O nome é complicado, mas o assunto é supersério. Se você ainda não ouviu falar sobre a Síndrome do Ovário Policístico (SOP), saiba que ela atinge a maioria das mulheres, sendo que entre 3% e 8% são adolescentes, segundo o ginecologista e obstetra Sérgio dos Passos Ramos. Vamos entender melhor sobre o assunto!
Entenda melhor sobre a Síndrome do Ovário Policístico
Quais os sintomas?
O principal sintoma da Síndrome do Ovário Policístico é a irregularidade na ovulação ou nos ciclos menstruais. Além disso, fique atenta ao surgimento de espinhas e aumento de pelos. A obesidade também é um dos sintomas em algumas garotas. Ramos explica que o nome “ovário policístico” é devido ao aparecimento de pequenos cistos nos ovários, visíveis no exame de ultra-som.
Sem neura!
Tá, a doença tem nome esquisito, mexe com seu corpo, sua pele e tudo mais, mas não precisa arrancar os cabelos. Se percebeu os sintomas, procure seu ginecologista, que ele vai dar todas as orientações, te examinar e se ela for confirmada, não se preocupe, afinal, a SOP tem tratamento.
O dr. Sérgio explica que um método eficaz é o uso de pílulas anticoncepcionais. “Existem pílulas onde o componente utilizado é mais ou menos antiandrogênico (androgênios são hormônios masculinos) para aliviar a acne e diminuir a quantidade de pelos” afirma.
Fique esperta!
Para ser classificada como Síndrome do Ovário Policístico, é preciso que haja dois ou três sintomas combinados, como o aumento do volume dos ovários, sinais comprovados de falta de ovulação crônica, acne em excesso e aumento de pelos.
Apenas o ultra-som, sem que os sintomas acima estejam claramente definidos, não revela se a menina tem ovários policísticos. “Na minha clínica, recebo centenas de adolescentes que estão sendo tratadas, mas não têm a síndrome. Quando ela existe de fato, deve ser combatida”, aponta o médico.
De olho no seu prato!
Você já deve ter ouvido falar dos males que a má alimentação pode causar, né? Pois no caso dos ovários policísticos, comer bem pode ser um excelente tratamento, como explica a nutricionista funcional Daniela Jobst. Sabe aquelas tentações que você adora? Evite!
O ideal para evitar a Síndrome do Ovário Policístico é comer pouca gordura saturada, muita fibra e alimentos antioxidantes (frutas, verduras e legumes, principalmente). “Uma das maneiras para controlar a doença é ter uma alimentação balanceada”, afirma Daniela. Bora praticar?
Entendeu direitinho o que é a Síndrome do Ovário Policístico? Então agora aproveite para conferir algumas dicas mega importantes de ginecologistas sobre o seu corpo:
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1) CONHEÇA SEU CORPO – Observar a anatomia e as reações da região íntima ajuda a prevenir doenças e ter mais prazer. FOTO: Reprodução / Instagram
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2) ESTRESSE AGRAVA A CÓLICA – Quem responde é o ginecologista Dario Kehdi: “O estresse emocional é responsável por 90% das patologias, podendo aumentar a intensidade da cólica menstrual”, explica o profissional. FOTO: Reprodução / Instagram
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3) VIRGINDADE NÃO É SÓ HÍMEN – De acordo com a gineco, 37% das mulheres não sangram na primeira relação sexual. A importância dada à membrana é mais um fator herdado dentro de nossa cultura. “Não somos um troféu que deve permanecer intocado para um homem merecedor. Somos seres apaixonantes e podemos vivenciar como bem quisermos nossa sexualidade, desde que seja com responsabilidade”, afirma Joselene Breda, especialista em sexualidade humana. FOTO: Reprodução / Instagram.
