comigo mesma. Na minha cabeça, a companhia de outra pessoa era uma necessidade constante, mas mudei de ideia”. p. 131.
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Com essa “sede de mudanças” conquistada durante as viagens e um pouco de tempo para conseguir colocar os pensamentos em ordem, Ana começou a caminhar na direção contrária a que o destino propunha.
É claro que a gente não vou contar os detalhes da história para não perder a graça, mas um coisa posso adiantar: você irá se emocionar, refletir e, quem sabe, começar a agir para também mudar a sua vida! Leitura superindicada! 🙂
Confira o vídeo feito por Ana para divulgar o livro “Tá, e Daí?!”:
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