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4) MASTURBAÇÃO FEMININA É IMPORTANTE – Muitas meninas ainda ficam com vergonha ou têm medo de se masturbar. Porém, a Dra. Joselene Breda explica que conhecer-se é uma ótima maneira de desvendar a sua sexualidade. “Seu corpo não morde e não dá choque. Perca mais tempo consigo mesma, descubra-se, se toque mais…Você é que deve ser dona do seu mapa do tesouro”, aconselha. FOTO: Shutterstock
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5) É NORMAL NÃO SENTIR PRAZER – É comum isso acontecer na primeira transa. É que tudo é novidade e talvez nem você nem o garoto saibam quais são os carinhos e as formas de se tocar que causam mais excitação. FOTO: Shutterstock
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6) É POSSÍVEL ENGRAVIDAR NA PRIMEIRA TRANSA! – “Nas primeiras relações sexuais muitas pessoas não se protegem, pois pensam ‘isso não vai acontecer comigo’, ou ‘foram apenas poucas relações’. Sem contar que muitas garotas usam os anticoncepcionais de maneira incorreta”, revela a ginecologista Sheila Pacheco de Oliveira. FOTO: Shutterstock
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7) ESPORTE NÃO DIMINUI CÓLICA – Infelizmente, as meninas que fazem exercícios físicos regularmente não ficam livres da cólica menstrual. O que acontece é que praticar alguma atividade ou esporte de que goste nessa época do mês ajuda a aliviar os sintomas dolorosos desse período. FOTO: Reprodução / Instagram
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8) NEM TODO MUNDO SANGRA NA PRIMEIRA RELAÇÃO – Se isso também não aconteceu com você, não se desespere! O que pode ter acontecido é o seu hímen ser elástico e não ter se rompido na primeira transa! Também pode ser que isso tenha ocorrido, mas o sangramento foi tão pequeno que você nem percebeu. FOTO: Shutterstock
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9) COMPRESSA QUENTE AJUDA – “As compressas quentes ajudam a aliviar as cólicas porque favorecem a dilatação dos vasos sanguíneos”, explica Dario Kehdi. FOTO: Reprodução / Instagram.
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10) BEIJO TRANSMITE DST – Acredite: sífilis e gonorreia podem ser transmitidas pela boca. Os riscos são pequenos, mas se houver alguma ferida com sangramento bucal, até o vírus HIV e HPV podem ser contraídos! Nesse caso, doenças virais como a herpes, por exemplo, também podem ser transmitidas. A dermatologista Valéria Marcondes explica que isso acontece porque a mucosa oral pode reter agentes transmissores de doenças. FOTO: Reprodução / Instagram.
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11) PÍLULA DO DIA SEGUINTE, APENAS EM CASOS DE EMERGÊNCIA – Não se engane, a pílula do dia seguinte só deve ser usada como contraceptivo de emergência. Ela tem uma alta dose de hormônio, cerca de 20% a mais do que o anticoncepcional tradicional. Ela não pode ser usada a longo prazo, e pode alterar o ciclo menstrual, provocar dores de cabeça, náuseas e vômitos. FOTO: Reprodução / Instagram.
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12) ANTICONCEPCIONAL DIMINUI CÓLICA – Dario Kehdi explica que, com o uso regular da pílula, a garota tem um sangramento menor na época menstrual e, assim, as cólicas são reduzidas consideravelmente. FOTO: Reprodução / Instagram.
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13) O CORPO NÃO MUDA APÓS A PRIMEIRA TRANSA – De acordo com o senso comum, ganho de peso, aumento dos seios e do quadril são algumas das mudanças que acontecem no corpo após a primeira vez. Porém, elas não existem! Quem afirma é a ginecologista Carolina Mocarzel: “Esse aumento depende da produção de um hormônio feminino chamado estrogênio que age a partir da puberdade e não da primeira vez”. FOTO: Reprodução / Instagram.
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14) É NORMAL SENTIR VERGONHA – É normal se sentir envergonhada ao tirar a roupa na frente de alguém. Mas lembre-se de que isso acontece com todo mundo, então, nada de encanar! FOTO: Reprodução
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15) É POSSÍVEL ENGRAVIDAR, MESMO SE ELE “GOZAR FORA” – “Durante a relação sexual há uma eliminação de fluido pré-ejaculatório com espermatozoides, e aí pode haver gravidez ou contaminação”, explica a ginecologista Paula Marcovici. Portanto, não caia no papinho de “gozar fora”, viu? FOTO: Reprodução / Instagram.
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16) CICLO IRREGULAR TAMBÉM É NORMAL – É bem comum o ciclo menstrual demorar alguns anos para regularizar. Por isso, nos primeiros anos a irregularidade é normal. Outros fatores, um pouco mais sérios, também podem afetar o seu ciclo: miomas, má-formação do útero, ovários policísticos, distúrbios hormonais e até mesmo o stress. Por isso é importante consultar um médico assim que a primeira menstruação ocorre, pois você poderá conferir se está tudo certinho no sue organismo.O ciclo da garota tende a se regularizar por volta dos 15 anos. Mas isso vai depender de cada organismo. FOTO: Reprodução / Instagram.
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17) CAMISINHA EM TODAS AS RELAÇÕES – A camisinha é indispensável em qualquer relação sexual, independente se você já usa outro método contraceptivo. Nunca se esqueça disso! É sempre muito importante o uso de preservativos durante as relações sexuais para se proteger contra DSTs, como hepatite, AIDS, HPV e outras infecções vaginais. FOTO: Reprodução / Instagram.
Texto: Paula Brait / Edição: Giovanna Castro